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-Millie-

Quando acordei mais cedo, vi que Sadie não estava comigo, dei uma levantada e vi que todas as minhas compras para a casa nova haviam chegado de uma só vez, me assustei sabendo que ela já pode saber que eu comprei tudo em um dos cartões dela.

Voltei logo a dormir, toda a transa maravilhosa que eu tinha deixado armada para de manhã estava indo por água abaixo. Só que não, eu arrastei ela e fiz ela me dar, mas ela gozou tanto que dormiu assim que acabou.

Por um lado agradeci que ela tinha dormido porque agora vou poder arrumar tudo sem ela ver e ela nem vai perceber, por outro lado eu queria que ela ficasse acordada comigo.

Fui logo tomar um banho, vesti um short jeans e uma blusinha qualquer, e na fui abrir tudo e colocar nos lugares, Sadie não liga que eu compre nada, até porque ela tem dinheiro pra pagar e eu também, só que eu acabo me descontrolando  e compro o mundo todo.

Dessa vez até geladeira eu comprei, televisão, máquina de lavar, tudo novinho, o sofá que eu comprei é perfeito, ele é todo rosa bebê, muito fofinho e é em U, e comprei um outro que é todo azul, só que em L, para o nosso quarto.

Em partes eu ainda pensei nela e na cor favorita dela, o azul, nosso quarto é todo assim, e eu comprei mais coisas, quadros novos, os criados-mudos eram brancos, comprei azul bebê, fosco, lençol novo, só não comprei papel de parede, porque o nosso é o mais bonito na minha opinião.

Fui arrumando umas coisas, só não pude colocar o sofá da sala por conta dela que estava dormindo, mas a geladeira, o fogão, tudo que eu comprei além disso eu arrumei, a frente daninha casa estava cheia de móveis, em perfeito uso que vou doar para uma família, daqui do bairro que precisa.

Estava tirando os plásticos do sofá azul e Sadie parou atrás de mim tomei o maior susto porra.

-aí caralho! -coloquei a mão no peito.

-pensou que eu nem notaria? -cruzou os braços.

-notar o que? -ri sem graça.

-que você comprou simplesmente, a porra do aplicativo todo? -estreitou os olhos.

-exageraaada... -me virei para continuar.

-o que vai fazer com os móveis antigos? -me interrogou.

-vou doar para uma família aqui perto que estam precisando. -dei de ombros.

-pelo menos né. -se sentou na cama.

-sim, e você não vai me ajudar não? -arqueei uma sobrancelha.

-agora não, tô cansada. -olhou as unhas.

-estão grandes demais. -ela voltou a me olhar. -precisa cortar.

-ah é? Por que? -enrrugou a testa.

-quase me machucou. -ela riu.

-tô achando elas pequenas ainda, acho que vou deixar crescer mais..-fez draminha e eu coloquei as mãos na cintura.

-não vou te dizer nada. -fiz bico e ela se inclinou.para pegar no criado mudo o alicate. -pensei.

-muito convencida. -estalou a língua. -vou cortar as dos pés.

Continuei arrumando as coisas e ela ficou cortando lá, já disse a ela pra fazer as unhas na manicure e pedir a moça para cortar curtinha mas ela diz que não quer, teimosa.

Terminei e me joguei na cama, minhas costas doem tudo dói, Sadie acabou só agora de cortar, assim que acabou veio sentar em cima de mim, se abaixou olhando nos meus olhos e sorrindo.

-tô cansada e com fome. -reclamei. -faz alguma coisa pra mim?

-ta muito folgada você. -riu e eu fiz careta. -vou fazer, só se você me der um beijinho... -eu disse que sim com a cabeça e ela já veio se aproximando e sorrindo.

Demos uns beijos e acabou passando disso... só sei que, quando ela foi fazer minha comida já era oito horas da noite, minha mãe ligou dizendo que ia buscar as meninas e trazer elas só amanhã, agradeço né.

Fiquei na sala esperando ela e quando ela veio sentou no sofa e me colocou entres as pernas dela, de frente para a televisão, me deu a comida todinha na boca, fiquei rindo o tempo todo, ela é uma palhaça, me fazendo rir.

-para Sadie! -me acabei de rir e ela também.

-é só mais uma bebê. -tentou cessar o riso. -aí você fica abastecida, vai faltar só o complemento que eu vou te dar mais tarde... -já começou.

-é? -ela concordou. -e onde que tá esse complemento? -me fiz de besta.

-aqui ó. -me afastou um pouco e segurou na barra da calcinha, puxando um pouco e depois soltou fazendo um estalo.

-deixa de ser safada! -falei rindo. -não vou querer esse complemento não.

-negando uma delicinha dessa? -arqueou a sobrancelha.

-que delicinha? -ela me deu um tapa. -ei! -dei outros três nela. -só quem pode bater aqui sou eu.

-olha que eu te faço pedir. -levantou o dedo.

-cala a boca vai. -me levantei.

-vai onde? -me olhou de cima à baixo.

-vou deitar. -ela sorriu. -nem pense. -fechou a cara na hora.

-vou com você. -foi se levantando.

-vamos só dormir! -alertei ela que ficou rindo.

-tá, tá! -me empurrou para subir a escada

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