O Fruto Proibido

Situação Complicada

Cheguei na minha casa puta da vida, esse negócio de ficar presa em casa não é comigo, meu pai parece que esquece que eu também tenho uma vida e que tenho um trabalho que é importante tanto quanto o dele. Mas se ele pensa que vou ficar tomando ordens e não vou reagir, ele está muito enganado.

Peguei o meu celular e mandei uma mensagem no grupo da minha equipe avisando que o ensaio de hoje será na minha casa, avisei que queria eles na minha frente em uma hora e que queria todos com os uniformes de ensaios em impecável estado. Fui para o meu quarto me jogar uma água e depois vesti o meu uniforme, e como de costume, publiquei uma foto para os meus seguidores que nunca me abandonam.

Quando a minha galera chegou, fomos para o jardim que tem aqui, o espaço é grande e dá perfeitamente para fazer várias acrobacias.

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Xx: Não entendi o porquê do ensaio ser aqui na sua casa, você quase nunca nos trás aqui!.

Eu: Meu pai me pediu para fazer o ensaio aqui, diz ele que tenho que inovar e que vocês precisam de um treino diferente — Vejo Luísa me olhar erguendo a sobrancelha — Mais alguma pergunta?.

Luísa: A mamãe gostosa tá em casa? — Reviro os olhos para ela.

Eu: Outra pergunta — Ninguém diz nada — Se ninguém vai falar nada, eu vou começar. Primeiramente quero parabenizar a todos vocês pela apresentação e pelo prêmio, mais uma vez vocês foram incríveis — Eles ficam eufóricos — PORÉM — Digo alto fazendo eles ficarem em silêncio — O incrível não chega nem perto da perfeição, e sinceramente, ser incrível não é o que eu quero. Eu vi gente aqui fazendo merda, vi gente mudando a minha coreografia. Okay vocês arrasaram, mas me desobedeceram e fizeram coisas totalmente aleatórias!.

Xx: Não acho que seja para tanto, ganhamos e é só isso que importa!.

Eu: É assim que você pensa?, está me achando com cara de quê?, de palhaça? — Cruzo os braços — Fico treinando até altas horas igual uma vagabunda para montar umas coreografias impecáveis para vocês, para chegar na hora vocês fazer o que tem vontade?, o meu esforço ficou na casa do caralho, não é?, pode parecer que eu seja apenas uma capitã fútil, mas eu dou duro para treinar vocês e fazer de vocês campeões!.

Xx: Pra você nada tá bom, não é?, caramba, a gente venceu, tem como você comemorar e ficar feliz por pelo menos um minuto?.

Eu: Não Jaqueline, não tem. Vencer para mim já é normal, olha só quantos prêmios temos. Eu não vou bater palminhas, se é isso que esperam. Eu sou a capitã, é o meu trabalho repreender quando vejo coisa errada — Eles ficam em silêncio — Sei que muitos aqui não gosta de mim, mas não vou me importar em dizer que eu não posso fazer nada, se quiserem continuar sendo campeões vão ter que me aturar — Passo por eles indo para frente deles e estalo os dedos no ar — Em forma agora!.

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O treino estava correndo de forma tranquila, hoje eu queria testar com eles uma manobra diferente que se chama "Montanha Russa", ela já foi vista no filme "As apimentadas: Entrar para ganhar" e aparentemente ela é complicada, mas com prática a gente consegue.

Eu: Luísa vai fazer a montanha russa comigo. Serão quatro segurando ela e quatro me segurando, tenham cuidado na hora que forem jogar nós duas para cima. Joguem para o lado oposto porquê vamos trocar de lugar!.

Xx: Acho que vocês vão ter que fazer isso outro dia, chega de treino por hoje — Olho para trás e vejo o Hugo de braços cruzados e me encarando com cara de poucos amigos.

Luísa: Maninho — Ela manda dedo para ele — Que estraga prazeres!.

Hugo: Esvazie esse lugar — Ele diz sério e eu viro as costas ignorando ele, quando penso que não, sinto um arrepio no meu pescoço ao ouvir ele dizer firme — Agora!.

Eu: Estão dispensados, deem o fora da minha casa!.

Hugo: Boa menina — Ele sussurra e se afasta de mim — Você também, Luísa, dê o fora daqui!.

Luísa: Só vou porquê sei que foi o todo poderoso que te mandou aqui, seu bobão — Ela acerta um tapinha nele, me beija no rosto e depois vai embora junto com os outros.

Eu: Aceitou mesmo o emprego de babá, hein?, você não sai do meu pé — Tiro o meu short ficando apenas de calcinha e top.

Hugo: Qual é o seu problema com roupas?, veste isso, Carla — Ele tenta me entregar o meu short mas eu me esquivo e vou para área da piscina sendo seguida por ele — Carla López!.

Eu: Eu estou na minha casa, o intruso aqui é você — Ligo o chuveirão para tirar o suor do meu corpo — E não sei o porquê de você estar nervoso, já me viu de calcinha antes!.

Hugo: Seu pai vai me matar — Olho para ele e o vejo me encarar de forma intensa.

Eu: Você precisa relaxar, está tenso demais. Qual o problema?, por que meu pai te mataria?.

Hugo: Porque tem certas coisas que não podemos evitar — Ele caminha até mim.

Eu: Coisas do tipo o quê? — Uso o meu tom de voz rouco e me aproximo também, logo em seguida aproximo a minha boca do ouvido dele — Diz pra mim!.

Hugo: Não consigo evitar de te agarrar a força pelo braço e te levar para dentro de casa, Carla — Ele sai me puxando pelo braço e eu reclamo — Seus pais não vem para casa hoje, e me pediram para vigiar você, mais uma vez rompi com os meus compromissos por causa de você. Tive que deixar a minha filha com a mãe dela porque estou recebendo hora extra por isso, então por favor, faça o que eu mandar!.

Eu: Ai seu ogro, você está me machucando — Ele me ignora e continua me puxando — Hugo!.

Hugo: Vá tomar um banho e depois desça para tomar café da tarde — Cruzo os braços emburrada — Carla!.

Eu: Você está me tratando com tanta indiferença, você nunca me tratou assim, sempre foi amoroso comigo. O que mudou?.

Hugo: Você confundiu as coisas, Carla, você fica dando em cima de mim e me coloca em uma situação complicada!.

Eu: Por que complicada?.

Hugo: Você tem dezenove anos, é filha do meu amigo e chefe, você é um feto. É o fruto proibido — Dou dois passos na direção dele e ele anda para trás.

Eu: Qual é, Hugo?, quem disse que o meu pai precisa ficar sabendo. Só tem nós dois aqui, a empregada foi dispensada, vai ficar só entre nós — Encurralo ele e ele cai no sofá — Nem a inútil da Sophia precisa ficar sabendo — Me sento no colo dele com uma perna de cada lado.

Hugo: Carla, você está toda molhada em cima do sofá — Ele põe as mãos para trás em busca de não me tocar.

Eu: É?, você não imagina o quanto — Seguro o rosto dele — Olha pra mim, Mendonça. Toca em mim, eu sei que você quer!.

Hugo: Sai de cima de mim — Diz baixo.

Eu: Por que?, não tem nenhum pouquinho de vontade de me tocar — Mordo o queixo dele — Não sente tesão em mim? — Rebolo devagar em cima dele — Nem quando eu me mexo assim, não sente? — Noto a boca dele entreaberta — Queria você dentro de mim nesse exato momento — Sussurro — Queria suas mãos passeando pelo o meu corpo inteiro. Me toque, Hugo — Sinto ele enfiar a mão entre o meu cabelo e puxar levemente para trás, e depois aproximar a boca da minha.

Hugo: Se você não sair do meu colo agora, eu juro que ligo para o seu pai e te ferro todinha — Diz baixo entre os dentes — E eu estou falando muito sério!.

Eu: Você realmente não merece uma gostosa como eu, é triste saber que você se contenta com tão pouco — Saio de cima dele e subo para o meu quarto.