Meu Querido Legolas: Uma história de amor

A Geração dos Dragões

   
      Apesar de toda a Terra-Média saber do prelúdio a uma guerra entre as duas únicas montadoras de dragões, Amarië e Lúthien, continuaram mais unidas do que antes. A montadora de Nymeria aceitou que Amarië estava apaixonada pelo príncipe do Norte, Khal Drogo, e confiou de que Amarië abdicasse de seu direito à coroa e se casasse com o príncipe, levando Balerion para o Norte, unificando os reinos como era o desejo de Aredhel.
    Lúthien não sentiu necessidade de se entregar em casamento e fez um acordo com o Pequeno Conselho, ela se empenharia em aprender a como governar para que a coroa de Mirkwood e Gondor, um dia, passasse de Aredhel para a princesa Lúthien.
     Para aprender a barganha, Elbereth fez questão de levar a princesa com ela em suas viagens diplomáticas, viajava com Nymeria sobre os céus e nas reuniões de algumas tribos ao Sul que ameaçavam a se revoltar, Elbereth amenizava os conflitos, mas a presença de Lúthien sobre o dragão lhes traziam respeito por Gondor e com isso ela ficou conhecida como Lúthien, a princesa indômita.

     Elanor e Legolas ficaram como governantes por muito tempo em Mirkwood, e tiveram Theoden. O mais novo irmão de Lúthien tinha o ímpeto e a aparência de Legolas, e não saia de perto do Rei por toda a sua infância. Quando Theoden atingiu seus 20 anos, Elanor contraiu uma doença que aos poucos consumia seus pulmões e faziam com que sua respiração reduzisse a cada dia, e em pouco tempo ela lutou contra o cansaço. Suas participações sobre os assuntos nos reinos foi reduzindo pouco a pouco, até que a rainha não mais conseguia sair de seu quarto. Por meses ela ficou na cama, atingindo seus quase 53 anos, a vitalidade da pele começou a desaparecer e Legolas se preocupava com a Rainha. Então Elanor, sabendo que sua vitalidade acabaria em qualquer momento, enviou cartas à Gondor, ao Reino do Norte e para o Leste, e assim convocou toda a família; Aredhel ainda reinava com seus 43 anos e Elbereth, com 47 anos, continuava sua missão pacificadora com Lúthien, já atingindo a faixa de 35, Amarië e Khal Drogo reinavam no Norte com seus três filhos: Finrod, Aragorn e Elrond.

     - Sua mãe está adoecendo e nada nesta terra é capaz de curá-la. - disse Legolas, segurando a mão de Elanor, que estava deitada na cama, com os filhos e netos ao redor.

     - Nem mesmo Radagast?- disse Lúthien, se aproximando da mãe, sentando-se na cama, do outro lado.

     Elanor olhou para a filha e sorriu:

     - Meu tempo aqui está finalizando. Devo ir à Valinor em breve, me encontrar com meus pais e todos os demais líderes élficos. - disse ela, pegando a mão de Lúthien.

      Lúthien, já atingia seus 35 anos e os cabelos negros estavam presos em tranças, suas lágrimas desciam nas bochechas e um sorriso forçado iluminou seu rosto.

      - Quando pretendem partir? - disse Amarië, triste.

      - Daqui a uma semana, pelo menos até passar tudo para Lúthien.- disse Legolas.

      - Você não vai ficar? - disse Theoden, preocupado.

      Legolas negou com a cabeça. Houve um silêncio e então Amarië suspirou e deu um passo à frente, segurando o Pequeno Elrond, com 2 anos de idade.

       - Então faremos um jantar de despedida, para vocês dois. Respeitarem suas opiniões e iremos celebrar os feitos de Legolas e Elanor.- disse ela, sorrindo com certo aperto no coração.

       E foi assim, na noite do último dia de outono do ano de 60 da Terceira Era,  Elanor se esforçou para se sentar à mesa com os filhos e netos, contando as histórias de que passou e Legolas contando com bom humor sobre suas aventuras quando jovem. Nenhum deles voltou para casa naquela noite, porque na manhã do dia seguinte, antes que o Sol raiasse, Manwë recebeu uma ordem de Eru, para que se parasse o sofrimento de Elanor e por causa de seus feitos pela Terra-média, Nienna, a Valar senhora da compaixão e do luto, buscou a alma de Elanor e a levou para os salões dos Valar, deixando seu corpo inerte e sem vida sobre a cama.