Era estranho, ele esperava um confronto quase imediato com Lestrange, mas não houve.
Foi estúpido da parte dele esperar uma mudança drástica nas ações do outro devido ao fato de ter tido aquela conversa com Tom, porque obviamente, Lestrange não estava ciente disso, portanto, não tinha nenhum motivo real para forçar o confronto repentinamente, mas ainda assim. Foi desconcertante.
Harry havia concordado em ir para Little Hangleton com Tom, embora a ideia o assustasse mais do que ele admitiria em voz alta. Ele nunca esperava voltar lá depois do quarto ano. Mas ele estava indo de qualquer maneira. Deveria significar algo para Tom realmente pedir isso.
Ele estava na aula de Adivinhação com Rony, nenhum dos seus Sonserinos do passado tinham essa aula, mas Draco também estava lá, do outro lado da sala.
Ele se dava melhor com o jovem Malfoy agora, depois de tudo que aconteceu com o Lembrol.
Rony não.
Ele não pôde deixar de notar que o loiro parecia miserável sob sua máscara de sangue puro. Harry também teria ficado infeliz se tivesse apenas Crabbe e Goyle como companhia.
Sua cabeça estava doendo. Realmente latejante.
Os incensos fortes ao redor da sala eram avassaladores, sufocantes, e o cheiro de chá não ajudou em nada enquanto Trelawney flutuava ao redor deles.
Ele não conseguia se concentrar.
Rony estava olhando para ele com preocupação, mas Harry se concentrou em não vomitar, em pensar através da névoa. Trelawney estava empolgada com o trabalho de Parvati, a voz dela soando estridente e ecoando em seus ouvidos. Oh Deus, sua cabeça.
Se isso fosse obra de Tom, ele iria matar o bastardo.
- Harry, está tudo bem, companheiro?- Rony perguntou baixinho, inclinando-se sobre as bolas de cristal que amontoavam a mesa.- Você parece meio verde.
- Estou bem.- ele disse, fracamente, oferecendo um sorriso.
Rony não parecia nem um pouco convencido.
No segundo seguinte, a dor explodiu em proporções épicas, como se alguém tivesse acabado de bater com uma marreta em seu crânio.
Um gemido escapou de seus lábios, seus dedos cavando furiosamente em seu cabelo, puxando desesperadamente para aliviar de alguma forma a sensação.
Ela desapareceu depois de um momento, deixando-o sem fôlego, apenas para começar de novo, como ondas. Foi então que percebeu o que estava acontecendo.
Voldemort estava atacando mentalmente as barreiras de Oclumência que Tom havia colocado em sua cabeça, o que parecia ser há muito tempo atrás.
Uma sensação de pânico explodiu em seu peito; ele não estava pronto para isso, sua Oclumência era uma droga. Ele não podia fazer nada além de tentar aguentar. O próximo ataque quase o fez desmaiar, e ele se levantou trêmulo. Harry tinha que sair da sala de aula, enquanto ainda podia pensar em fazê-lo.
- Potter.- era Malfoy, seu rosto branco de terror, sua voz embargada.
- Agora não.- ele resmungou, colocando a mão na cabeça, cambaleando. Estava quente e pegajosa, Harry puxou a mão para trás para ver que seus dedos estavam manchados de vermelho.
Ah, Merda. Sua cicatriz estava sangrando. Era por isso que Malfoy estava em pânico.
Ele podia ouvir os outros alunos murmurando, doentiamente excitados, e Trelawney suspirar.
Rony praguejou alto.
- Ei, voltem a fazer o que estavam fazendo.- seu melhor amigo ordenou, asperamente.
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O Favorito do Destino
ФэнтезиExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...