06. sem arrependimento.

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                      Desde aquela noite assombrosa , Maxine evitava a todo custo a solidão que a aguardava em seu quarto, temendo que Tate tentasse se comunicar novamente

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Desde aquela noite assombrosa , Maxine evitava a todo custo a solidão que a aguardava em seu quarto, temendo que Tate tentasse se comunicar novamente. A ideia de estar sozinha, encarando os próprios pensamentos, era um tormento que ela não estava disposta a enfrentar. Para minimizar o sofrimento, havia guardado todos os desenhos que fizera na gaveta, como se eles pudessem conter alguma essência de seu tormento.

Ethan estava estendido no chão do quarto, as costas apoiadas no colchão enquanto contava o que havia ocorrido com Leah, sua prima. A atmosfera estava carregada, e a tensão palpável permeava o ambiente.

—— Ela levou quase dez pontos no rosto —— Ethan comentou, sua voz ressoando com um tom sombrio.

Maxine caminhava de um lado para o outro, seu coração acelerando enquanto a ansiedade a consumia. —— O que ela contou para seus tios? —— perguntou, buscando desesperadamente se distrair da própria inquietação.

—— Disse que uma doida tentou pegar a Channel dela —— respondeu Ethan, com um suspiro de exasperação. —— Ela teve até que fazer um boletim de ocorrência falso.

Maxine suspirou aliviada, deixando-se cair na cama. Fitou o teto, seu olhar distante, enquanto se perguntava quando conseguiria dormir novamente sem ser atormentada por lembranças daquele evento horripilante.

—— Olha, não sou de dar broncas, mas... esse plano foi um desastre —— Ethan comentou, quebrando o silêncio.

—— Eu sei, me arrependo —— Maxine confessou, cobrindo o rosto com as mãos, a vergonha a dominando.

—— E ele? —— Ethan indagou, inclinando-se para frente, seus olhos fixos na amiga.

— O quê? — Maxine questionou, seu tom defensivo.

—— O garoto que estava com vocês, ele se arrepende? —— perguntou Ethan, já retirando um cigarro do bolso, um hábito que Maxine também fazia constantemente com ele.

—— Não estou falando com o Tate, então não sei —— ela respondeu, a frustração transparecendo em sua voz.

—— Em que hospital psiquiátrico você acha seus namorados? —— Ethan perguntou tirando um cigarro do bolso.

Um sorriso involuntário escapuliu de seus lábios. A ideia de considerar Tate como seu namorado era, ao mesmo tempo, intrigante e alarmante, dadas as circunstâncias. Ethan se aproximou, jogando um pouco de fumaça na direção dela, e Maxine, sem pensar, deu um tapa em seu ombro, fazendo-o rir enquanto se afastava para dar espaço à sua inquietação.

—— Eu preciso ir —— Ethan anunciou, levantando-se e ajeitando a roupa. —— A Leah não pode ficar sozinha. Os pais dela realmente acham que têm uma doida solta por aí.

Maxine concordou e o acompanhou até a porta de entrada, um sopro de alívio passando por ela enquanto caminhavam juntos. Ao observar o amigo sair pela porta, Maxine sentiu uma pontada de solidão. Virou-se e se dirigiu à cozinha, onde conversas animadas preenchiam o ar.

 ﹙✓﹚ ultraviolence, tate langon. Onde histórias criam vida. Descubra agora