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(O título do capítulo vai estar no final, por quê... eu quero! HAHAHAHAHAHA. Isso sou eu usando e abusando do meu poder do autor [espero que respeitem]. Espero que gostem do capítulo, um dos pontos de virada mais importantes que vai definir o futuro da fic [e olha que ainda estamos no começo dela], por isso planejei tanto esse e o próximo. Continuem lendo e, principalmente, APRECIEM!!!) 

Bem, não posso dizer que fiquei com saudades, mas devo admitir que uma cela de prisão pode ser bastante confortável depois que você se acostuma. Não estou falando isso pra me enganar ou coisa do tipo, mas é que eu realmente estou começando a me sentir confortável nesse lugar, mesmo que eu não saiba se é bom ou ruim. 

Vou considerar neutro. 

Me virando, olhei na direção dos três irmãos anões e Kaijin, que compartilhavam a mesma cela que eu. Senti um pouco de culpa por colocá-los nessa situação, mas... Bem, não tenho nenhum "mas". 

Realmente me sinto culpado dessa vez, não tenho pra onde fugir. Afinal, no fim, a culpa é minha e apenas minha. 

"Foi mal por meter vocês nesse problema, amigos. Acho que tudo ficou... bem maior do que eu imaginei." 

Eu abaixei um pouco a minha cabeça para os quatro, sem saber se eu deveria olhar pra eles nos olhos ou não. Eu já perdi amizades por colocar as pessoas em problema antes, e a última coisa que eu quero é ver isso acontecendo outra vez por quê sou inconsequente com minhas ações e machuco possíveis amigos com os meus atos. 

Mesmo assim, a resposta de Kaijin me surpreendeu. 

"Hahahaha. Não há do que se desculpar, Rimuru-dono. A única coisa de que eu me arrependo é de não ter dado um soco ou dois no Vesta antes de você jogá-lo na lixeira." 

Os outros pareceram concordar com o Kaijin já que eles tinham sorrisos em seus rostos, e eles já tinham falado algo como isso antes, mas eu ainda me senti um pouco culpado. Quero dizer, um amigo pode dizer que está tudo bem, mas quando você faz ele sofrer um castigo junto com você não tem como não se sentir culpado. 

Ainda assim, o que me impressionou de verdade foi... 

"Além disso, Rimuru-dono... Não abaixe a sua cabeça tão facilmente. Quando você abaixa a sua cabeça, todos que o seguem abaixam as suas cabeças também, sabe? E você é bem forte, sabe? Então... só não deixe que aqueles abaixo de você sofram, continue de cabeça erguida e proteja a todos de frente. É isso que vai te fazer um bom líder!" 

As palavras de Kaijin pareceram me atingir como uma faca e, de alguma forma, levantei a minha cabeça. Eu era imune a dor, mas senti meu coração apertar ao pensar em como as minhas ações poderiam não apenas machucar os meus amigos, mas também meus subordinados... o que, de alguma forma, parecia muito pior pra mim. 

Talvez isso fosse apenas o meu orgulho falando, mas eu sinto que essas palavras são verdade. 

Eu sou um rei agora, e não qualquer rei, mas o rei de uma nação de monstros e que pretende se tornar um dos lordes demoníacos que dominam o topo do mundo. Mesmo que nesse momento eu ainda seja mais fraco do que muitos dos meus futuros oponentes, eu não poderia deixar que as minhas ações fizessem os meus subordinados sofrerem. 

Depois disso, por incrível que pareça, o silêncio acabou caindo e, no fim, acabamos decidindo ir dormir e deixar as outras conversas pra amanhã. Mesmo que eu não necessitasse dormir, os três irmãos e Kaijin necessitavam, e eu não precisava ser um gênio pra ver o cansaço em seus rostos, além do fato de que eles precisavam se livrar da embriaguez deles. 

Decidi aproveitar o tempo livre da noite pra rever os meus planos, algo que eu tenho feito todos os dias já que os outros precisavam dormir, e aproveitei pra ver as notificações que o Sábio deu pra mim nas últimas horas. Quando eu vi que "treinamento infernal" havia sido terminado, tive uma grande vontade de vê-lo pra treinar um certo subordinado-kun o mais rápido possível, mas percebi que havia outro anúncio que eu não havia ouvido antes. 

That Time I Got Reencanated as a Demon Lord (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora