Capítulo 7 - Ingrid

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Ingrid não parou de sorrir o caminho inteiro para sua casa.

- O que aconteceu? – Vitor estava a observando com sobrancelhas erguidas.

Isso a tira do transe.

- O que? – ela pergunta.

- Você não para de sorrir.

- Ah – o sorriso da garota abre ainda mais.

- Huum, tá apaixonada! Ingrid Ribeiro está apaixonada! – Vitor provoca.

- Aff – diz ela – Para com isso.

- Agora eu tô preocupado. Você tá vermelha. E não está negando – diz ele.

- Óbvio que eu não estou apaixonada. É só que... a Lina é muito legal – diz ela.

- Aham, todo mundo fica sorrindo e corando por alguém legal. Com certeza – diz Vitor.

Ingrid sorri ainda mais.

- Mataram minha melhor amiga – Vitor finge estar chorando.

Ingrid revira os olhos – Dramático. Me deixe ser feliz.

- Tá bom – ele sorri – Eu gostei de hoje. Apesar de te começado de um jeito ruim, nós conhecemos aqueles dois. Que sinceramente, eu amei.

- Eu também, Vi – concorda – Eu também.

- Oi pais – diz Ingrid, quando entra em casa.

Seu pai, Paulo, olha para o relógio pensando se precisa ou não dar sermão.

- Não tá tão tarde – ele sorri, se levantando – Oi meu amor.

Os dois se abraçam.

- Como foi seu dia? – Paulo pergunta.

Ingrid hesita por um momento – Foi... surpreendente.

- Surpreendente? - Paulo franze a testa.

- Onde está o pai? – ela pergunta, em parte para mudar de assunto.

- Hoje é o dia dele de lavar a louça – responde Paulo – Sente aqui e me conte. Por que surpreendente?

Ingrid suspira – Eu e Vitor conhecemos dois irmãos hoje – ela começa a sorrir. – Ela nos convidou para entrar e comemos bolo... Ela tocou ukulelê e eu até toquei guitarra...

- Ela? – pergunta ele, sorrindo.

Ingrid cora – Aham.

- Hum. – Paulo abre ainda mais seu sorriso – Legal, filha. Sempre que quiser nos contar qualquer coisa, pode falar conosco viu.

- Eu sei – ela responde – Eu vou... – ela faz um gesto indicando seu quarto.

- Tá bom – Paulo dá um beijo em sua testa – Durma bem.

- Boa noite – ela grita, para que seu pai Jorge também possa escutar.

- Boa noite filha! – Jorge grita da cozinha.

Ingrid entra em seu quarto e se joga na cama. Ela começa a rir sozinha, se lembrando de todos os sorrisos de Lina. Depois de alguns minutos, ela se levanta e se olha no espelho.

- Se controle – ela diz, apontando para sua própria imagem no espelho – Você está parecendo uma criança. Se controle. Isso aqui não é um livro. Não faz nem 24 horas que vocês a conheceu! – Ela encara sua imagem e começa a rir, tendo certeza que não vai conseguir se controlar, não se vir Carolina Santana mais uma vez.

Quando a noite se torna eternaOnde histórias criam vida. Descubra agora