ENTRE O AMOR E O PRECONCEITO

CAPÍTULO 18

Meu pai reagiu da forma esperada por mim, afinal conversamos bastante sobre meus sonhos e seria até estranho se ele não aprovasse minha ideia. Lógico filho, vamos fazer a diferença na vida de jovens que assim como você tem sonhos que precisam ser concretizados, disse no momento em que expressei meu desejo. Estou com você para o que der e vier. Isabella empolgada também deixa claro seu apoio jurídico. E assim começou mais uma etapa em minha nova  vida, o lema era fazer valer a pena! Com as informações em pauta, Isabella se encarregou de contratar uma empresa para ficar responsável pela reforma e decoração, enquanto eu viajava para conhecer minha família e me atualizar sobre o assunto.  Chegou o dia e com tudo pronto, enfim se deu início a viagem que mudaria ainda mais minha vida. Foram meses maravilhosos, entre idas e vindas sempre em contato com Isa, com  o passar do tempo ficamos muito próximos, na verdade Isa embarcou de cabeça em meu projeto, aderindo como seu, ela é incrível em tudo que faz. Já aqui no convívio familiar, foi muito além de conhecer e estreitar os laços sanguíneos, fui recebido de braços abertos por todos exceto por uma pessoa. O mal entendido entre mim e essa pessoa em questão, ocorreu gerando um contratempo logo na chegada, quando passeava no jardim da mansão pela manhã apreciando a vista, que por sinal era linda. Avistei um automóvel entrando no portão principal, freando bruscamente ao meu lado, apreensivo me afastei no momento que saiu um homem bem vestido, parecia distinto apesar do nariz empinado.  Me medindo de cima embaixo,com um olhar esnobe enquanto me dava ordens, me confundindo com o motorista do meu pai. Logo tive o sentimento negativo caracterizado pela pretensão de sua superioridade sobre mim, achando que o mundo deve se curva aos teus pés. O problema não é ser confundido com um dos funcionários, não vejo vergonha em ser comparado a alguém que luta por sua família. O que me deixou intrigado foi imaginar que um ser humano arrotando arrogância, poderia ter algum grau de parentesco comigo, como não o conhecia cheguei a pensar, será Deus que na minha família também tem pessoas mesquinhas assim? Tendo em vista que não falava seu idioma, respondi: desculpe senhor, não entendi oque disse, você pode falar no meu idioma? Educadamente justifiquei que não falava em inglês e se ele poderia falar minha língua, olhou ironizando e disse, esses malditos imigrantes, não sei porque Henry insiste em ajudar esse povo, finalizou com desdenho. O'Que você está esperando para estacionar meu carro? Proferiu jogando as chaves em meu peito. Como não o conhecia e era recíproco, não questionei, só pensei, que cara estranho, Deus me livre de pessoas assim, peguei a chave levando seu carro para o estacionamento, em seguida voltei para casa. Ao entrar, dou de cara com ele na sala conversando todo cortês e educado com  meu pai. Pietro, esse é meu filho Endrik, nos apresentou me deixando atordoado com oque acabara de ouvir.
Endrik, esse é Pietro, noivo da Isa. Já nos conhecemos no jardim quando ele chegou pai, falei meio cabisbaixo devolvendo sua chave, pedi licença e saí para o quarto, ignorei ele, optando por não levar o ocorrido na chegada para o conhecimento do meu pai. Tendo em vista que pelo oque percebi não passava de um infeliz soberbo que tem uma visão distorcida de si mesmo, achando que é melhor que os outros por conta da sua estatura social. Saí da sala refletindo sobre o acontecido com o pensamento em Isabella, estava me sentindo estranho, acho que saber que a loirinha já tem dono me deixou meio chateado. Será que estou com ciúmes da Isa? Me questionei pensando no mesmo instante que apanhei o celular para ligar pra ela, tendo o azar de cair na caixa postal.