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❦ 18 de agosto, 2019 - Quinta-feira ❦
Jimin acordava todos os dias com uma angústia: a de ser absolutamente comum. Não sabia que o fato de não ter amigos devia-se a isso; dividia-se entre a sensação de não existir e a de que sua presença incomodava. As amizades que iniciava nunca se prolongavam. "Seria ele banal ou estranho? seria possível ser ambos"? um dia Jimin simplesmente parou de tentar fazer amigos.
Ele fechou-se em si mesmo, contando apenas com o carinho de seus pais e de alguns amigos destes. Parou de tentar pertencer ao mundo. Vivia para estudar e para ler. A Primeira atividade não era sua grande paixão, mas a segunda... Ler permitia que ele entrasse em um mundo que nunca seria capaz de imaginar sozinho; viver aventuras que jamais seria possível para alguém tão comum. Os livros eram portais para fugir do que ele menos gostava: de si mesmo.
A solidão é a infelicidade fazia com que jimin não se enxergasse devidamente. Achava-se insignificante, quase feio, e como as únicas opiniões sobre sua aparência eram das poucas pessoas com quem convivia, que o amavam e o viram crescer, julgava-as parciais.
O que mais gostava em si mesmo era a cor azul de seus olhos. E ainda assim, não lhes dava o devido valor: talvez por não saber de quem os havia herdado.
Acreditava que sua única característica especial era fruto do mero acaso. Um capricho da genética, desperdiçar olhos tão lindos em alguém como ele.
Seus cabelos ondulados eram loiros que julgava ser o mais comum, nem eram cacheados nem lisos. As únicas vezes em que lhe agradavam era quando os olhava ao Sol e parecia enxergar neles um brilho dourado.
Sua pele lisa e clara era pálida demais. Os lábios eram carnudos demais e eram muito rosados, o jovem julgava tudo em si mesmo mediano, comum. Mas jimin era bonito, absolutamente bonito, e tímido.
Foi criado em uma família pequena, apenas pai e mãe, sempre muito protegido e resguardado.
Jimin cresceu sem saber como se aproximar dos outros. Ao verem aquela criança tão bonito, depois aquele jovem tão lindo, julgavam por sua presunção a sua timidez. Nunca lhe deram tempo suficiente para provar o contrário, permitindo-lhe mostrar como era amável, gentil e Leal.
E foi assim que cresceu, com os outros sempre acreditando que não os julgava bons o suficiente para conviver com ele. Mas nada poderia estar mais longe da verdade.
Então jimin se despedira do colégio, sem sequer ir a próprio formatura. Não fora convidado para nenhuma festa dos colegas, e não adiantaria convidar alguém para sua, caso resolvesse organizar uma.
Os Poucos colegas do colégio que um dia souberam o seu nome, em breve o esqueceriam. Talvez algum dia teriam alguma conversa mencionado como "aquele menino lindo e antipático".
Uma grande injustiça. Mais sempre a uma reviravolta, ou várias, em qualquer história.
Jimin vivera por muitos anos em Seul, adorava a cidade e tinha loucura por tulipas, seu pai
park Lee-woo, era dono de uma livraria na cidade.Tendo crescido rodeado por livros, não é difícil compreender o fascínio de jimin por eles.
Um dia, park resolveu mudar de ares ser mais independente, com seus 22 anos, almejava sua liberdade. Queria construir sua própria vida, essa decisão não foi tão bem recebida por seus progenitores mais eles sempre o apoiaram e respeitaram suas decisões.
Assim que jimin terminou o Colégio, iniciaram-se os preparativos para a grande mudança. Pela primeira vez ele sentiu-se animado diante das perspectivas.
Esperava que os ares de Busan pudessem lhe fazer bem e, apesar de continuar sendo comum, almejava que sua vida pudesse tomar outros rumos, pudesse vir até a ser normal.
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A maldição do Reino de Aquiles
Hayran Kurgu𝕰𝖗𝖆 𝖚𝖒𝖆 𝖛𝖊𝖟 - Séculos atrás, no outrora próspero Reino de Aquiles, o jovem nobre Jungkook vivia uma vida de luxos e excessos. Após passar uma noite com uma bruxa e descartá-la sem remorso, ele foi amaldiçoado. Agora, toda noite de lua cheia...