Meu Querido Legolas: Uma história de amor

Da Escuridão a Luz

Legolas encarava o teto com um sorriso no rosto, sentia a brisa entrar pela varanda e apenas o fino lençol de seda tocar a parte inferior do seu abdômen, cobrindo sua intimidade. O braço esquerdo estava dobrado atrás da cabeça, enquanto o direito fazia um movimento de vai e vem sobre as costas nua da princesa. Ela respirava baixinho, quase imperceptível, adormecida sobre o peito dele com os mamilos tocando a lateral do tórax dele. Olhando para baixo ele podia ver as curvas de Elanor e parte do lençol cobria as nádegas da garota, ele fechou os olhos e respirou profundamente, já estava acabando o tempo deles.

- Ellie...- sussurrou ele, olhando para baixo, observando o contorno do nariz dela e algum fios do cabelo negro sobre seu peitoral, pouco bagunçados.

-Hmmm... acabou o tempo?- perguntou ela, olhando para cima.

Legolas sorriu e a beijou lentamente os lábios, o sentimento deste era diferente, eles estavam conectados e para sempre se lembrariam deste dia.

Ela se levantou e puxando o lençol para cobrir os seios, coçou o olho esquerdo.

- Temos que voltar, ainda haverá o banquete não é?- disse ela, olhando para o lado, encostando o queixo no próprio ombro.

- Sim.- disse ele se levantando e beijando-lhe a bochecha, abraçou a sua cintura e sussurrou:- E acho que vão começar a notar que sumimos por mais de 30 minutos...

Elanor sorriu e viu Legolas sair nu da cama e pegando sua calça a vestiu, com um sorriso para ela, que também sentou -se à beira da cama e pegando o vestido do chão, colocou-o e começou a laçar os laços que o prendiam atrás. Legolas se aproximou e ajudou-a e acabando ele, disse:

- Descerei primeiro e te aguardo no salão. - e beijou o topo de sua cabeça.

- Já desço.

Thranduil estava conversando com alguns convidados quando ouviu os passos de Legolas chegando ao salão, ele olhou para o filho, que se inclinou e sorriu. E logo depois, Elanor vindo do corredor, ajeitou a trança e alguns fios, os olhos dela encararam os de Thranduil, que sorriu depois de um tempo e ela o correspondeu com um largo sorriso.
O Banquete começara, uma comprida mesa branca com lustre da mesma luz das Estrelas e sobre o céu iluminado da noite, servia os mais diversos pratos élficos típicos e alguns doces finos, além dos vinhos refinados dos quais Thranduil reservava justamente para essas datas. Legolas e Elanor se sentaram lado a lado na mesa, comendo quietos e por vezes se entreolhando com um sorriso tímido. Thranduil estava a cabeceira e olhava para os dois apaixonados e se lembrava dos tempos em que tinha uma rainha, ele sorriu e tocando a lateral dos dedos de Legolas, que estava com a mãos sobre a mesa, olhou para o príncipe e afirmou com a cabeça. Elanor observou Legolas se levantando e fazendo com que todos prestassem atenção nele.

- Meus queridos. - disse ele, o silêncio ecoava sua voz.- Por séculos vivemos em união e harmonia, sobre o reinado de meu pai e há milênios que não temos um noite tão feliz. - Ele olhou para Elanor que retribuiu o sorriso que ele fizera.

Legolas se afastou da mesa e retirando de seu bolso da camisa, ele segurou um anel de prata e o rodava em seus dedos.

- Nós temos a presença de uma dos descendentes dos Dunedáin, a princesa Elanor, filha de Aragorn, Rei de Condor.- Elanor estava assustada, olhava com certa preocupação e encarando Thranduil, ela arqueou as sobrancelhas. Ele apenas sorriu e piscou:- Essa noite, depois de milênios em busca de algo que me prendesse em algum lugar, eu lancei a âncora. Elanor...

A garota se virou na cadeira, ficando de lado e o encarando, retirando as cutículas do dedão.

- Eu achava que era o meu carinho e lealdade pelo seu pai que me aproximava de você, mas depois de alguns anos vi que meu coração estava começando a cair quando eu a via. Já não conseguia mais esconder e acredito que você também. Essa noite foi decisiva para que eu fizesse a escolha certa...- Ele se ajoelhou e ofereceu o anel de prata à ela.- Decidi que não quero mais viver aqui sem ter você ao meu lado, e eu lhe ofereço os meus dias e até a eternidade, lhe pertencer...