𝟙𝟞

427 44 62
                                    


a e s t h e t i c

a e s t h e t i c

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



M E L


m i n u t o s     a n t e s

Melissa bateu a porta da cozinha, foi embora marchando enquanto lágrimas furiosas rolavam por seu rosto.

— O que ele pensa que eu sou? Um saco de pancadas? — Esbravejou ela atravessando o quintal da casa dele, chorando com raiva e remoendo em sua mente as palavras de Lucca.

Ela seguiu para os fundos da casa dele onde havia a passagem que descobriu no outro dia e que dava para a trilha que levava direto para sua casa.

Eu sou um monstro!

Melissa parou ao ouvir a voz amarga e triste dele em sua cabeça.

Ela tremia de raiva.

Eu sou um monstro!

Ela cobriu o rosto com as mãos e soluçou, mas logo limpou os olhos.

...ainda estou na beira do abismo.

Melissa se lembrou de que Lucca era uma pessoa tão quebrada quanto ela. Talvez muito mais.

Sem pensar muito ela fez o caminho de volta na mesma velocidade em que havia saído de lá.

Abriu a porta da cozinha e deu de cara com Lucca prestes a sair. Pela cara dele estava certa de que ele estava indo atrás dela.

Lucca estava surpreso por vê-la voltar, mas além da surpresa ela viu medo em seus olhos. Era como se tivesse voltado a ser ele mesmo depois de agir feito um maluco. A versão de alguns minutos, a versão que parecia ser capaz de machucá-la, não estava mais lá.

Melissa percebeu que ele recuou pra que ela não ficasse com medo, ela ainda estava com raiva, mas seu coração se partiu com a maneira desesperada com que ele olhava para ela.

— Você não é um monstro. — A voz dela estava trêmula e ele notou os olhos dela vermelhos e úmidos. — Quantas vezes vou ter que repetir isso? Você não é um monstro.

Melissa soltou a mochila no chão, andou furiosa até Lucca... e o abraçou.

Ele soltou o ar dos pulmões completamente surpreso.

Um abraço era a última coisa que esperava depois de tratá-la daquele jeito.

Lucca ficou sem saber o que fazer com as mãos por um segundo quando a sentiu contra seu peito. Não entendia porque Melissa estava sendo tão boa quando ele a tratou como lixo há poucos minutos.

P O S I T A N OOnde histórias criam vida. Descubra agora