The Black's Secret

26. Ninguém mexe com um Black

:[POV GEORGE WEASLEY]

Antes que Minerva fosse ao nosso salão comunal, corri para a Lufa-lufa e avisei a todos que estavam inspecionando as casas, mas não expliquei o motivo.

No mesmo momento os alunos começaram a correr de volta aos seus dormitórios, desesperados em não serem pegos e castigados.

O meu maior propósito ali era livrar a barra dos meus irmãos que estavam lá dentro, e também tirar satisfação com Fred sobre a foto de Alya.

Eu acho que estávamos bem ferrados com o que ia acontecer, a minha adrenalina estava a mil, meu coração parecia que queria pular pela boca e eu sentia minhas pernas tremendo.

Com certeza eu estava tendo uma crise de pânico, desespero, ou seja, lá o que fosse.

Eu tentava me manter firme, mas ao ver Fred eu o puxei pelo braço e corri com ele para longe fazendo ele se descolar de Angelina e de todos que estavam acompanhando-os.

Enquanto ele resmungava e perguntava o porquê eu estava agindo como maluco, eu apenas o arrastava comigo até a torre da grifinória.

*

Meu irmão estava sentado de frente comigo no nosso dormitório, eu tinha trancado a porta do quarto para não sermos incomodados.

Eu estava inquieto e não sabia por onde começar então disse a primeira coisa que me veio na cabeça:
- Eu acabei com a vida da Alya.

- Bebeu o que, cabeção? - Fred ria.

Então abaixei minha cabeça e comecei a chorar, com meu gêmeo ali eu podia ser verdadeiro, podia deixar tudo o que eu sentia fluir e já fazia muito tempo que eu estava segurando muita coisa dentro de mim:

- Eu acabei com tudo. - Eu falava entre as lágrimas que se misturavam com frustração, raiva, tristeza, arrependimento e medo.

Fred correu até mim, entendendo que a coisa parecia estar feia:

- Cara, o que aconteceu!? - Senti a mão de meu irmão em minhas costas.

- Acho que a Alya morreu essa noite. - Foi a primeira vez que ousei falar aquilo.

- Hã? - Fred parecia incrédulo.

- Ela se jogou, da janela do quarto na frente de Gabrielle. - Eu tentava falar, mas minha voz trêmula dificultava tudo.

- Você tá chorando por causa de uma zoação, ela deve ter ficado puta por causa do quadro. - Fred falava como se o que eu falasse fosse um monte de merda.

- Mano, eu tô falando sério. Me ouve que caralho! - Acabei me irritando e me levantando de um jeito bruto me afastando de Fred.

- Tá, tá, acalma aí. - Ele respirou fundo me olhando nos olhos. - Me conta direito essa parada toda.

Eu detalhei para ele cada coisa que tinha acontecido, desde o momento quem que Gina me falou sobre o quadro até o momento em que tudo aconteceu.

Fred ainda parecia um pouco relutante em acreditar, porque a história parecia mesmo absurda:

- Já foram olhar o corpo lá embaixo? - Ele perguntava curioso.

- Eu não sei cara, nem quero pensar nisso! - Comecei a ficar atordoado só de pensar naquilo.

- Você tá se culpando, né?

- Eu não sei, acho que a gente podia ter pego mais leve.

- Você acha que ela se jogou por causa de umas brincadeiras bobas? - Fred começava a rir nervosamente.