João e Melanie

capítulo 6

Antes de voltar pra faculdade, dormi outra noite com Tiago e Fernanda. Eles eram incríveis, uma sintonia perfeita entre os dois, se algum dia eu me casar quero que seja como eles.

Voltar pro campus era sempre estranho, como estar em casa e não estar ao mesmo tempo.

A primeira pessoa que vi foi Camila. Ela veio toda sorridente falar comigo.

- Oi!

- Oi Camis, como você está? - eu a puxei para um abraço sincero.

- Eu tô bem, mas estava com saudades. - ela buscou minha boca e eu a beijei sem muito entusiasmo.

- É eu também, faz o que? Quase três semanas que não nos vemos?

- Acho que sim, quer ir dormir comigo hoje?

Eu tinha que tomar cuidado com ela, depois da última vez que ela achou que era minha namorada eu estava evitando vê-la.

- Eu não sei se vou poder, acabei de voltar da casa dos meus pais, tenho muita tarefa para fazer e matéria para estudar. - era mentira, eu nunca acumulava nada.

- Olha com carinho e me fala. - ela me deu outro beijo e saiu.

Ao me virar dei de cara com uma linda loira me olhando. Um sorriso encantador destinado a mim.

- Hum, oi sumido. - ela disse.

- Oi Mel. - dei dois beijinhos em suas bochechas, me demorando um pouco mais do que o necessário.

- Sua, namorada? Não vai gostar dessa intimidade comigo.

- Ela não é minha namorada, mas realmente não vai gostar. - em seu ouvido disse - imagina se ela souber tudo que já fizemos.

Ver aquelas bochechas coradas era tudo pra mim. Ela sorriu.

- É imagina. Ainda estou com seu vibrador, tenho que te devolver.

- Hum, podemos marcar um dia para fazer isso. Talvez ele possa vir dentro de você.

- Seria interessante.

Legal, ela não havia me descartado e eu estava doido para ficar com ela de novo, queria mais ainda ver ela toda nua e poder brincar com o corpo dela inteiro só pra ver ela gemer de prazer.

- Você é incrível Mel, Melissa? - senti curiosidade em saber seu nome completo.

- Não, Melanie. - ela riu mais ainda.

- Eu adoro seu sorriso. - fui cinsero.

E adorava mesmo, ver ela sorrindo aquecia meu peito de uma forma que eu nunca havia sentido.

- Hum, - ela se sentou em um banco - como foi sua semana, brincou muito?

Ela estava querendo falar sobre sexo?

- Er, brinquei? Como assim? - me fiz de bobo.

- Sexo. - ela foi certeira.

- Ah, sim, tenho um casal de amigos que sempre que vou pra casa eu brinco com eles. - essa garota merecia toda a verdade de mim.

- Nossa, eles são casados mesmo? - ela parecia surpresa.

- Sim, a quase 10 anos.

- E ainda assim ficam com você?

- É.

- E como funciona? - ela era curiosa.

- Eu durmo no quarto de hóspedes, tranzo com a mulher dele, mas ele sempre está perto, e eu não posso beijar na boca dela, nem dele. - eu contei tudo a ela.

- Nossa, parece ser interessante, mas porque o beijo é proibido? - ela me olhava fixamente, seu rosto totalmente rosado.

- Tem um lance, da boca ser um lugar especial, beijos conectam as pessoas muito mais que sexo.

- Entendo, realmente, alguns beijos são melhores que outros.

- Sim, se eu me casar um dia quero ser como eles.

- Você não sentiria ciúmes da sua mulher? - ela perguntou.

- Por querer dar pra outros? - ela afirmou com a cabeça - acho que não. O sexo é um jogo e eu procuro uma jogadora pra jogar comigo.

- Eu gosto de jogar.

- Eu percebi, aquele dia, você de cachorrinha, foi de mais, o que me deixou puto foi você ter acabado de me beijar e logo beijar outro.

- Mas nos não temos exclusividade um com o outro. - ela olhou ao redor.

- Não, mas mesmo assim, fiquei nervoso. - falei.

- Eu não sabia, desculpe. - ela voltou a olhar pra mim.

- Sem problemas. Mas você seria uma bela dupla pra jogar. Além de ser uma baita gostosa.

- Obrigada, eu vou ir andando, mas espero jogar com você mais vezes, e quando estivermos juntos minha boca será só sua.

- Isso é uma promessa?

- Se você puder prometer o mesmo, sim. - ela disse se levantado.

- Ah Melanie, eu seria capaz de prometer o mundo só pra jogar com você de novo. - disse me levantando também.

- Só sua boca tá de bom tamanho. - ela me deu um beijo na bochecha e saiu andando.

Eu fiquei igual um pato, de pau duro envolto de várias pessoas. Será que eu havia encontrado a pessoa certa pra mim, a minha dupla no jogo?

Besteira, discipei esse pensamentos ingênuo antes de ele criar raízes, voltei ao quarto, Alex estava lá, ficamos conversar fiado e jogando videogame até tarde.

Na quinta feira ele me falou que iria dormir na casa de uma garota que ele estava ficando. Iria no sábado para voltar no domingo.

Eu adorava quando ele saia no fim de semana, o que era bem raro de acontecer e quando acontecia eu fazia disso um evento, sempre convidava uma ou mais garotas para dormir comigo.

Mas dessa vez apenas um nome passava na minha cabeça: Melanie.

Peguei o telefone e mandei uma mensagem para ela, que não demorou muito para responder. Negando meu convite.

Mas não me dei por vencido, fui ao restaurante para encontrá-la.

- Oi Mel.  - ela se assustou com minha presença.

- Oi João, tudo bem? - eu nem tinha falado nada ainda e ela já estava com o rosto rosado.

- Você não aceitou meu convite, vem dormir comigo sábado. Por favor.

- Eu não posso. - ela disse fria, a cor sumindo de sua face.

- Me dê um motivo.

- Não preciso, eu só não vou. - ela estava fria.

- Mel, Melzinha, por favor, eu estou te implorando, se quiser pode chamar mais alguém, essa oportunidade é quase uma em um milhão, o Alex quase nunca dorme fora, e eu não quero mais ninguém lá, só você.

- Posso chamar alguém então? - os olhos dela se iluminaram.

- Apesar de querer ter você só pra mim eu jamais te impediria de ter o que você quisesse.

- Eu vou olhar uma coisa e já te aviso se vou poder. - ela disse e saiu de perto de mim, entrando por uma porta de funcionários.

Sem ter mais o que fazer, voltei pro quarto.

A noite, quando todas as aulas já haviam acabado, eu recebi uma mensagem dela dizendo que viria e sozinha.

Mau posso esperar par chegar sábado logo, tenho planos inesquecíveis para aquela gostosa.

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