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-Sadie-

-eu juro, que foi o trânsito! -estávamos dentro de uma briga feia, por ciúmes de Millie, ela disse que eu estava provavelmente com uma dessas mulheres de esquina.

Pelo menos ela teve o trabalho de me chamar para brigar no quarto, não é legal que as meninas vejam nossas brigas normais de casal, mesmo sendo normais, não quero que ela vejam isso.

-eu não acredito Sadie, tenho certeza de que você estava com alguma, puta. -disse baixo.

-meu amor, eu já sou velha, nao tenho idade mais para isso, já tenho quarenta anos e você ainda continua desconfiada de mim com outra.

-você não tem um cabelo branco! Ainda chama a atenção de muitas mulheres por aí! -esbravejou.

-não grite, as meninas podem ouvir, lembre-se de controlar o tom. -lembrei ela.

-mesmo assim Sadie, não sou idiota. -começou a balançar o pé estressada.

-eu estava com as meninas, o tempo todo, não tem nem como eu ter comido ninguém nesse meio tempo, Millie. -disse já impaciente.

-tá, tá! -fingiu não querer saber. -pode descer já estou indo. -respondeu com raiva.

-a briga não acabou aqui... -ela negou. -tá certo amor, espero que reveja seus conceitos.

-uhum. -ela murmurou e eu dei as costas i do até a porta quando a abri ela falou. -vai pensando que me dobra... -ela estava de costas para mim, na mesma hora fingi ter saído e fechei a porta. -fuça pensando que pode me enganar, não sou otaria, eu sei muito bem que ela nunca se contentou comigo, logo eu, não tenho nada de interessante não comsegui nem te dar gêmeas, pra que ela vai querer uma mulher assim tão imprestável, e as tentativas falhas de inseminação, haha, nem se conta, ela deve se arrepender te ter casado comigo mesmo. -ela se lamentava de cabeça baixa, acho que ainda não havia notado minha presença no quarto.

Então fui sorrateiramente até o lado dela e alcancei sua frente, a empurrei para deitar na cama e sentei em cima dela, ela tomou um susto na hora, mas eu nem me importei só aproximei nossos rosto e a olhei, analisando seu olhar a lendo por dentro, ela não teve coragem de dizer uma palavra, ficou quieta me observando com vergonha.

-tá doida de pensar algo assim? -foi a primeira coisa que consegui dizer. -Millie eu te amo mais que tudo na minha vida.. -ela ia falar algo mas eu continuei. -voce é a minha esposa, minha mulher, eu amo você mais que a mim mesma, sempre me contente com você, me casei com você por que te amo e você é a mulher da minha vida, eu te devo mil vidas, você gerou as crianças mais lindas da minha vida, a minha primeira filha foi você quem me deu, e eu sou tão grata a vice por isso, não tem nem como descrever o meu amor por você, você é tudo que eu sempre sonhei e sempre será, te amo demais, e pra sempre te amo, Millie, amo seu cheiro, seus pensamentos, surtos, você é perfeita.

-você não deveria ter escutado... -se lamentou.

-sabe que não é assim que funciona, nunca mais pense isto de si mesma, por favor. -pedi a ela meus olhos querendo se encher.

-me desculpa amor... -ela começou a chorar, meu coração se despedaça vendo meu amor assim, chorando, dói demais em mim.

-não tem o que se desculpar, eu te amo, mulher da minha minha vida. -a abracei apertado sentindo suas lágrimas molharem o tecido da minha camisa.

Nossas bocas se procuram sedentas, quando se encontram se devoram por muitos segundos, fazendo tudo milagrosamente desaparecer, minha mente não pensava em mais nada, muito menos a dela, só nos concentravamos em nos beijar.

Eu comecei a rebolar em seu colo, já estávamos ofegantes e minha calcinha encharcada, eu estava a ponto de arrancar nossas roupas quando a porta do quarto é bruscamente aberta, meu Deus! Eu havia esquecido da porta, dei um pulo da cama e e me afastei completamente, só então tive coragem de olhar para frente, quando vi era a Maiana, eu já sentia minhas bochechas coradas.

Arrumei minha postura, meu terno e pigarreei bruscamente fazendo ela deixar de olhar Millie e passar a me encarar, minha nossa! Eu não sabia o que falar.

-atrapalho? -perguntou meio constrangida.

-que? -ri sem graça. -claro que não filha, eu estava só... é.... mostrando a sua mãe alguns sapatos e acabei caindo em cima dela, aí estávamos rindo. -expliquei meio nervosa.

-Sei. -foi o que ela disse, meio desconfiada. -a Juju quer a mamãe, ela tá chorando um pouquinho.

-oh, já estou indo querida. -Millie levanta indo em direção à porta, ela dá espaço então Millie passa. -obrigado por avisar. -tocou rapidamente seu ombro e então começou a descer as escadas.

-então... -ficou só eu e ela, me remexi inquieta com seu olhar julgador sobre mim. -vamos seja o que quer que tenha visto, não foi tão ruim assim. -coçei a cabeça.

-que? -disso confusa. -mas eu não vi nada. -estreitou os olhos.

-esquece. -neguei.

-eu vim aqui te mostrar o que a Auroro me mandou no WhatsApp, mas se quiser posso esperar outra hora...

-não, pode vir agora filha, quero saber. -ela entrou no quarto e eu me sentei na cama, ela sentou ao meu lado.

-ela me mandou isso aqui depois que eu cheguei em casa. -me entregou o celular aberto na conversa, eu comecei a ler e ela ficava me encarando nervosa.

-e o que tem? Eu tô vendo aqui ela dizer que gosta de você só um pouquinho, bem pouquinho, mas acredito que seja brincadeira né?

-é.

-aí ela diz que amanhã quer conversar uma coisa com você, você disse que não vai a escola, e disso eu não sabia... -analiso mais. -ela disse que adorou sua mãe, e que queria mais do seu beijo? -ri. -então realmente aconteceu né, sua safada!

-para mãe. -quase riu.

-mas amanhã você vai para a escola, vai c9nversar com ela e pronto, tudo feito. -ela arregalou os olhos.

-pelo amor de Deus não mãe! Não posso ir a escola, eu não sei nem o que vou falar pra ela, não faz isso!

-oxe? Você quer ou não a menina? -ela disse que quer claro. -então pronto porra.

-meu Deus! -ela ficou na cama deitada fazendo drama e eu desci, fui pra sala e quando cheguei a Millie tava na cozinha dando comida pra Juju.

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