45 - A Batalha da Vila dos Ogros p4

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O chefe dos ogros ficou completamente imóvel, incapaz de se mover diante da pressão que sua oponente emitia. Não, na verdade seria melhor dizer que cada instinto em seu corpo lhe dizia a mesma coisa; se ele se movesse agora, a criatura na frente dele avançaria e tiraria a vida dele. É por isso que ele não tinha como reunir forças e avançar. 

Claro, como o ogro mais forte ele poderia se mover se a situação realmente pedisse por isso, só que ele sabia que não era vantagem fazê-lo agora. 

"Por hora, que tal se apenas aproveitarmos o show?" 

E então, para surpresa do chefe, e de todos que estavam presentes, a "coisa" na frente dele, que ele mal estava certo de o que era, simplesmente se sentou no chão, como se ela não tivesse nem o menor interesse na batalha. Ela apenas sorriu, direcionando o seu olhar para o campo em que os dois grupos lutavam, como se ela pudesse ver a batalha que ocorria a dezenas de metros. 

"Por quê... você não deseja lutar...? Se fosse você, então talvez nossa vila tivesse sido esmagada há muito tempo." 

O chefe perguntou isso, confuso com o comportamento que a "coisa" na frente dele tinha. Como resposta ele recebeu apenas um olhar confuso. 

"E qual é o sentido disso? Se o Rimuru quisesse esmagar vocês com força bruta e falar 'rendição ou morte', então ele o faria sozinho. Esse é o nível de poder que ele tem." 

O chefe dos ogros se surpreendeu ainda mais, ouvindo tais palavras da entidade na frente dele. A mulher na frente dele, aparentemente um dos lendários "Kijin", que são uma evolução "rara" de seu povo, falava de seu mestre como se ele fosse mais poderoso do que ela. Para o chefe dos ogros, imaginar uma criatura nessa floresta que fosse mais poderosa do que essa mulher era um trabalho impossível. 

Quando se tratava de magículas, nem mesmo a zeladora ad floresta, Treyni a Dríade, poderia ser um oponente para essa Kijin. 

Sendo assim... 

"... O quão forte é o seu mestre?" 

O chefe perguntou, estreitando os seus olhos enquanto tentava avaliar a resposta dela. Ele sabia que não poderia identificar se ela falava a verdade ou mentira apenas por suas palavras, mas ele ainda queria saber como seria a reação dela diante de tal pergunta. 

E a reação dela foi apenas sorrir, como se tudo isso não passasse de uma grande piada. 

"Ele é forte o suficiente para que tudo isso ainda seja bastante entediante. A verdade... É que ele já se limitou, para não poder lutar a sério. Afinal, se ele lut-" 

Antes que a Kijin pudesse continuar uma ventania forte soprou, especificamente ao redor dela. Os presentes podiam sentir claramente, nessa ventania, as magículas de alguém agindo, aquela pessoa que havia se identificado como Rimuru antes. 

Mesmo a essa distância, todos entenderam, que o Rimuru não apenas havia escutado tudo, mas que ele poderia até mesmo atacar se ele desejasse. 

"Bem, parece que ele quer que eu me cale. Sendo assim, vamos apenas... apreciar o show." 

***

Gobuta estava parado na frente dos dois ogros, pai e filha, com um olhar furioso em seu rosto. A única reação dos dois pra isso foi ver, com olhos apreensivos, foi ficar parados, em guarda, com toda a sua atenção focada em Gobuta. A pressão que Gobuta emitia de seu corpo, no momento, superava a de um ogro, e o seu corpo vazava com uma estranha intenção assassina. 

Apesar disso, Gobuta conseguiu controlar a si mesmo o suficiente para não avançar nos dois. 

"Antes de começar... Você, garota!" Gobuta gritou isso, apontando para a filha do ogro com a sua mão coberta de armadura. A ogra, ouvindo isso, ficou ainda mais em guarda do que antes, mas ela ainda não tomou nenhuma ação. Era melhor ouvir o que ele tinha a dizer para ela antes que ela tomasse uma ação precipitada. "Infelizmente, embora eu quisesse esmagar vocês dois, não vou ser eu quem lutará contra você. Eu vou lutar só contra aquele carinha ali." 

That Time I Got Reencanated as a Demon Lord (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora