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Dias depois...

-Sadie-

-vovó Sadie! -Moisés vem correndo atrás de mim assim que atravesso a porta da casa da minha filha.

-meu amor de vovó. -me abaixo e aperto ele em meus braços.

-não deixa ela me bater vovó, por favor.

Ele esconde a cabeça no meu pescoço, fico sem entender até que vejo a imagem da Penelope vindo com um chinelo na mão. A cara dela não estava nada boa, ela para na minha frente e eu a encaro, preste a perguntar o que estava acontecendo mas ela me corta.

-oi. -fala seca. -essa peste, não para de me pirraçar. -ela bate os pés e rosna. -por que não me disse que eram assim. -reclama comigo. -não posso nem matar. E ainda quer dizer que eu sou louca, não me obedece, eu cansei. -ela sai com ódio.

Hoje reunimos toda a família aqui na casa dela para passar um dia, a casa já estava com bastante pessoas, nós fomos as últimas a chegar. Penelope esta irritada, pelo o que eu entendi é porque o menino não para quieto, mas criança é assim, estou prestes a dar uma surra nela, não dei quando era criança, pra ela tá dando no filho pequeno desse.

Me levanto com Moisés mo colo e ele me abraça ainda mais para eu não o soltar. Encaro bem nos olhos da minha filha e respiro fundo na tentativa de me controlar, começo a falar.

—ô sua filha da puta. –ela me olha com desdém. —eu já te  bati?

—não.

—acho melhor você não bater nele. –passo.por ela. —se eu sonhar que você fez algo assim eu juro que eu te dou a surra que eu me controlei pra não te dar a sua vida inteira.

—não pode me bater. –ela fala desesperada, ela sabe que eu sou mais forte.

—Matheus! Meu querido, como está? –ignoro completamente ela e falo com meu genro.

[...]

—você sabe que eu te amo mais que tudo né? –Millie que está sentada ao meu lado pergunta.

—o que quer me dizer? –corto logo seu suspense.

—é que eu queria ir pra casa... –fala e coloca a mão na minha coxa fazendo uma carícia ousada por estarmos perto de muita gente.

—sabe que não podemos ir agora...

—por favor...

—o que está acontecendo com você esses dias? –pergunto rindo. —está com muito fogo.

—eu não sei... –ela se remexe inquieta, provavelmente incomodada com sua vagina. —vamo mo...

—tá bom, –me rendo. —venha falar com todos e vamos embora.

Estavam todos da família aqui, sem exceção de ninguém, todos, meus pais, os de Millie, todos os nossos filhos, Jacey, Eva, meu sobrinho. Me levanto com Millie e ela segura minha mão enquanto andamos até minha irmã e a mulher.

—irmã! Que saudades. –a cumprimento com um abraço. —não nos falamos muito depois daquela confusão na empresa.

—também senti saudades, Eva tem me mantido ocupada esses dias. –fala e eu rio alto com sua piadinha.

—está muito apaixonadinha né? –pergunto e ela assente com uma careta, Eva a repreende com um tapa na cabeça.

—ai amor. –ela faz uma careta de dor, e olha para ela com sarcasmo. —doeu demais. –faz biquinho e a mulher revira os olhos.

—sinceramente, eu não sei como você aguenta ela. –Millie fala para Eva.

—é aí que está, eu já teria pulado fora se soubesse viver sem ela. –se desvencilia de Jacey e entrelaça o braço no da minha esposa. —afinal ninguém aguenta a Jacey. –minha irmã a olha boquiaberta, e me olha como se não acreditasse no que estava ouvindo.

○Blue Lagoon○Onde histórias criam vida. Descubra agora