Sophia

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Que ótimo, já comecei o meu dia levando bronca e justamente da pessoa que eu mais desejo. Nesse momento estou sentada no sofá da sala dele anotando algumas coisas em uma caderneta que ele me deu, pelo visto vou ter ficar marcando reuniões, receber e repassar ligações e todas essas coisas que uma secretária faz.

Eu: Tenho uma pergunta — Ele para de falar e presta atenção em mim — Qual vai ser o meu horário de trabalho?, tenho que ficar até que horas?.

Hugo: Quero você aqui às oito e meia da manhã e será liberada às cinco horas da tarde — Diz simples.

Eu: Como é?, mas isso é trabalho escravo — Ele franze o cenho — Não posso ficar o dia inteiro sentada naquela cadeira, tenho uma equipe para treinar!.

Hugo: Você gosta mesmo de animar a galera, não é?.

Eu: Eu não gosto, eu amo, isso é a minha vida. É a minha vocação. Não podem me prender aqui o dia inteiro — Protesto — Hugo, por favor!.

Hugo: Até às duas horas está bom? — Digo que sim — Okay, está dispensada, hoje foi apenas um treinamento. Não se atrase, por favor!.

Eu: Está tão desesperado para me ver assim, é? — Brinco com ele — Eu sei que no fundo você ficaria comigo, não precisa negar!.

Hugo: Por que está tão interessada em mim?, eu sou mais velho que você e sou tão sem graça!.

Eu: Você é tudo, menos sem graça — Pisco para ele.

Hugo: Pode pegar quem você quiser, sabia?, de preferência se for da sua idade!.

Eu: Se eu pudesse mesmo pegar quem eu quero, eu já teria te pegado a muito tempo. Esses meninos que se rastejam aos meus pés, não valem a pena — Me levanto do sofá, vou para perto da mesa dele e me inclino para frente com as mãos apoiadas na mesa — Eu gosto de desafios, Hugo. Pode correr de mim o quanto você quiser, sei que no final você não vai resistir!.

Hugo: Como pode ter tanta certeza? — Ele se inclina na minha direção também.

Eu: Eu confio no meu potencial e eu sempre consigo o que quero, e o que eu quero é você — Passo a minha unha de leve no braço dele.

Hugo: Você é ousada, mas a sua ousadia não vai funcionar comigo — Ele pisca para mim.

Eu: Não duvide de mim, Hugo — Aproximo o meu rosto do dele — Te garanto que a Sophia não faz um terço do que eu faria com você — Sussurro contra a boca dele e sem ele esperar, roubo um selinho.

Xx: Hugo — Sophia entra na sala e ele se afasta de mim um pouco atordoado — Está tudo bem aqui? — Ela entra na sala um pouco desconfiada e eu me viro de frente para ela.

Eu: Oi priminha, que saudade — Digo com um sorrisinho falso — Como você está bonita, fez harmonização facial?.

Sophia: Ah sim, eu fui no cirurgião que você me indicou e ele me disse que você foi a pior cliente dele, e me contou que a sua cirurgia deu errado — Ela me dá dois beijinhos no rosto.

Eu: Ah que nada, ele apenas disse isso para não te chatear, já que claramente no seu caso cirurgia nenhuma ajuda — Ela fecha a cara.

Hugo: Jardim de infância baixou aqui? — Pergunta olhando diretamente para mim — Amor, está tudo bem? — Amor?, é piada.

Sophia: Está sim, meu amor, mas eu senti saudades e vim te ver — Ela vai até ele e enche o rosto perfeito dele com beijos nojentos.

Enquanto falava de um jeito mais meloso possível, Sophia toda hora olhava na minha direção para ver se eu estava vendo aquela ceninha ridícula deles. Por dentro o meu sangue estava fervendo de raiva, tenho certeza que se essa desgraçada não tivesse chegado, eu teria beijado o Hugo.

Minhas mãos estavam prontas para dar uma surra na Sophia, mas não vale a minha dignidade, sei que ela não chega nem aos meus pés e não vai ser tão difícil fazer bagunça nesse relacionamento, já que eu sou o vento que balança essa merda toda.

Eu estava me preparando para ir embora, pois já estava cansada daquela palhaçada toda, ver eles dois juntos estava embrulhando o meu estômago. Mas quando abri a porta para poder sair, o meu pai passa por ela e me faz voltar.

Márcio: Sophia, o que faz aqui? — Ela sorrir e vai abraçar ele — Tudo bem, meu amor? — Ele beija a cabeça dela e ver aquilo me deu um ódio tão grande.

Sophia: Tudo sim, tio. Eu vim ver o meu namorado — Vejo o meu pai olhar para o Hugo com um olhar de ameaça.

Márcio: Ainda não consigo acreditar nesse namoro. Escute bem, amigo, faça a minha princesa sofrer e eu acabo com você — Diz e depois rir, o Hugo apenas assente — Amo você, minha sobrinha querida — Eu apenas encarava aquela cena tentando o máximo possível não deixar as minhas emoções me afetar.

Hugo: Veio falar comigo, López? — Hugo muda de assunto e percebo que ele me olhava, então eu abaixo a minha cabeça e seco a lágrima que escorreu.

Márcio: Com vocês dois. Quero saber como ela se saiu hoje, pode me dizer a merda que ela fez!.

Eu: Você espera tão pouco de mim!.

Márcio: Quem espera pela decepção nunca se decepciona, é o básico que você deveria saber — Noto o desprezo no tom de voz dele.

Hugo: Ela se saiu bem. Ela chegou no horário marcado, não fez corpo mole, anotou tudo o que eu pedi, fez tudo certinho — Acabo franzindo o cenho na direção dele — Merece até os parabéns!.

Márcio: Pelo visto existe milagres mesmo!.

Sophia: Mas precisa vir como se estivesse indo para uma balada, prima?, uma secretária tem que ser discreta — Olho para ela erguendo a sobrancelha.

Hugo: Uma secretária tem que ser como ela quiser ser, a roupa da Carla está boa, e aliás, eu pedi para ela vir assim. Queria que ela se sentisse à vontade para enfrentar uma área que não é dela!.

Márcio: Tudo bem, mas amanhã eu quero te ver discreta, isso aqui não é uma boate. Hugo, temos reunião — Hugo assente — Sophia, pode assistir a reunião se quiser e Carla, vá para casa e não saía de lá!.

Eu: Eu não vou para casa, eu tenho uma equipe me esperando — Protesto.

Márcio: Eles vão continuar esperando, vá para casa — Digo que não — Carla López!.

Eu: Carla López é uma ova, você faz o seu trabalho e eu faço o meu. Assim como você, também sou uma líder, preciso estar presente!.

Márcio: Eu não quero saber, eu quero que você me obedeça ou caso o contrário, você não sai daquela casa nunca mais — Ele sai sendo acompanhado pela Sophia.

Hugo: Vá para casa, é melhor — Beija a minha testa como sempre fez e depois sai me deixando sozinha.

Eu: Que porra de família que eu fui arrumar, e que caralho de homem que eu fui desejar, que ódio — Bato a porta e vou para a minha casa.

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Nome: Sophia López
Irmã mais velha da Maiara

Nome: Sophia López Irmã mais velha da Maiara

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