12 - Isso não é trapaça, é apenas a parte dele do acordo

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"O que você está fazendo aqui, garota desagradável? Não bastou me irritar o trajeto inteiro até Dwargon, você ainda quer continuar?"

"É assim que você recebe um dos seus subordinados? Que chefe horrível que eu arrumei, hein."

Essa troca ocorreu entre mim e a goblina petulante, ambos nos encarando nos olhos, mas logo um sorriso apareceu no meu rosto. Como eu poderia me esquecer daquilo? Do acordo que nós dois fizemos? Um acordo é um acordo, afinal, então ambos os lados tem que cumprir com suas partes no acordo. 

"Ora, ora, erro meu. Como eu pude me esquecer disso? Conto com você a partir de agora, minha querida desagradável-kun!" 

"Ora, seu..." 

"Kaidou-san. Poderia continuar nos guiando?"

Eu ignorei ela enquanto perguntava isso pro Kaidou, quem assentiu para minhas palavras com um nervosismo notável em seu rosto, e então ele começou a nos guiar. Ainda assim, ele tentava manter a maior distância possível de mim e da petulante-kun ao meu lado, como se a pequena aura carregada de uma poderosa intenção assassina que ela estava liberando tivesse algo a ver com isso. Será? Bem, não sei e não me importo, afinal, como sou o chefe, ela não pode tocar em mim. 

Comigo ignorando totalmente a goblina petulante, nós continuamos nossa caminhada rumo ao ferreiro que o Kaidou nos recomendou, ainda mantendo um pouco de distância pra não assustá-lo com a aura da goblina. Claro, isso me obrigou a andar ao lado da petulante, e sempre que isso ocorre nós brigamos, mas nós só teríamos problemas se um de nós começasse a falar, então eu acho que tudo ficará bem se eu ficar calad- 

"Ei, slime-san, você não deve esquecer nosso acordo, hein? Eu só vou servi-lo enquanto eu não achar a pessoa que eu realmente quero servir. Aquele que é capaz de ressuscitar os mortos e, portanto, de realizar o meu desejo." 

Falei cedo demais. 

Me virei na direção da petulante-kun, encarando a expressão no rosto dela, e um sorriso surgiu no meu rosto quando pensei na resposta certa pra ela. 

"Sim, sim, você já disse. E eu também já disse que eu vou me tornar capaz de fazer isso só para poder esfregar nessa sua carinha petulante que você vai ter que me servir pra sempre." 

Ela pareceu ficar irritada por um segundo, mas o que ela esperava? Ela começou a falar, então é lógico que acabaria numa briga, não importa como você olhe para isso. E, mesmo que eu possa imaginar os motivos pelos quais ela é obcecada em trabalhar pra alguém que possa ressuscitar os mortos, não poderia entender por quê ela tem que agir desse jeito irritante dela comigo. 

Enquanto pensava nisso, repentinamente eu vi como ela estendia os braços na minha direção no solo. 

"Vem cá." 

Com dúvida, me virei na direção dela, afinal ela falou isso bem repentinamente. Por quê estava com os braços estendidos na minha direção? Ela queria me abraçar? Ou queria me dar um mata leão e acabar com as pontas soltas que sabiam sobre a aposta? Ao menos, não consigo imaginar que me abraçar seja o que ela queria. Ela realmente queria me dar um mata leão, não é? 

"É irritante ouvir esse Poyon~ Poyon~ de você pulando no chão a cada dois segundos então vem logo. Eu vou te carregar." 

De início, eu hesitei. Quero dizer, essa goblina petulante geralmente quer me matar a cada cinco segundos e então do nada quer me carregar? Isso é, no mínimo, algo a se temer. Mas... Digamos que o Poyon~ Poyon~ dela me chamou, então pulei pra um abraço, ignorando qualquer perigo. 

"Por que eu sinto que você acabou de pensar em algo desagradável?" 

"Impressão sua." 

"E essa sua linha de visão? Para onde você pensa que estava olhando?" 

That Time I Got Reencanated as a Demon Lord (Português)Onde histórias criam vida. Descubra agora