Aquele sorriso era praticamente um convite a céu aberto, também sorrindo afirmei; há, mas com certeza a senhorita vai ficar molhada. Saiu correndo gritando feito criança com medo da água fria, mas não adiantava não podia me ganhar nas canelas, peguei ela aos gritos vencendo-a no cansaço, já em meus braços caímos na piscina sem tempo para tirar o roupão. Seu doido, exclamou sorrindo. Tê-la em meus braços estava com um sabor diferente, nossa pele transpirava desejo. Foi rápido e maravilhoso aquelas poucas horas ali junto a ela, pena que a hora voo, e nem vimos, só percebi por que meu pai chegou avisando que o jatinho já estava aposto só nos aguardando. Já era tarde, e tínhamos que sair, senão certamente passaria o dia todo até escurecer dentro daquela piscina com ela. Após estarmos prontos para viajar, meu pai com uma fisionomia misteriosa me desejou boa sorte dizendo deixa que cuido de tudo. Isabella e eu achamos estranho, afinal pensei que ele também ia com a gente. Não entendi pai, e como pretende me ajudar se não vai com a gente? Perguntei ele disfarçando. Ele não vai com a gente? Perguntou Isa. Vou sim! Só não vou agora, tenho uma pendência aqui para resolver de hoje para amanhã, então vou deixar para ir amanhã, não vejo problemas nisso! Deu uma breve esclarecida sem muitos detalhes. Não questionei, ele deve saber oque está fazendo. De uma coisa tenho certeza, Pietro vai pirar quando me ver chegando junto a Isa sem meu pai nos acompanhando, já até imagino seu nariz empinado olhando sua noiva ao meu lado. Já no jatinho, após o embarque, não consigo me acostumar com essa ideia de viajar em um transporte que voa em grande altitude com a oficina localizada na terra, meu coração disparado e suando frio, Isa me abraçou tentando me tranquilizar. É perfeitamente normal sentir esse frio na barriga quando o avião decola, calma já já estaremos em terra firme, falou Isa. Ainda sim continuo apreensivo, só para ajudar minutos após a decolagem, meu medo tem um ímã para o azar, observando um clima estranho, cheguei a pensar que era apenas por estar apavorado, mas infelizmente não era. De fato estamos passando por uma turbulência. Em seguida o copiloto chega para avisar que a aeronave estava passando por uns probleminha de percurso e teríamos que fazer um pouso forçado. Pronto, meu mundo caiu, fechei os olhos e disse para Isa: é o nosso fim, vamos morrer! Nos abraçamos enquanto o frio na barriga só aumentava, quando ouço sua voz suave te amo Endrick ainda temos muito para viver nessa vida! Em seguida colocamos nosso cinto sentindo as manobras cada vez mais assustadoras, então começamos a rezar. Fomos surpreendidos pelo pouso emergencial da aeronave em uma pista clandestina próximo a uma cidadezinha dessas típicas vilas criadas por trabalhadores locais. Finalmente um pouso seguro sem maiores danos e eu respirei aliviado ao perceber que estávamos vivos e não muito longe de uma residência. Como não havia sinal de telefone no local, Batista, o piloto e o copiloto decidiram sair até a vila para tentar encontrar ajuda, enquanto eu levava Isa para um local mais seguro. Chegando até a residência para nossa sorte, observo que aparentemente não está abandonada, pelo contrário os moradores estavam ali. Chamei apreensivo por sermos pessoas estranhas, Isa trêmula de frio bateu palmas, nesse meio tempo estávamos muito temerosos, pensando em desistir e voltar para o jatinho até o dia amanhecer. Quando nós viramos para voltar, apareceu um amável casal, Sr Valentim e dona Vera, para nosso alívio nos receberam com os braços abertos como se fôssemos de casa.
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ENTRE O AMOR E O PRECONCEITO
RomanceEndrick, ficou órfão ao nascer, indo parar em um orfanato, foi adotado três vezes. A primeira família, era um casal de bailarinos onde ele aprendeu amar o ballet, mas como já nasceu predestinado a sofrer, os perdeu em um acidente, deixando ele órfã...