𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬- 𝘓𝘰𝘶𝘪𝘴 𝘗𝘢𝘳𝘵𝘳𝘪𝘥𝘨𝘦

World cup (part 2)

Onde S/n vai trocar figurinhas do álbum da copa com os amigos de Louis.

Retornei para a mesa da família com meu prato montado. Assumo que aquele menino mexeu comigo, mas não passou de um flerte bobo. Acho que ele estava brincando, eu que sou muito emocionada. Pior que tenho a leve impressão de conhecê-lo de algum lugar, apesar de não conseguir lembrar de onde.

— Quem era aquele inglês gato que você tava conversando no buffet?— Betina perguntou maliciosa assim que me sentei na mesa para comer.

— Sei lá.— Falei praticamente ignorando sua pergunta, dando a primeira mordida na coxinha.— Não conheço.— Afirmei fingindo desinteresse. Minha concentração se focava em não olhar para frente, pois senti um certo olhar sobre mim, um olhar que nem preciso verificar para saber de quem é o dono.

— Então por que estavam conversando?— Questionou sem compreender a situação.

— Ele me viu pegando coxinha e disse que gosta também.— Encurtei a narração da conversa ao falar apenas o que a originou.

— Calma aí, vocês estavam aquele tempo inteiro falando sobre... Coxinha?— Indagou rindo após citar a comida.— Ótima forma de iniciar um romance clichê.— Ironizou contendendo o próprio riso.

— Não é nada disso, ok?— Contrariei sua suposição romântica.— Ele só começou a falar sobre ter ido pro Brasil e tals.— Expliquei impaciente enquanto me concentrava na comida.

— Sabe pelo menos qual é o nome dele?— Perguntou interessada e respondi mexendo a cabeça negativamente.— Que deplorável, S/n. Como você conversa com um homem daqueles e nem sequer pergunta o nome?— Disse de maneira julgadora.

— Ele não perguntou o meu, ué.— Me justifiquei dando de ombros. Betina o observava descaradamente.

— Nossa, que príncipe.— Constatou como se estivesse hipnotizada. Acabei sendo influenciada pela sua fala e levei minha atenção até ele, fazendo nossos olhares se encontrarem antes de eu desviar novamente por vergonha.— E pra melhorar ele está olhando pra cá.— Avisou persistindo em encará-lo.

— Uhum.— Murmurei persistindo na atuação de indiferença.

— É impressão minha ou eu o conheço de algum lugar?— Perguntou mais para si atenta.

— Deve ser impressão sua.— Opinei simples, mesmo que eu tivesse tido a mesma impressão.

— Um pedaço de mau caminho.— O elogiou pela milésima vez.— Você se importa se eu voltar pro buffet pra ver se ele vai lá puxar assunto comigo também?— Perguntou precavida, apesar de continuar usando um tom de malícia.

— Ãn?— Emiti confusa.— Por que eu me importaria?— Questionei sem compreender sua pergunta.

— Não sei.— Falou com desconfiança.— Vai que você se apaixonou por ele e já está imaginando o resto da vida de vocês dois juntos.— Zombou prendendo uma gargalhada.

— Eu não sou dessas, Betina.— Retruquei me sentindo ofendida. Ainda bem que estamos na ponta da mesa e o restante da família não está escutando a conversa.

— Sei lá, né?— Falou suspirando aparentemente aliviada.— Qualquer uma ficaria encantada por um menino daquele.— Garantiu de modo humorístico.

— Eu não sou qualquer uma.— Afirmei convencida. Mentira, sou sim. Menino lindo da desgraça.

— Tá bom, então.— Debochou fazendo uma pose de nojo.— Me deseje sorte.— Disse levantando da mesa ágil.— Se ele não for espero que algum daqueles amigos galegos dele vá.— Contou seu plano B, a mesa do britânico estava repleta de garotos loiros.— Quem não tem cão caça com gato.— Concluiu saindo depois de dar um sorriso maléfico.