Capítulo 94

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O coração de Harry batia descompassado em seu peito, e seus dedos se fecharam com mais força ao redor da Horcrux dourada.

- Algo assim.- ele concordou, cautelosamente. Os olhos de Tom se estreitaram, seu caminhar medido e mortal. Harry recuou, circulando, esperançosamente na direção da porta. Tom parou de novo e estendeu a mão.

- Dê para mim.- o herdeiro da Sonserina ordenou, suavemente. Silenciosamente, Harry balançou a cabeça, os músculos tensos para lutar ou fugir.- Agora.

- Me desculpe.- Harry murmurou.- Mas você não pode tê-lo. Eu preciso dele.

- Precisa dele?- Tom repetiu, delicadamente.- E por favor, diga-me, por que você precisa dele?

Harry ficou quieto, teimosamente. Ele sabia que Tom estava esperando um confronto, mas essencialmente se manteve firme. Tom olhou para ele, sombriamente.

- Harry.- Tom continuou, a voz de alguma forma se tornando ainda mais perigosa e suave.- O medalhão está obscurecendo seu julgamento...você não pode ver isso? Meu Harry não seria tão estúpido a ponto de cair em uma armadilha tão óbvia...você sabia perfeitamente bem que eu não ia deixar o medalhão fora da minha vista.

- Talvez você simplesmente não me conhecesse tão bem quanto pensava.- Harry sugeriu, cuidadosamente, não querendo perder a chance de escapar.

Tom estava esperando uma briga...

- Claramente não...

…então Harry correu ao invés disso.

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A cabeça de Draco disparou quando a porta do dormitório do quinto ano se abriu de forma violenta, um borrão de movimento saindo dela.

Harry estava correndo para a saída.

Quase um segundo depois, houve outro borrão, exalando perigo, perseguindo com a graça letal de uma pantera.

Todos ficaram paralisados, instantaneamente em silêncio, os olhos se voltando para a saída da sala comunal onde as cobras estavam ganhando vida, prontas para impedir que qualquer um saísse...e...e Harry saltou sobre elas, para o corredor, sem olhar para trás, um brilho dourado em sua mão, ainda correndo.

O jovem Lorde das Trevas não deu ao seu público boquiaberto sequer um olhar, logo atrás de sua presa.

Durou apenas alguns segundos.

Mas parecia uma vida inteira.

- Ai, merda...

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A adrenalina de Harry corria por seu corpo, estimulando-o.

Houve apenas o barulho de dois pares de passos contra o chão do castelo outrora silencioso.

Sua respiração era irregular quando ele derrapou em uma esquina, não ousando olhar para trás, totalmente ciente da distância que estava do Sonserino e sabendo que tinha que fazer qualquer coisa para aumenta-lá.

Ele não podia se esconder, Tom conseguiria rastreá-lo em questão de segundos, especialmente porque Harry também estava segurando a Horcrux, e embora ele fosse um corredor mais rápido do que Tom, Tom não estava muito longe e o mantinha bem à vista.

Ele não parou, saindo das masmorras, onde cada cobra na parede era um inimigo pronto para prendê-lo.

Ele era um ofidioglota.

Tom era o herdeiro da Sonserina.

Ele mergulhou para outro corredor, uma maldição o errando por pouco. Tom também era um lançador mortal: poderia ter jogado como um batedor, se não achasse que Quadribol era uma total perda de tempo.

O Favorito do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora