Meu Querido Legolas: Uma história de amor

O Presente de Thranduil

A notícia do nascimentos das princesas não só foi comemorado pelo povo de Rohan, mas como em toda a Terra-média; Aragorn declarou 3 dias de celebrações pelas vidas das primeiras netas e nos céus, se conseguiu ver por quase duas horas, o Sol e a Lua um ao lado do outro, pois os Valar também comemoraram o nascimentos de Amarië e Lúthien.
Após os três dias de celebrações, Elanor estava no quarto, um pouco menos edemaciada, sentia seus pés e mãos voltando a estrutura natural. Legolas havia saído por alguns minutos para resolver algumas coisas com Thranduil sobre Mirkwood. Elanor amamentava Lúthien e Amarië dormia no berço quando a porta do quarto se abriu, revelando Arwen, a rainha.

- Está ocupada, Ellie?

- Pode entrar, mãe. - sorriu Elanor, e voltou -se à criança que já adormecia em seu colo.

Arwen sorriu e foi até o berço, se inclinou e tocou levemente os fios louro-branco da cabeça de Amarië, que parecia um anjo adormecida naquele berço.

- Como podem ser tão perfeitas?- disse Arwen.

- Amarië é paciente, dócil. Já Lúthien.- disse Elanor, olhando para Arwen.- Digamos que se mostre geniosa quando não consegue o que quer de imediato.

Arwen se aproximou da filha, que estava sentada na cama, e sentando-se ao lado dela, suspirou. Elanor sabia que sua visita não era a toa.

- Diga o que quer me falar, mãe.

- Preciso lhe perguntar, e prometo que será a última vez que farei isso.- ela pausou a fala e olhou para Elanor.- O que foi que você viu quando Eldarion te enfrentava no campo de batalha?

Elanor piscou e olhou para frente, encarando a varanda disse:

- Eu estava morrendo, tinha certeza de que morreria, mas minha mente não. Ela se concentrava nas meninas dentro de mim, então uma visão celestial me apareceu. Como se eu estivesse nos salões dos Valar, em Valinor. E Galadriel me fez despertar da minha fraqueza.- disse ela, lembrando-se do dia da Grande Guerra.

- E o que ela te disse?- disse Arwen, espantada com as revelações.

- Que era para continuar, que eu era filha de Mellian, serva de Yavanna. - Elanor acabando de dizer, Arwen arqueou as sobrancelhas e tampou a boca com as duas mãos. - Eu sei que Yavanna é a Valar que cuida de toda a vida na Terra, mas quem é Mellian, mãe?

- Bem, na história contada pelos nossos antepassados, Mellian foi uma Ainu, uma serva da deusa Yavanna que dentre a sua raça era a maior e mais poderosa, dela descendeu Lúthien, a primeira imortal a se relacionar com um mortal. E se formos ligar os ramos das árvores genealógicas de meu pai, digamos que você é a sexta geração de Mellian.

Elanor franziu as sobrancelhas, estava confusa.

- Por isso que Manwë apareceu para você, quando Melkor, aquele a quem Sauron serviu, se tornou inimigo dos Valar. Manwë era o único a quem Melkor poderia temer pois era o mais poderoso entre os deuses, ele jurou a Eru, Pai de Todos, que lutaria pela paz na Terra, e se uniu a Yavanna com a promessa de eleger um campeão quando a hora chegar. - disse Arwen.- Sauron foi tão astuto que ele tomou um dos filhos da descendência de Mellian, serva de Yavanna, para destruir tudo aquilo que os Valar prezam. Mas ele não contava que Manwë escolheria o seu campeão da mesma descendência. Esse campeão foi você, Elanor.

- Agora tudo faz sentido.- disse Elanor, e olhando para a criança no berço e olhando para a que estava em seus braços, disse:- Você acha que...

- O mal sempre existirá, Elanor.-disse Arwen interrompendo a fala da princesa, e tocando em seus cabelos, continuou:- Cabe a você e Legolas garantirem que essas duas não se contaminem, por que eu tenho certeza, que elas não serão apenas simples princesas. Há uma grande promessa ligada a essas meninas.