The famous (part 2)

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Onde S/n precisa fazer um favor pelo seu irmão, e Louis é o motivo que criou essa situação.

Interagir com meninas da minha idade sempre foi difícil pra mim, porém essas meninas em específico estão conseguindo ultrapassar todos os limites. Desde que voltamos das fotos está sendo impossível manter um diálogo saudável entre nós.

Elas começaram a me tratar com desdém do nada. Além de estarem me excluindo na cara dura.
Que ingratas, né? Eu fiquei uma hora esperando na bosta daquela recepção e tirei todas as fotos que elas pediram, ainda assim não recebi um mísero agradecimento.

Agora eu estava presenciando a cena das quatro babando a filha do dono da pousada. O nome dela é Sophia, ela disse alguma coisa sobre o Louis ir pra casa dela hoje. Ou seja, forçar amizade com a menina era o caminho mais fácil de respirar o mesmo ar que ele novamente.

Cansei de ficar sendo mal olhada ou simplesmente ignorada. E principalmente, cansei desse bando de insuportáveis.

Levantei da poltrona e fui me retirando do local sem ao menos me despedir. Se bem que elas não pareceram ter se importado. Na verdade nem devem ter percebido, já que estavam ocupadas demais com o desafio de persuadir Sophia.

Andei pelos corredores da pousada até chegar no meu meio quarto. Digo isso porque tenho que dividir com meu irmãozinho querido. Graças à sua ditadura de irmão mais velho eu fiquei com a cama menor de solteiro, e ele com a espaçosa cama de casal.

Usei a chave para abrir a porta. Entrei apressada e tranquei de novo por dentro.
Ufa, finalmente paz.

Não sou besta e fui direto colocar um blusão confortável do meu irmão. Espero que ele não sinta falta dessa roupa, até porque eu provavelmente não vou devolver. Minha especialidade é roubar peças largas.

Coloquei a veste rapidamente e me joguei da cama em seguida. Minha ideia inicial era dormir, entretanto meus pensamentos mudaram ao ver o livro "Príncipe Cruel" na estante do cômodo.
Eu havia esquecido completamente que tinha comprado esse livro no aeroporto.
Partiu ler fantasia de fadas nada fofinhas.

(...)

Li cerca de quarenta páginas até agora. Estou gostando bastante do livro, mas não posso dizer o mesmo do Valerian. Que filho da puta desgraçado! O Cardan também não passa muito longe disso.

Minha leitura foi interrompida quando a porta do quarto foi aberta sem aviso. Só podia ser meu irmão, ele é o único que tem outra chave. Me virei para confirmar e dei de cara não só com meu irmão, mas também com a trupe de gringos, incluindo o Louis sei lá o que.

— Tá doido de abrir a porta assim sem avisar? Eu podia estar pelada!— Reclamei encarando meu irmão com fúria. Quem já se viu trazer um time de futebol pra dentro do quarto?

— Podia, mas não está.— Disse dando de ombros ao me ver vestida.

— Espera aí, essa camisa é minha?— Perguntou prestando atenção nos detalhes da roupa. Os gringos nos encaravam tipo "O que esses doidos estão falando?". A gente só ignorava, eles não iam entender nada de qualquer maneira.

— E se for?— Falei voltando a ler.

— Sua pestinha, eu... Quer saber? Fodasse, tenho que te falar um negócio importante.— Comunicou trocando o foco da conversa. Fechei o livro e o fitei de braços cruzados.

— O que? Qual foi a merda dessa vez?— Perguntei fazendo cara de desgosto.

— É que o dono da pousada chamou a gente pra almoçar na casa dele por causa do Louis.— Revelou se aproximando de mim. Louis pareceu dar o dobro de atenção a conversa após perceber que seu nome foi citado.

𝐈𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐞𝐬- 𝘓𝘰𝘶𝘪𝘴 𝘗𝘢𝘳𝘵𝘳𝘪𝘥𝘨𝘦 Onde histórias criam vida. Descubra agora