Fazia uma semana e, embora se sentisse chocado em admitir, Harry honestamente só queria deixar a aura deprimente da casa dos Blacks e voltar para Hogwarts.
Ele queria falar com Tom, mas Tom disse que ele só deveria escrever se tivesse algum problema, e Harry não estava em apuros. E também não queria parecer pegajoso.
Além disso, Tom não fez nenhuma tentativa de contato. Não que houvesse necessidade. Harry disse que estaria de volta em alguns dias, e fazia apenas uma semana.
Salazar.
Ele parecia patético.
Não que ele precisasse ver Tom ou algo assim...só parecia um pouco estranho não falar com o sonserino. Ele se sentia um pouco perdido sobre o que fazer consigo mesmo, o que era algo ruim.
Harry encontrou um medalhão legal em um dos quartos quando eles estavam limpando. Era dourado com a letra 'S' no centro. Ele podia sentir a magia vibrando nele, como uma batida de coração. Ele decidiu que seria o presente de Natal de Tom.
Tecnicamente não era um roubo...Sirius praticamente o jogou em suas mãos depois de conseguir arrancá-lo de Monstro...e ele não se importava com o que Hermione dizia: aquele elfo doméstico era simplesmente esquisito.
Harry estava na Biblioteca Black agora, evitando Rony. Ele sabia que seu melhor amigo estava de luto, e que estava chateado, mas os outros Weasleys (exceto Gina) pareciam ser capazes de não o insultarem sempre que ele entrava em uma sala.
Não, isso foi injusto. Rony estava absolutamente exausto, pálido e com manchas escuras sob os seus olhos que mantinham constantemente a tonalidade vermelha dos choros recentes.
Definitivamente não era da sua conta ficar irritado ou reagir. Hermione parecia estar ajudando de qualquer maneira; ele frequentemente via seus dois melhores amigos juntos. Eles pararam de discutir tanto quanto costumavam fazer. Harry supôs que ambos passaram muito tempo na companhia um do outro sem ele por perto para agir como um amortecedor...a adaptação foi natural.
Harry se sentia culpado por isso, mas...ele não sabia. Tudo estava confuso.
Foi esta casa.
Ele ouvia Sirius chorando por causa de pesadelos quase todas as noites, mas sempre fingia estar dormindo um sono tranquilo. Sirius e Remus se esforçaram tanto para ter certeza de que isso não o acordaria, ou o incomodaria. Ele não poderia arruinar a feliz ignorância deles, e Sirius claramente já tinha o suficiente em seu prato com os fantasmas de Azkaban sem os problemas de Harry ainda por cima...e ele não podia falar com os Weasleys sobre nada, apesar do fato de que a maioria deles tinha se oferecido para ouvi-lo em algum momento.
Deus...quando ele começou a se sentir mais confortável nas sombras do que na luz? Quando isso aconteceu? E por que ele se sentia tão inquieto o tempo todo?
Ele girou os dedos distraidamente em torno da corrente do medalhão de ouro em suas mãos, observando o brilho do S verde na luz.
Passava um pouco da hora do almoço e ninguém mais estava limpando a casa. A Sra. Weasley insistira para que eles fizessem isso, Harry sabia que era devido ao fato de que a limpeza poderia acalmar e distrair uma mente em pânico e confusa.
Ele suspirou, passeando pelos corredores de estantes com livros mofados, olhando as prateleiras com uma cautela desinteressada.
Esta era a biblioteca Black, talvez tivesse algo sobre Horcruxes?
Dumbledore não havia falado mais sobre elas, e Tom certamente não estava disposto a entrar em detalhes sobre o assunto.
Ele procurou na biblioteca relativamente pequena com fervor por quinze minutos; realmente prestando atenção aos títulos.
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O Favorito do Destino
FantasyExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...