Epílogo

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Um ano depois...

- Rafaella! Rafaella! — Bianca revirou os olhos, indo da cozinha para a sala de estar. - Juro, quando estamos vendo Wimbledon, você fica completamente surda.

Rafaella não desviou os olhos da tela.

- Wimbledon é a única coisa de esportes que gosto. Além do mais, a lésbica está ganhando. Tenho essa desculpa. — Ela olhou rapidamente para Bianca. - O que você estava perguntando?

- Se quer salsicha lorne no brunch. É demais? — Rafaella se levantou, e foi dar um beijo em Bianca.

- É claro que quero. Sempre quero. Se eu não quiser, você vai pedir o divórcio. Não é assim que isso funciona?

- Não posso me divorciar se não estamos casadas. — Um sorriso apareceu nos lábios de Bianca.

Rafaella acenou uma mão no ar.

- Detalhes. E vamos conversar sobre isso com nossos pais, certo? — O estômago de Rafaella se revirou. - Nem consigo acreditar que vamos apresentar todo mundo. Especialmente quando está passando jogos de tênis. Que tipo de planejamento é esse?

- O seu, acho. — Bianca lançou um olhar para ela. - Seus pais vão comer salsicha lorne?

- Vão comer qualquer coisa que colocar na frente deles. Incluindo eles mesmos. Então vamos manter a conversa fluindo antes que isso aconteça, tudo bem?

Bianca assentiu.

- Você faz todos soarem terríveis. Os dois são pessoas adoráveis.

- Individualmente, sim. Juntos, nem tanto. — Rafaella apertou os lábios. - Mas eles precisam se encontrar uma hora, então pode ser hoje. — Ela puxou Bianca para mais perto. - Mas tudo vale a pena, se eu me casar com você no fim disso.

Bianca sorriu. O sorriso que ela só tinha para Rafaella.

- Quem diria que a srta. Só Uma Noite diria isso? — Rafaella pressionou um dedo contra o próprio peito.

- Eu não. — Ela inclinou a cabeça. - Você quer mesmo se casar comigo?

Bianca deu um tapa na sua bunda.

- Pare de fazer perguntas idiotas.

- Tem certeza de que esse é o seu casamento dos sonhos?

- Eu nunca tive um casamento dos sonhos. Tive um casamento que achei que precisava ter. Mas nem cheguei ao final. — Ela fez uma pausa. - Por falar nisso, esqueci de te contar. Eu vi Arielle semana passada em Londres, quando estava na reunião do trabalho novo.

Rafaella ficou imóvel.

- A prima do Martin? — Bianca assentiu. - E como foi? — Desconfortável era a primeira palavra que conseguia pensar. Bianca inclinou a cabeça.

- Surpreendentemente bem. Quase normal. Tomamos um café. Ela falou que a minha despedida de solteira foi uma das melhores que ela já foi. Não estava esperando por isso.

Rafaella exalou.

- Ela falou do Martin? — Bianca assentiu.

- Falou, sim. Ele está com uma namorada nova. Na verdade, uma noiva nova. — Ela esfregou as palmas da mão nas coxas. - Então o Martin superou. Fico feliz por ele.

Rafaella a abraçou apertado. Bianca tinha ficado tão agonizada pela dor que tinha causado. Era bom saber que Martin ia ter o final feliz que ele também merecia.

- Fico muito feliz por ele também — Rafaella respondeu. - A febre do casamento está claramente no ar. Só que o nosso casamento: prefeitura de St. Albans, pizza, cerveja, e música ao vivo. Não é muito pouco para você?

Bianca riu.

- Você sabe que vim de Glasgow, certo? Pode até ser que moremos nas ruas chiques agora, mas consigo lidar bem com qualquer coisa. — Ela fez uma pausa. - Além disso, você viu a cara da minha mãe quando contamos? Acho que ela se lembrou do casamento dela. Muito mais casual e simples. Então isso é outra coisa a seu favor. Além do fato de que você ama a filha dela.

- Não posso negar. — Rafaella encarou Bianca. Ainda linda. Ainda sua. Em algumas manhãs, ela acordava e não conseguia acreditar na própria sorte. E agora elas iam deixar as coisas oficiais. Se casar, e então tentar ter um bebê. Uma pequena Bianca parecia adorável.

- E essa semana? Pronta para começar o novo emprego?

Depois do casamento que nunca aconteceu, Bianca ficou no trabalho por quase um ano antes de entregar a demissão. Neil quase tinha chorado. Ela alugou o apartamento de Londres e as duas alugaram um em Hove, enquanto procuravam um lugar que pudessem comprar juntas. No entanto, poderia demorar um pouco até terem dinheiro, porque Bianca tinha aceitado um trabalho com caridade que pagava bem menos, e Rafaella ainda era dona da própria empresa, agora com um foco maior em planejamento de casamentos, e às vezes trabalhando como assistente pessoal da noiva. Tinha tirado a parte de madrinha profissional do seu negócio. O tempo passado longe de Bianca não era um tempo bem gasto, essa era a sua opinião.

- Mal posso esperar — Bianca falou. - Finalmente vou realizar meus sonhos de infância, e tudo por sua causa, minha falsa amiga de infância.

- De nada — Rafaella respondeu. - De todas as minhas amizades falsas, a nossa é a minha favorita.

- E quanto a versão atual, a verdadeira?

Rafaella beijou os lábios dela.

- Parece que saiu dos meus sonhos.

💍

E chegamos ao fim de mais uma história.

Obrigada a todxs que acompanharam até aqui.

❤️

MADRINHA DE ALUGUELOnde histórias criam vida. Descubra agora