4. Círculo de proteção

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Estávamos tão felizes dentro da cabana que papai ligou um radinho antigo e colocou uma música trouxa para tocar, era hora de festejarmos, independente da vitória ter sido da Irlanda, a noite estava maravilhosa para passar em família.

"This thing called love
Essa coisa chamada amor

I just can't handle it
Eu simplesmente não consigo lidar com ela

This thing called love
Essa coisa chamada amor

I must get round to it
Eu tenho que estar um passo à frente dela

I ain't ready
Eu não estou pronto

Crazy little thing called love
Coisinha doida chamada amor"

Começamos a sair para fora da barraca dançando, mamãe puxou meu pai fazendo passos de dança dignos de profissionais e Fleur fez o mesmo comigo, ela sem dúvidas dançava melhor que eu, mas eu até que não era ruim.

Precisávamos começar a desmontar tudo, pois não pretendíamos passar a noite ali, Fleur precisava pegar o avião pela manhã de volta a França para se preparar para voltar a Londres em 2 semanas com a escola.

Em meio nossa dança começamos a apagar a fogueira e desmontar a barraca magicamente, nós riamos e dançávamos sem parar, enquanto as nossas coisas flutuavam para dentro das nossas mochilas se guardando.

Comecei a girar com Fleur e rir, olhava o nosso horizonte e as pessoas rindo e festejando, girei uma vez e os gritos e risos pareciam ficar mais fortes, girei outra vez e vi labaredas subindo ao céu, mas pra mim aquilo eram apenas bêbados fazendo graça e então girei outra vez e ouvi gritos de pavor.

Na mesma hora paramos com a nossa dança, e começamos a olhar em volta. A música parou e o gritos se intensificaram.

Na nossa frente as pessoas corriam e alertavam os outros de que um bando de pessoas mascaradas vestidas de preto causando o terror nos fundos do acampamento:

-Papai? - Eu falei com medo já colocando a minha bolsinha na frente do meu corpo.

-Rosalie, você fica com as meninas eu vou ter que procurar o ministro. - Ele falou segurando os braços de mamãe, depois se virou para mim. - Alya, concentração e cuide bem de Fleur.

-Eu vou com você! - Ouvimos uma voz e olhamos para o lado vendo Arthur Weasley.

-Arthur não! Vá para casa com seus filhos. - Papai insistiu.

-Não posso deixar que você vá sozinho. – O homem ruivo insistiu. - Só preciso avisar as crianças para se esconderem em algum local seguro.

Papai sabia que não ia ter jeito e que o senhor Weasley iria insistir em ir, seria mais uma pessoa para papai cuidar:

-Vocês precisam ir para um local seguro! Não olhem para trás! - Ele continuava a dar suas instruções antes que Arthur voltasse.

-Não vamos lutar? - Perguntei achando estranho.

-Fleur está aqui e ela não recebeu seu treinamento, então somente se for preciso.

-Me desculpe titio, mas eu sei muito bem me virar sozinha. - Ela levantou a sobrancelha.

-Não quero correr o risco! -Ele encarou a sobrinha e depois se virou para falar com mamãe. - Você tá no comando, amor.

-Certo! Toma cuidado, ok? - Mamãe abraçou papai e deu um selinho longo nele como se aquilo fosse uma despedida, o que me deixou com um nó na garganta.

The Black's SecretOnde histórias criam vida. Descubra agora