capítulo 22

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Por causa dos enjoos da gravidez, Mel teve que ficar alguns dias de atestado, sob orientação médica, tomando alguns medicamentos para ajudar nesse primeiro trimestre.

Quando ela voltou as aulas e ao trabalho no restaurante decidimos demonstrar para todos que estávamos juntos novamente.

Então não nos escondiamos mais, andando de mãos dadas, passando tempo juntos em público, nos beijando na frente de todos e ela voltou  a frequentar meu quarto, a pesar que sempre qui ia pra lá acabava dormindo profundamente em minha cama, eu e Alex ficávamos bem quietinhos até ela acordar.

Um dia estávamos andando pelo campus, conversando e rindo, quando Camila veio até nós.

- Você não tem vergonha de ousar ficar com ele de novo? - falou com a boca espumando para Mel.

- Ei, ei, você tá doida? - coloquei Mel um pouco atrás de mim a protegendo.

- Ela não merece estar com você João. - camila quase gritava, o rosto vermelho de raiva.

- E o que te faz pensar isso? - falei no mesmo tom.

- Ela é uma piranha, eu posso provar pra você, ela não merece ficar com você!

- Tá, então quem merece, você? - dei uma risada sinica - E o que você quer dizer com provas?

- Olha isso. - me mostrou a tela de seu próprio telefone.

Nela dava pra ver uma garota vestida de cachorrinha, cavalgando no índio enquanto um bombeiro metis por trás dela. Eu conhecia essa cena, eu vivi essa cena, ela que me levou a estar aqui hoje.

- E o que isso tem a ver com a minha namorada? - falei sério, senti Mel apertar meu braço.

- É a sua biscate aqui, vestida como a cachorra que ela é. - Camila fervia.

Eu também fervia de raiva, mas não ia deixar isso transparecer, eu precisava tomar o controle da situação.

- Eu não vejo a Melanie nesse vídeo, pode ser qualquer pessoa aí, quais provas você tem que é ela?

- Eu que filmei isso João. - ela guardou o telefone no bolso.

- Bom, e qual motivo você teria? Estava espionando? - perguntei.

- Não! Eu... - ela estava mais vermelha, a raiva misturada com vergonha.

- E que coisa mais ridícula, você enquanto mulher ameaçar outra mulher dizendo que ia expor um vídeo íntimo dela. - falei em um tom calmo, que deixou ela desconcertada.

- Eu não queria... eu tava procurando o banheiro... eu...

- Eu não quero ouvir essas suas desculpas esfarrapadas. Faz um favor a si própria e exclui esse vídeo, e para de encher o saco da minha namorada.

- Desculpa Mel, eu.... - ela agora chorava- eu te amo João, eu quero passar a minha vida com você.

- Que pena, pra você. E eu tenho uma novidade que você vai amar espalhar pra todos da faculdade.

Os olhos dela brilharam, ansiosa com a notícia.

- Novidade? - perguntou com a viz trêmula.

- Sim, eu vou ser pai, essa mulher incrível que você estava tentando acabar com a vida dela, está carregando um bebê meu, e eu sou o cara mais feliz do mundo por isso. - falei, mas não olhava para Camila mais, eu olhava dentro dos olhos da minha loirinha.

Mel tinha ficado calada o tempo todo, eu sabia o quanto aquilo afetava ela, por isso fiz o que fiz. Também ela não tinha nenhum problema real com Camila, essa barra era minha, agora já estava tudo resolvido.

Puxei Mel para um beijo apaixonado, tirando o foco da infeliz que estava nos atormentando, tanto que nem percebemos quando ela saiu de perto de nós.

- Obrigada por isso. - ela falou baixinho.

- Meu amor, ninguém mexe com a minha família. E esse problema era meu, eu tinha obrigação de resolver.

- Mesmo assim, mas uma coisa, nós dois sabíamos que eu estava naquele vídeo, assim como você,  que história foi aquela de não dava pra saber que era eu?

- Não dava mesmo. Com as fantasias poderia ser qualquer pessoa.

- Eu nem tinha pensado nisso.

Caminhamos de mãos dadas até chegar em meu quarto, encontramos Alex na porta indo a biblioteca estudar.

Com minha loirinha deitada na cama, toda suculenta ao meu prazer, a beijei com fervor.

Depois desci até seu ventre, mas barriguinha já despontava e falei com o pequeno feto ali dentro.

- Oi bebê, é o papai aqui, você sabe que eu amo sua mamãe mais que tudo e eu prometo não deixar ninguém mexer com ela nunca mais e muito menos com você, vou sempre proteger vocês. Agora o papai vai amar a mamãe com um pouco mais de intensidade.

Nos livramos de nossas roupas e fizemos amor, tranquilo, demorado, atingindo o ápice juntos.

Ficamos deitados nus na cama, e eu adorava ficar assim com ela, não via a hora das aulas acabarem para poder passar noites e dias assim lá na nossa casinha.

- Você pensou em alguma coisa pra nossa casa? - perguntei a ela.

- Na verdade, pensei apenas no quarto do bebê. Não quero nada rosa ou azul, pensei em faze o enxoval amarelinho e o quarto branco, o que você acha?

- Eu adorei meu amor, o bom que assim já podemos quardar as coisas para o próximo.

Ela deu um tapa em meu braço e eu ria tranquilo.

- Para, nós temos que dar conta desse bebê primeiro, depois pensamos em outro.

- Eu sei, eu sei, mas quando vamos saber se teremos um menino ou uma menina?

- Na próxima ultrassom já vamos descobrir.

- E qual nome vamos colocar? - perguntei.

- Bom sua mãe sugeriu Emanuele ou Emanuel, mas eu acho grande de mais,  gosto de nomes pequenos e com personalidade, tipo Eva ou Gael.

Minha mãe estava louca com o bebê, eu não imaginei que ela ficaria tão feliz em ser avó, mas ela estava, meu pai também estava bem contente com a novo membro da família.

- Eu gosto de Eva. Acho muito bonito, mas meu filho não vai chamar Gael, esse nome é meio estranho.

- Então qual nome você sugere? Se for menino? - ela olhava pra mim.

- Sei lá, João? - falei e ela deu outro tapinha em meu ombro, rindo.

Eu estava louco por essa mulher, louco pelo filho que ela carregava, louco para viver pra sempre com ela.

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João e MelanieOnde histórias criam vida. Descubra agora