55 - As Ondas Começam a se Espalhar

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Gazel Dwargon, o Rei Guerreiro do Reino de Dwargon, um dos reis mais reconhecidos em toda a história do país. Sob sua liderança, o reino havia alcançado um nível de desenvolvimento tanto tecnológico quanto militar quase insuperáveis dentre as nações ocidentais, sendo considerado o próprio escudo do ocidente contra o Império do Oriente. 

Nesse exato momento, Gazel estava no laboratório do Departamento de Pesquisa, vendo todos os resultados que o grupo de pesquisa tinha à oferecer. 

O Departamento havia abandonado muitos projetos no passado, alguns sendo considerados um sonho impossível de se alcançar e outros por acidentes ocorridos durante a pesquisa, mas hoje o departamento, sob nova liderança, retomava uma de suas pesquisas mais importantes. 

O projeto Soldado Mágico. 

Kaijin, que retornou ao seu posto como o Chefe do Departamento de Pesquisa, estava fazendo as alterações pessoalmente no projeto, adicionando partes ao corpo mecânico enquanto Vesta, o segundo em comando do departamento, estava revisando a programação da máquina. Todos os outros cientistas estavam dando a sua assistência tanto quanto fosse possível, mas nada que eles faziam chegava sequer perto do trabalho que esses dois faziam. 

Gazel sentiu como se uma imagem do passado - dos seus subordinados leais e dedicados - havia retornado depois de muito tempo. Ainda assim, mesmo que uma parte dele se sentisse contente com o retorno dos velhos tempo, outra parte sentia aflição. 

Afinal, os velhos tempos não haviam retornado sem uma ameaça que pudesse ameaçar Gazel. Não, não apenas Gazel. Toda Dwargon estava ameaçada, e tudo por causa da existência de uma única entidade. 

Um slime. 

Um único slime anômalo, o tipo de criatura que humanos sempre ignoravam, havia aparecido, e agora Gazel estava com medo pelo futuro de sua raça. Uma criatura que o próprio rei não estava certo de poder vencer, criatura doa qual Gazel estava certo de que teria um futuro grandioso se o mesmo não acabasse morto pela sua própria arrogância. 

Uma parte de Gazel desejava tê-lo matado ainda naquele tribunal, eliminando o problema com ele ainda fraco, mas ele não o fez na época. Gazel sabia que, se ele tivesse começado uma luta, a batalha resultante chegaria até a cidade e a chance de que uma grande quantidade do povo que ele tentava proteger acabasse morto era mais do que provável. 

Por isso, Gazel deixou que o slime escapasse, com esperanças de que, com suficiente preparo, o mesmo seria facilmente derrotado no futuro. 

Por isso também, Gazel havia enviado subordinados para a floresta, para observarem o slime em segredo e lhe enviassem as informações, garantindo que o mesmo não ficasse forte demais. 

Se aquele slime começasse a parecer ficar forte demais para que ele o derrotasse Gazel não teria opção além de ir pessoalmente ao campo de batalha e derrotá-lo, antes que o mesmo acabasse se tornando em uma ameaça para todos os humanos. Caso contrário, Dwargon -  e talvez todo o ocidente -  estivessem ameaçados. 

Talvez se nos afastarmos dos Luministas... 

Esse pensamento passou pela mente de Gazel por um instante, mas o mesmo logo o apagou de sua mente. A igreja do ocidente era uma organização poderosa demais, com Luministas por todo o continente, até mesmo no Império do Oriente. Se Gazel e Dwargon, uma nação que tinha o histórico de realizar transações e acordos com monstros, abandonasse o Luminismo, isso não seria diferente de declarar que estão do lado dos monstros, ainda mais se aquele slime começar a agir. 

Além disso... 

Mesmo aquele slime não pode derrotar ela. Se ela viesse contra nós por achar que nos aliamos a esse slime... nem mesmo eu poderia derrotá-la. 

That Time I Got Reencanated as a Demon Lord (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora