CAPÍTULO 30

0 0 0
                                    

ISABELLA

Enfim no jatinho, e após a decolagem, percebi que Endrick estava muito nervoso, segurei em sua mão estava gelada, dava para ver claramente que estava suando frio no instante que disse; não consigo me acostumar com essa ideia de viajar em um transporte que voa em grande altitude com a oficina localizada na terra, sinto que meu coração está disparado Isa. Neste momento não pensei duas vezes, o abracei tentando tranquilizá-lo, é perfeitamente normal sentir esse frio na barriga quando o avião decola, calma já já estaremos em terra firme falei. Ainda sim continuou apreensivo, tendo em vista que não era acostumado a fazer esses tipos de viagens antes, queria deixá-lo mais tranquilo, mas não dava até porque eu também estava com um sentimento estranho, e só para ajudar minutos após a decolagem, para seu azar um clima tenso pairava no ar, cheguei a pensar que era apenas por estar apavorado, mas infelizmente não era. De fato não estávamos só diante de uma pequena turbulência, não demorou muito o copiloto chegar com os olhos esbugalhados e uma fisionomia assustadora nada normal, nos trazendo uma notícia nenhum pouco agradável, vindo para avisar que a aeronave estava passando por uns probleminha de percurso e teríamos que fazer um pouso forçado. Nesse instante ao me deparar com seu desespero logo pensei, pronto, agora estamos ferrados nesse momento também comecei a tremer na base , meu mundo ficou meio cinza imaginando o pior, fechei os olhos e nos abraçamos enquanto o frio na barriga só aumentava. Sentindo seu corpo quente colado ao meu, percebi o quanto eu o amava quando lhe digo sem a mínima dúvida, eu amo você Endrick, ainda temos muito para viver nessa vida. Naquele instante passava um filme em minha mente, não era necessariamente medo da morte, percebia claramente que ficar sem ele já era a morte pra mim! Nunca senti o'que sinto por ele, quando estou ao seu lado tudo fica com um ar diferente, a vida é mais simples e descomplicada, até o vento sopra com cautela, me sinto completa feliz de verdade. Em seguida colocamos nosso cinto sentindo as manobras cada vez mais assustadoras, então começamos a rezar. Fomos surpreendidos pelo pouso emergencial da aeronave em uma pista clandestina próximo a uma cidadezinha dessas típicas vilas criadas por trabalhadores locais. Finalmente um pouso seguro sem maiores danos e eu respirei aliviada ao perceber que estávamos vivos e não muito longe de uma residência. Como não havia sinal de telefone no local, Batista, o piloto e o copiloto decidiram sair até a vila para tentar encontrar ajuda, enquanto Endrick e eu procurava por um local mais seguro. Chegando até a residência para nossa sorte, não está abandonada, pelo contrário os moradores estavam ali. Endrick chamou, totalmente apreensivo por sermos pessoas estranhas, eu estava trêmula de frio então comecei a bater palmas feito uma maluca, nesse meio tempo estávamos muito temerosos, pensando em desistir e voltar para o jato permanecendo lá até o dia amanhecer. Quando nós nos viramos para voltar, apareceu um amável casal, Sr Valentim e dona Vera, para nosso alívio nos receberam com os braços abertos como se fôssemos de casa.

ENTRE O AMOR E O PRECONCEITO Onde histórias criam vida. Descubra agora