Meu Querido Legolas: Uma história de amor

Da Luz vem a Escuridão

      Conforme os dias passavam, Arwen ficava cada vez mais fraca, cuidando de seu marido que não acordara de uma noite de sono, ela relutava com as forças que tinha contra a escuridão que vagava pelos corredores da cidade de Gondor. Por muito tempo fora uma cidade próspera, mas depois que Eldarion subiu ao poder o Sol parecia fugir daquele lugar e as trevas começaram a cada dia tomar cada parte viva da cidade. Os mais espertos fugiram antes que Eldarion proibisse a todos de sair pelos portões com ordem de decapitação àquele que tentasse. Arwen ainda se comunicava com seus parentes e no especial, seu pai, Elrond, por seus sonhos e lhe rogava ajuda, apesar de ele ter partido à muito tempo para a cidade eterna de Valinor.

      Enquanto sua mãe sofria, Eldarion continuava a propagar a missão que Sauron lhe dissera, e numa noite, os orcs entraram pelos esgotos da cidade e invadiram Gondor. Um terror se alastrou com fogo e sangue inocente sendo derramado, os poucos que podiam, lutavam com suas forças e aos demais, a sorte foi lançada. Arwen ouvia os gritos de dentro da masmorra onde ficava com Aragorn e derramando algumas lágrimas e negava com a cabeça, desacreditando que morreria ali. Foi quando da luz da Lua, iluminando seu rosto, uma mariposa voou até seus dedos e pousou, batendo levemente suas asas, o que fez Arwen parar de chorar e notar que algo aconteceria. Do horizonte inerte e sem brisa, um vento soprou seus cabelos e das nuvens, duas águias desciam à masmorra (que eram chamadas de Grandes Águias); a primeira pousou no telhado, Arwen sorriu, agradecendo aos deuses, e pegando Aragorn da cama, com muita dificuldade o colocou no parapeito e olhou para a gigante águia.

      - Leve-o para Rohan. - Implorou ela, a grande águia era do tamanho dos grande olifantes (quase duas vezes maior que um elefante normal).

      Ela observou a águia pegar com delicadeza o corpo de Aragorn e voar sobre Gondor queimando abaixo, e a segunda águia se prendeu aos tijolos do parapeito e abaixando o dorso, permitiu que Arwen subisse em suas costas e então, seguiu à sua companheira, enquanto a rainha derramava algumas lágrimas ao ver seu reino sucumbir à maldade.

      Elanor estava de pé, seus pés pouco alinhados e se mantinham firmes, sua mão segurava a espada élfica e enquanto a outra estava parada, dando-lhe equilíbrio para desferir o golpe. Estava de vestido, mas não como aquele em que Thranduil lhe dera, era mais adequado e um pouco mais justo, sem ornamentos ou decotes avantajados. Seus olhos estavam fixos em Legolas, que sorria e andava de um lado para o outro, disfarçando quando seria seu ataque.

      - Você está começando a me irritar. - disse Elanor.

     - Mas essa é a minha intenção. - disse ele, dando as costas à ela. A princesa mordeu os lábios e deferiu o primeiro golpe, o qual foi defendido de costas, por Legolas e então iniciou-se a sequência de dança dos pés ao qual ele a estava ensinando.

      - Mais firme. - disse ele enquanto se defendia e atacava em golpes a espada da princesa. - Arrume-se e defenda-se, Ellie!

     - Eu estou tentando... - disse ela pausadamente, enquanto deslizava de um lado para o outro, desviando-se e procurando tocar uma pequena parte de sua lâmina em Legolas, o que era quase impossível.

      Legolas cansou da seriedade da luta, estavam há horas na beira do lago de um dos jardins de Mirkwood, dentro do reino de Thranduil, estava ensolarado e ele começava a se cansar de treinar a garota. Ele deu um golpe, batendo com a lateral da lâmina na coxa da garota e alcançando seu braço, a rodopiou e a trazendo para bem perto, prendeu o braço dela às próprias costas, imobilizando a garota. Ela se debateu e murmurou e ele sacando a espada, apontou a lâmina para o pescoço dela.

     - Fim de jogo, princesa. - sorriu ele, com satisfação pois adorava ganhar as partidas com Elanor.

     - RÃM...- disse a garota, bufando e se afastando de Legolas, largando a espada na relva e andando de um lado para o outro, passando a mão na nuca.