- Você está bem, Harry?- Hermione perguntou preocupada enquanto ele se sentava ao lado dela.- Você parece um pouco irritado.
Harry bufou. Irritado. Certo.
- Hermione, se algum dia eu indicar qualquer probabilidade de mostrar preocupação com Tom novamente, apenas me lembre de hoje.- ele gemeu, deixando sua cabeça bater no encosto da cadeira.
Eles estavam em uma sala de aula vazia perto da Torre da Grifinória, onde Harry ainda não era particularmente bem-vindo, por isso ele dormia nos dormitórios da Sonserina.
- Por que? O que aconteceu?- ela exigiu. Harry apertou a mandíbula, um leve rubor subiu por suas bochechas. Sua melhor amiga parecia positivamente intrigada agora.- Harry?
- Ele...hum...começou a dar em cima de mim.
- O QUE?- Hermione gritou.
- Não de verdade.- Harry acrescentou, apressadamente.- Tenho certeza de que ele é hétero e só estava fazendo isso para me fazer ir embora. Eu só...nunca mais.- Hermione estava o encarando.- Eu estava tentando descobrir o que havia de errado com ele.- explicou.- Ele está agindo estranho o dia todo. Eu não sei por quê. Ele disse...- Harry vacilou novamente, franzindo o nariz.- Ele tentou me convencer de que era porque tinha sentimentos por mim e...urgh.- ele estremeceu.
- Você tem certeza...-Hermione começou.
- Sim! Droga. Ele não é gay, eu não sou gay e nós não somos um maldito casal!- Harry perdeu a cabeça. Hermione ergueu as mãos de forma apaziguadora.
- Ok, ok. Eu acredito em você. Quero dizer, vocês agem um pouco como um velho casal, mas eu acredito em você.
Harry a encarou.
- De que lado você está?- ele demandou. Hermione revirou os olhos.
- Seu, é claro, não seja ridículo.
Eles ficaram em silêncio por um momento.
- Harry.- ela começou de novo. Ele voltou sua atenção para ela.- Você já considerou que ele estava sendo honesto...
- Ele não estava dando em cima de mim seriamente.- Harry protestou automaticamente.- Ele é hétero; e um psicopata, ele não tem sentimentos...
- Me escute.- Hermione interrompeu.- Eu não estou dizendo que ele tem sentimentos românticos, e sim, ele é um psicopata, mas isso não significa que ele não possa...se importar com as coisas, certo?- Harry ficou em silêncio. Hermione continuou um pouco nervosa.- Ele pode estar reagindo dessa forma porque não está acostumado a se importar, a ter sentimentos...o que explicaria as mudanças de humor que você me contou. Calmo e brincando em um segundo, atacando no próximo.- ela parou com um encolher de ombros.- Ele tem sido particularmente, er, legal recentemente?
Sua mente imediatamente se voltou para a última noite. Hermione deve ter encontrado algo na expressão dele, porque quando ela falou de novo foi com uma confiança cada vez maior.
- Exatamente. Se ele não age assim normalmente, então ele pode estar confuso sobre por que está fazendo isso agora.
- É possível.- Harry concedeu, antes de lançar seu olhar enquanto ela abria a boca para dizer mais alguma coisa.- Não. Não me diga para falar com ele sobre isso. Inferno, não. Você não estava lá, foi assustador e eu estava genuinamente apavorado.
Hermione empalideceu ligeiramente.
- Sim.- Harry afirmou, sombriamente.- Isso foi o que eu pensei.
Ele consultou o relógio. Era quase toque de recolher. Ele se levantou com grande relutância.
- Eu devo ir.- Harry realmente não se moveu. Hermione se levantou também.
- Você poderia passar a noite na Grifinória.- ela sugeriu. Harry balançou a cabeça.
- E deixá-lo pensar que ganhou? De jeito nenhum!- ele caminhou decididamente em direção à porta.
- Harry.- ele fez uma pausa no tom de voz desesperado de Hermione.- Tenha cuidado. Por favor. Você diz que ele é um psicopata, então ele pode não gostar de ser...mudado.- Harry deixou suas palavras afundarem por um momento, reprimindo outro estremecimento.
- Boa noite, Hermione.
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Ele entrou na sala comunal da Sonserina para encontrar Zevi, Alphard e...praticamente todas as pessoas na sala, observando o herdeiro da Sonserina com cautela. Tom, por sua vez, estava apenas sentado lendo e ignorando todos ao seu redor.
O que não era tão incomum.
A maioria das pessoas se considerava sortuda por conseguir qualquer sinal de que o jovem Lorde das Trevas estava prestando atenção quando se dirigiam a ele. Um piscar de olhos, um olhar, era considerado uma boa reação. Eles atribuem a falta de atenção ao fato de Tom ser um gênio e nunca precisar se concentrar em nada na vida cotidiana.
Harry atribuiu a Tom ser um idiota.
Não, ele não estava sendo amargo. Vendo que a disposição do outro não havia melhorado de forma alguma desde seu último encontro, Harry decidiu que não podia se incomodar em fazer nada além de dormir. Amanhã era um novo dia. Um melhor, ele esperava, porque os dois últimos foram agitados.
- Você está com pressa.- comentou Tom. Os ocupantes da sala pareceram inspirar visivelmente.- Considerando que dormiu até tarde, você não pode estar cansado. Você normalmente funciona com ainda menos horas de sono. Venha, sente-se.- olhos violetas não vacilaram das páginas que estavam folheando. Harry manteve suas feições compostas, continuando a andar pela sala sem olhar para trás.
- Obrigado, mas não.- disse, calmamente.- Boa noite.- ele bateu a porta do dormitório atrás dele. Era infantil, mas queria que Tom soubesse que não estava feliz com ele e seus jogos mentais distorcidos. Fechando os olhos por um momento, Harry foi tomar banho e depois, mais tarde, para sua cama.
Ele começou a fazer sua lição de casa. Sozinho. Deus, era uma reminiscência de quando ele foi selecionado pela primeira vez para a Sonserina, 50 anos atrás. Harry se sentia tão isolado quanto naquela época. Zevi entrou no quarto quando ele estava quase terminando.
- Harry?- ele chamou, hesitante. Harry fez um ruído de reconhecimento, mas se concentrou intensamente em sua redação.- Tudo bem?
- Tudo.- Harry olhou para cima, sorrindo levemente.- Estou direcionando isso para você ou seu senhor?
Zevi se encolheu um pouco e Harry revirou os olhos. Bem, isso respondeu a essa pergunta.
- Sou seu amigo.- disse Zevi com cuidado.
- Eu não duvido.- Harry suspirou.- Mas sua lealdade está, e sempre estará, com Tom. Então me perdoe, se eu não...ah...quero falar sobre meus sentimentos.- ele terminou sem rodeios.
O silêncio reinou, enquanto o herdeiro Prince procurava algo para dizer.
- Tchau, Zevi. E sim, você pode dizer isso para ele.
O dormitório foi abandonado mais uma vez.
Harry se jogou de volta em sua cama, resolvendo fingir estar dormindo da próxima vez que um dos lacaios de Tom entrasse pela porta. Ele sabia que Tom estava chateado, mas Harry descobriu que honestamente não se importava. Provavelmente faria bem ao Herdeiro da Sonserina ser ignorado, ele passou muito tempo sendo o centro das atenções.
Para não mencionar que Harry nunca perdoou totalmente Tom por roubar suas memórias.
A porta se abriu mais uma vez.
- Harry?
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O Favorito do Destino
FantasyExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...