ENTRE O AMOR E O PRECONCEITO

CAPÍTULO 32

ISABELLA

Após nos receber em sua casa, o amável casal nos acolheu com todo carinho. Dona Vera preparou algo para comermos, em seguida nos encaminhou até o quarto demonstrando total receptividade: meus filhos podem ficar à vontade, esse é o quarto que vocês vão pernoitar. Endrick olhou para mim, e resolveu explicar que não éramos casal, mas antes que abrisse a boca lhe dei uma breve cutucada, agradecendo-a pela hospedagem; muito obrigada dona Vera esse quarto está ótimo né amor? Sim, lógico muito obrigada, está perfeito! Reafirma Endrick.  A amável senhora se retirou do quarto nos deixando a sós. Estava morta de cansaço, olhei para ele falando, o’que o senhor pensou que estava fazendo quando ia questionar que não somos casados para dormir juntos? Meu amor, não estamos em condições de escolher nada hoje, já foi uma tremenda sorte encontrar esse abençoado casal que não nos deixou ao relento, vamos deixar as coisas como estão e amanhã a gente ver oque faz para sairmos daqui e seguir viagem. Enquanto falava, sem perceber fui tirando as roupas, ficando apenas de calcinha e sutiã para entrar no banho, quando me dei conta já havia feito. Ele, meio sem jeito, se virou de lado  tentando desviar seus olhos teimosos, esperou eu sair em seguida entrou também, ao término colocou uma bermuda e saiu deliciosamente com seu tórax exposto para eu perder o pouco juízo que tentava manter no lugar. Acho que por questões de respeito ele disse: pode dormir na cama que eu vou dormir aqui no tapete sem problemas. Não consegui me conter, sorrindo, brinquei; para de bobeira Endrick posso perfeitamente dividir a cama com você! Não havia necessidade de tanto pudor, até o momento não estávamos cometendo nenhum crime em dividir a cama para dormir, pelo menos a intenção era apenas dormir do meu ponto de vista... Tudo bem, já que você insiste. Respondeu tímido. Após o estresse dessas últimas horas, passando por esse susto, essa tensão horrível, não havia nada melhor que dormir sentindo o calor da sua pele. Não posso mentir que estou completamente louca para sentir seu corpo colado ao meu, afinal íamos dormir juntos pela primeira vez, eu definitivamente nunca senti isso, essa emoção como se fosse uma adolescente com mil borboletas no estômago. Sensacional no meio de um acidente que quase resultou em tragédia, ter a oportunidade de dormir com o grande amor da minha vida, e se tivesse que voltar ao passado não mudaria uma só vírgula, entraria naquele jatinho mil vezes se necessário, só pelo prazer de viver esse momento novamente. Deitou ao meu lado com o coração a mil por hora e perguntando: era sério? Sério o’que? Indaguei.  Era verdade que você disse no avião,  que me amava! Sim, Endrick eu te amo! Afirmei sem pensar em nada mais com meu corpo já totalmente colado ao dele. Nesse instante  começou mexer em meus cabelos, acariciando meu rosto, sentia Endrick me observando atentamente , seus olhos em meus olhos, dava pra sentir sua respiração quente, fui enlouquecendo a cada toque, meu corpo cedente de sentir suas mãos percorrendo cada centímetro, louca para ser todinha só sua. É mais forte que eu, no momento em que me beijou, houve uma reciprocidade  inacreditável, foi incrível sentir aquele arrepio em cada toque seu, o desejo transpirando em nossa pele, eu seria sua mulher, e ele meu homem. Será um sonho? Se for um sonho nunca mais quero acordar. Ele dizia baixinho com nossas bocas unidas em uma só. Não é sonho, estamos prestes a fazer amor pela primeira vez. Respondi ofegante. É inenarrável o’que eu estava sentindo, uma explosão de sentimentos, tudo que eu realmente queria é tê-lo junto a mim, poder senti-lo de corpo e alma e foi nesse momento mágico que esquecemos de tudo e todos, nada mais tinha importância, só havia nós dois em um só corpo, um só coração.