Quando Harry estava prestes a se despedir de Rony e Hermione e ir para o escritório de Dumbledore, uma mão segurou seu braço.
- O que o velho quer?- Tom exigiu. Ele não parecia feliz. Rony explodiu imediatamente com o tom de voz e o aperto contundente.
- Ele não precisa te dizer, não é da sua conta!- o ruivo estalou. Tom dispensou o Weasley com um breve olhar.
- Harry?- ele questionou friamente. Harry deu de ombros, desembaraçando seu braço com uma indiferença praticada.
- Não faço ideia.- respondeu.- Talvez eu te conte quando descobrir.- o olhar do outro escureceu, e os Sonserinos pararam inquietos do lado de fora do Salão Principal.
- Tom...- Zevi começou a dizer, incerto, chegando a um silêncio abrupto com a expressão fria do jovem Lorde das Trevas.
- Te vejo mais tarde. Hermione, não se esqueça das anotações.- Harry se virou para sair.
- Ele é um idiota manipulador, menino de ouro.- Tom o lembrou acidamente. Hermione franziu a testa.
- E você é muito melhor, certo?- ela insinuou em um tom de voz educado. Um sorriso enfeitou as feições de Harry. O olhar de Tom se voltou para sua melhor amiga. Seu sorriso desapareceu. Oh não.
- Como você se atreve a falar assim com ele.- Lestrange sibilou, dando um passo à frente.- Sua sangue ruim imunda.
Com essas palavras, Harry imediatamente se virou, varinha na mão, ameaças de fazer Cygnus vomitar sujeira e lodo pela próxima semana quente em seus lábios. Rony também estava com a varinha em punho, o rosto vermelho como o cabelo. Houve um som agudo de estalo e a boca de Harry quase caiu.
Cygnus cambaleou para trás, sua bochecha escarlate. Hermione o havia esbofeteado!
A diversão desapareceu instantaneamente quando Abraxas, Alphard e Zevi se juntaram a Lestrange em sua postura hostil, prontos para atacar. A simpatia dos sonserinos havia ido embora, desaparecendo como uma cortina de fumaça no ataque a um deles. Por um momento, a única coisa que sua mente podia ver eram os Comensais da Morte.
Harry ergueu a varinha, se posicionando entre os dois grupos. Houve um momento de silêncio absoluto.
Tom era o único que não havia puxado sua varinha, apenas parado no mesmo lugar em que estivera, a cabeça levemente inclinada para trás e os olhos fixos na forma de Harry com um brilho preguiçoso e divertido. Esperando. Testando para ver o que ele faria, como reagiria.
Caramba. Os sonserinos o olharam com cautela. Zevi pareceu desapontado.
Então, lentamente, com excessão de Lestrange, eles colocaram suas varinhas de volta em seus respectivos lugares de descanso e se afastaram, esperando por Tom no final do corredor. A mandíbula de Tom se apertou.
Aparentemente, Harry havia falhado em alguma coisa.
- Cygnus.- o herdeiro da Sonserina chamou. Lestrange olhou para eles, furiosamente, antes de abaixar a varinha e ir embora com seu Senhor. Rony e Hermione guardaram suas próprias varinhas, enquanto Harry se virou e caminhou em direção ao escritório de Dumbledore.
Ele teve uma sensação horrível de que o teste no qual ele falhou voltaria para mordê-lo quando se deparasse com Tom novamente.
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Entrar no escritório de Dumbledore era como voltar no tempo para seu segundo, ou mesmo seu quarto ano. Nada havia mudado. Fawkes piou para ele de seu poleiro, os instrumentos de prata finos adornavam uma mesa desordenada e fileiras de livros. Os retratos olharam para ele com interesse. O próprio diretor estava sentado serenamente atrás de sua mesa, os dedos cruzados logo abaixo do queixo.
- Har...- Dumbledore começou, antes de suavemente se corrigir ao ver a expressão de Harry.- Sr. Potter.
- Professor Dumbledore.- Harry cumprimentou de uma forma neutra.- Você queria me ver.
Dumbledore assentiu, gesticulando para que ele se sentasse. Cautelosamente, ele o fez. Harry esperava que o diretor fosse intuitivo o suficiente para pular as gentilezas. Ele estava farto de ter que observar tudo o que fazia, e adivinhar e fingir com os Sonserinos. Seria uma pausa bem-vinda se Dumbledore, pela primeira vez, fosse direto ao ponto. Felizmente, o velho pareceu entender a mensagem...ou talvez sua postura estivesse apenas irradiando desespero.
- Primeiramente, sinto que devo te pedir desculpas.- Dumbledore disse, os olhos tristes.- Tanto pelo tratamento que você sofreu nas mãos de seus parentes quanto pelo meu comportamento em relação a você.
Harry assentiu ligeiramente, reconhecendo o pedido de desculpas, mesmo que ainda não cedesse ao perdão. Algumas palavras bem formuladas não resolveriam desta vez. Ele esperou por uma explicação. Dumbledore o estava estudando, cuidadosamente. Por um momento, Harry sentiu que estava prestes a fazer algo, então o diretor perguntou.
- Você já se esforçou para descobrir o que aconteceu com seus companheiros, em seus futuros?- Harry debateu silenciosamente por um momento.
- Não.- ele respondeu inquieto.- Mas presumo que você vai me contar.
Dumbledore aproveitou a chance.
- Abraxas Malfoy morreu jovem, com trinta e poucos anos, supostamente de 'Dragon Pox'. Alphard Black foi assassinado horas depois de deixar sua herança para Sirius. Cygnus Lestrange faleceu em uma chama de glória na primeira ascensão de Voldemort, o braço direito de Tom, um homem velho. E Zevi Prince foi morto dias após o parto de sua esposa.
Harry engoliu sua náusea. Ele não queria saber disso. Por que ele quase convenceu o diretor a contar a ele? Alguma parte de sua mente viu isso como uma concessão...Harry viu agora que era um conhecimento maculado. Como ele deveria encará-los agora e...Não, nenhum deles teria sido morto por seus laços com ele. Eles não podem ter sido. Era só que...eles morreram tão jovens
- Você sabe por que não houve um alvoroço, Harry?- Dumbledore continuou gentilmente.- Ninguém sabe do passado de Voldemort. Ele nunca contou e não deixou ninguém vivo para compartilhá-lo. Somente nas raízes mais profundas do lado sombrio existem sussurros sobre o nome que ele costumava ter.
Harry se levantou abruptamente. Tinha sido uma má ideia concordar com esta reunião. O Diretor se levantou também, sua expressão suplicante.
- Ele é perigoso, Harry. Ele pode não ser Voldemort, mas não é inocente, ele não é um bom homem. Ele é, no entanto, um ator extremamente talentoso e convincente.
Harry se afastou sem palavras, apenas para ter a porta trancada na sua frente. Ele cerrou os dentes, sua magia inchando, uma dúzia de emoções martelando sob sua pele.
- Abra a porta.- Harry ordenou, friamente.
- Eu imploro que você veja a razão, precisamos de você. Sem você, a luz deste mundo está condenada.
Harry nunca tinha ouvido Dumbledore soar assim. Tão desesperado, praticamente implorando. Seu complexo de herói estremeceu, sua raiva incomparável.
- Por que eu?- ele rosnou, virando-se novamente.- Por que tem que ser eu? Diga-me!
- Você já ouviu falar de horcruxes?
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O Favorito do Destino
FantasyExistem muitas histórias em que Harry volta ao tempo de Tom Riddle, então fica ou é mandado de volta. E esse é o fim. A menos que ele tente mudar Voldemort. Mas e se as coisas fossem diferentes? E se, apenas uma vez, alguém seguisse um viajante do t...