Tom se preparou para acordar Hermione, mas Harry balançou a cabeça, segurando seu braço para impedir o movimento. Em vez disso, Harry transfigurou uma das mesas em uma cama e deitou sua melhor amiga nela. Tom levantou as sobrancelhas em questão.
- Eu não quero que ela venha.- ele explicou calmamente.- Isso só vai colocá-la em perigo.
- Sim, ela é um risco.- Tom concordou, fazendo Harry estreitar os olhos.
- Eu não quis dizer isso.- ele retrucou.- E ela não é. Ela é brilhante.
Tom acenou com a mão de forma desdenhosa.
- Eu sou brilhante.- respondeu o herdeiro da Sonserina, sem um pingo de modéstia ou ostentação.- Ela é apenas inteligente e boa em se lembrar de textos. São coisas diferente.
- Ela é mais do que isso.- argumentou Harry, enquanto eles saíam da sala de aula abandonada.- Você saberia disso se realmente aproveitasse a oportunidade para conhecê-la, e Rony.
- E você ficaria feliz se eu fizesse isso?- Tom questionou desinteressadamente.
- Sim, ficaria.- disse ele, mas Tom não parecia achar que valia a pena responder. Eles caminharam em silêncio, quando o pensamento de repente o atingiu. Um sorriso perverso se espalhou em seus lábios, que Tom percebeu, lançando-lhe um olhar curioso.- Acho que acabei de ter uma ideia...
*****************************
Harry avançou para o terreno, segurando sua varinha com força nas mãos.
- Harry!- Tom correu atrás dele, parecendo em pânico. Voldemort e Dumbledore olharam para cima quando os dois entraram em cena.
Ele podia ver, vagamente, ao fundo, que a grande maioria da população estudantil da escola estava com o rosto encostado nas janelas da escola, observando tudo o que acontecia. Harry não ficaria surpreso se um deles sacasse um velho par de binóculos.
- Harry, meu garoto...- Dumbledore começou, parecendo preocupado. Harry o ignorou, parando bem na frente de Voldemort, mesmo quando Tom agarrou seu braço, tentando puxá-lo para trás.
- Não faça isso...- o jovem herdeiro da Sonserina disse, quase implorando, Harry o afastou furiosamente.
Os lábios de Voldemort se curvaram.
- Ah, parece que houve uma briga de namorados, Dumbledore.- Voldemort observou brandamente, cruelmente.- Espero que não tenha sido obra minha?
Harry cerrou os punhos, encarando.
- Ele te contou?- ele demandou.
- Harry...- Tom tentou novamente, apenas para ficar em silêncio quando Harry se virou para ele, rosnando um venenoso:
- Cale a boca.- antes de se voltar para Voldemort mais uma vez. O homem com cara de cobra estava impassível.
- Sim.- Voldemort disse, um brilho estranho em seus olhos.- Você deve entender como isso muda as coisas, Harry.- Harry se assustou por um momento, seu coração batendo forte, a confusão se formando nos cantos de sua psique, antes de encarar ainda mais.
- Isso não muda nada.- ele sibilou.- Porque não vou parar até vê-lo morto e de volta ao inferno com o demônio que te gerou.- ele lançou a Tom um olhar desagradável.- E você pode ir para casa e ficar bem longe de mim, seu bastardo traidor.
- Eu tive que dizer a ele...- Tom começou, mas Harry apenas zombou.
- Oh, você teve que dizer a ele, não é? E aqui estava eu pensando que ninguém disse ao grande Tom Riddle para fazer qualquer coisa que ele não quisesse. Você é tão idiota.- Harry sentiu seus olhos ficarem quentes com as lágrimas.- Eu pensei que poderia confiar em você. Erro meu.
O temperamento de Tom pareceu explodir.
- E eu pensei que te conhecia melhor do que isso.- a voz do Lorde das Trevas adolescente tornou-se fria, gelada.- Erro meu. Mas então...o que mais devo esperar do famoso Menino-Que-Sobreviveu...
- Foda-se.- Harry retrucou, limpando os olhos.
- Você é patético.- Tom revidou, antes de se virar para Voldemort, as linhas de seu rosto duras e inflexíveis.- Você vai dizer que me avisou agora?
Dumbledore estava observando os procedimentos com muito cuidado. Ele sentiu os olhos escarlates de Voldemort repousarem sobre ele, sentiu o desgosto e aversão apesar da gentileza do tom de voz do Lorde das Trevas.
- Se você quiser falar sobre esse...desenvolvimento, você sabe que podemos nos encontrar. Pelo bem dos velhos tempos.
Harry apenas o olhou, mantendo suas feições inexpressivas com dificuldade, seu sangue pulsando em suas veias na velocidade da luz.
- Espero que vocês dois engasguem e sejam muito felizes juntos.- ele respondeu finalmente, antes de se virar e caminhar de volta para o castelo, ignorando o grito de Tom.- Porque eu terminei com isso.
****************************
Uma vez lá dentro, ele foi imediatamente bombardeado de perguntas por Rony e os Sonserinos.
- Você está bem, cara? Onde está Hermione? Ela estava te procurando. Riddle fez alguma coisa?- seu melhor amigo perguntou em rápida sucessão, mas Harry não teve a chance de responder antes que Abraxas e Zevi tivessem prontamente o puxado para longe do ruivo.
- O que você pensa que está fazendo?- Abraxas exigiu, a compostura perfeita se desfazendo rapidamente.- Você e Tom terminaram?- mais uma vez, com as insinuações de casal, Harry suspirou.
- Vocês já discutiram antes.- disse Zevi desesperadamente.- Você não vai simplesmente largar tudo agora, vai? Evans, ele...
- Juro por Deus se você o machucou...- Lestrange invadiu seu espaço, apontando sua varinha ameaçadoramente para o rosto de Harry.- Eu vou te fazer pagar, seu estúpido...
- Afastem-se.- disse Tom preguiçosamente, caminhando em direção a eles.- Está tudo bem.- os sonserinos congelaram, mas obedeceram sem questionar.
- Tom...- Lestrange começou.
- 'Espero que vocês dois sejam muito felizes juntos'?- Tom citou, sobrancelhas arqueadas. Harry sorriu.
- Eu particularmente gostei dessa fala...e 'o famoso Menino-que-sobreviveu'? Sério?- Tom sorriu de volta com sua resposta.
- Achei que soava ressentido o suficiente. De qualquer maneira, ele acreditou.
- Acreditou?- Alphard questionou, completamente confuso.- Então, Vocês dois não estão realmente brigando?
Harry não pôde deixar de notar o quão aliviados todos os sonserinos (exceto Lestrange que estava com uma cara de quem tinha engolido um limão azedo) pareciam.
- Não.- Harry balançou a cabeça.- Estávamos ganhando tempo.
Os Sonserinos ainda pareciam perdidos.
- Você-Sabe-Quem tentou colocar vocês um contra o outro?- Rony perguntou, astutamente. Todos os sonserinos, incluindo Lestrange, ficaram boquiabertos com o grifinório.
- Como você...?- Abraxas estava estudando o ruivo sob uma nova luz. Rony parecia um pouco desconfortável. Harry inclinou a cabeça, também curioso, quando seu melhor amigo fez uma careta para ele.
- Puta merda, me dê algum crédito Harry, eu posso não ser uma cobra, mas tenho sido seu melhor amigo por cinco anos. Eu sei como você reage às coisas.
Harry sentiu um sorriso implacável nos cantos de sua boca, uma grande onda de afeto crescendo em seu peito por seus dois grifinórios favoritos, antes de lançar a Tom uma expressão presunçosa e desafiadora de 'veja, meus amigos são incríveis', que o outro zombou.
- Sim.- Harry confirmou.- Ele tentou.
Rony riu, parecendo surpreso com o fato de estar rindo. No segundo seguinte, Hermione chegou.
- Oh, Harry! Graças a Deus, você está bem!- ela exclamou, olhando para Tom, antes de tomar um momento para avaliar a situação, franzindo a testa.
- O que eu perdi?
✓
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Favorito do Destino
FantasíaExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...