17. Codinome lobo

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Eu nunca imaginei que na noite de natal eu estaria na estrada em um trem mágico quase tão rápido quanto um avião rumo à Romênia atrás de uma velha senhora que podia ter nas mãos a arma secreta para começar a segunda guerra mundial bruxa.

A arma no caso, eu e nem meu companheiro de viagem sabíamos o que poderia ser: o palpite veio de uma carta anônima que se autodestruiu depois que foi lida, meu pai quem recebeu a mensagem trazida pelo vento em plena luz do dia.

Quem quer que fosse o autor dela, tinha sido muito audacioso de fazer aquilo e claro que o meu pai estava investigando até os seus subordinados depois do ocorrido.

Eram tantas informações que eu até imaginava quanta pressão caia nas costas do coitado e mesmo assim ele se mantinha firme até mesmo quando o tio Sirius apareceu na sua porta pedindo ajuda.

Meu pai era tão forte e corajoso, tão firme e psicologicamente preparado que eu não conseguia imaginar ele desmoronando mentalmente ou fisicamente, ele era uma máquina infalível de guerra.

:[FlASHBACK]

Eu estava relutante enquanto meu pai queria empurrar a garrafa de poção polissuco por minha goela abaixo, antes de beber eu queria saber em quem iria me transformar, mas para ele aquilo era irrelevante:

- Só tome logo, estamos perdendo muito tempo. - Ele falava com pressa empurrando o líquido contra meus lábios e me fazendo tomar o conteúdo da garrafa.

Minha mãe logo se aproximou com uma mala me entregando, eu a olhei e depois desviei o olhar do dela para o objeto que era grande e estava todo surrado, aquele gesto era como se fizesse uma pergunta mental a ela do porquê que eu estava recebendo aquilo:

- São as roupas que você vai usar enquanto estiver disfarçada. - Ela sorriu pra mim e beijou a minha bochecha, era estranho vê-la na forma de Fleur e não poder zoar com a cara dela, mas acabei soltando um:

- Entendi, loirão. - Ela quase me fuzilou com o olhar e a verdadeira Fleur caiu na risada. - Desculpa mãe, força do hábito. - Eu me encolhi toda sem graça.

*

Passados uns minutos, eu senti uma coisa muito estranha acontecendo, parecia que minhas roupas estavam ficando apertadas no meu corpo.

Eu podia perceber minhas pernas e braços crescendo, meu rosto ficando mais largo e minha calcinha apertando coisas que eu não tinha antes, aquilo era o mais incômodo, pois o que estava no meio das minhas pernas parecia ser tão grande quanto a dor que eu sentia, estava tudo sendo literalmente esmagado por de baixo da minha calça:

- Preciso me trocar! - Eu falei puxando a mala da mão de minha mãe e subindo as escadas falando "ai" a cada degrau que eu subia.

Entrei correndo no meu quarto antes de me transformar completamente e no desespero, comecei a tirar as minhas roupas de Alya Black que estavam prestes a rasgarem nas costuras, inclusive a calcinha que me cortava algo que pareciam ser as minhas "bolas":

- Ah, que grande merda! Puta que pariu, hein?! - Eu grunhia.

Depois de me despir, eu evitava de todas as maneiras olhar para qualquer parte do meu corpo, era muito estranho ser um homem e ainda mais um grande e forte.

Eu até já tinha usado uma vez a poção polissuco, mas longe do que estava acontecendo comigo naquele momento, a experiência que tinha tido havia sido bem engraçada, por fingir ser minha mãe em uma reunião em Beauxbatons.

*

Fiquei imaginando que aquele corpo seria algum auror, até inventei uma história na minha cabeça de que ele era o mais forte da equipe do meu pai, corajoso e destemido.

The Black's SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora