Capitulo 28

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Com apenas dez minutos até sua aula de Oclumência, Harry sabia que tinha que tomar uma decisão rapidamente. Ele iria e teria que lidar com Tom, ou ele poderia de alguma forma conveniente esquecer o fato de ter uma aula de Oclumência? O último parecia muito mais atraente, mas o plano era, na melhor das hipóteses, frágil, e não apenas porque Tom não acreditaria em sua perda temporária de memória.

Por experiência própria, se Harry não fosse ao encontro do jovem lorde das trevas, isso significaria apenas que o herdeiro da Sonserina o localizaria. Caramba.

Ok, tanto faz. Harry poderia fazer isso. Foi apenas difícil, ele pode não ser capaz de conciliar Tom e Voldemort como a mesma pessoa, mas isso não significa que não poderia conciliar Tom e o bastardo ladrão de memórias.

Ele respirou fundo, apertando a mandíbula, fechando os olhos em um esforço para se acalmar. Harry tinha que parecer normal, Tom não podia saber quem havia enviado o Lembrol.

Inferno, ele poderia lidar bem com as mudanças de humor de Tom, mas não estava disposto a arriscar Draco Malfoy. Quem teria pensado que ele faria qualquer coisa para proteger o furão? Sua vida estava tão bagunçada.

Foi tudo culpa de Tom. Certo, hora de Oclumência. A Sala Precisa mais uma vez se mostrou útil.

Era possível se obliviatar temporariamente?

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Harry entrou sem bater, largando a bolsa na mesa. Tom olhou para cima, seus olhos astutos.

- Certo, vamos acabar com isso.- disse Harry.

- Você parece apressado. Tem um lugar melhor para estar?- Tom perguntou, friamente. Harry fez uma pausa, passando a mão pelo cabelo.

- Não, não...apenas...cansado.- ele terminou sem jeito.

A cabeça de Tom se inclinou para um lado. Harry se obrigou a permanecer inexpressivo.

- Imagino que sim. Sente-se, por favor.

Depois de um momento de hesitação, Harry se sentou em uma cadeira. Apesar da crença popular, ele não costumava fazer o oposto do que Tom pedia o tempo todo. Claro, ele raramente recebia ordens, mas no final tudo se resumia a quem se importava mais com o assunto em questão.

Sentar-se realmente não era um problema para Harry, então ele aceitaria, significava que era mais provável que ele tivesse margem de manobra em outras coisas com as quais se importava. O mesmo funcionou para Tom, e o que Harry queria que Tom fizesse. Era um sistema distorcido, mas parecia funcionar bem o suficiente para eles.

- Primeiro de tudo, qual é a extensão do seu conhecimento sobre Oclumência?- Tom questionou.

- Eu sei que é uma arte mental, usada para proteger a mente de uma invasão ou ameaça e que sua contraparte é Legilimência.- ele olhou para Tom.- Eu também sei que você é bom em ambos.

Os lábios de Tom se curvaram, apenas ligeiramente.

- Eu sou mais do que bom, Harry.

- Incrivelmente modesto também.- Harry abriu um sorriso, esperando que não parecesse tão forçado quanto sentia. Havia muitas coisas em sua cabeça. Ele deveria ter convenientemente se esquecido da lição até que fosse tarde demais.

A mera sugestão de uma carranca se estabeleceu nas feições do Sonserino mais velho.

- O que?- Harry perguntou, seu coração batendo em seu peito como as asas frenéticas de um pomo capturado.

- Você parece distraído.- observou Tom.

- Você vai me ensinar ou não?- ele quis saber, sem rodeios.

O Favorito do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora