Max estava paralisada no sótão, seu coração acelerado enquanto observava Tate, que murmurava palavras sem sentido, como se estivesse em um transe. A tensão no ar era palpável, e a angustiante pergunta começou a queimar em sua garganta.—— O que você fez com ele? —— Ela gritou, sua voz ecoando nas paredes frias e vazias.
Tate virou-se abruptamente, a raiva e a frustração transbordando dele. —— Eu não fiz nada! —— Ele respondeu com uma intensidade que a fez recuar. —— Só o assustei! —— A fúria em seu olhar era intensa, mas havia também uma dor oculta, um sentimento de ser incompreendido.
Ele se aproximou de Max, e sua presença se tornou esmagadora. —— Estamos perdendo tempo, —— ele disse, a voz baixa, mas carregada de urgência.
—— Tempo para quê? —— Max perguntou, o medo se misturando à confusão.
Tate segurou os ombros dela com uma força quase dolorosa, seus olhos penetrantes buscando os dela. —— Para fugir —— ele declarou. O que deveria ser um plano de escape soava mais como uma prisão. —— Eu amo você, e quero que você seja livre e feliz. —— A intensidade de suas palavras a fez estremecer, mas havia algo mais. Algo que a deixou em estado de alerta.
Então, ele puxou uma pequena caixa do bolso e a abriu, revelando uma coleção de remédios. —— Se tomarmos isso —— ele disse, a voz agora suave e sedutora. —— Podemos ficar aqui pra sempre, juntos. —— As pílulas brilhavam de maneira sinistra sob a luz fraca do sótão, como promessas de eternidade e liberdade, mas também como um aviso sombrio.
Max olhou para os remédios e depois para Tate, seu coração apertado. Ela sabia que essa não era a liberdade que ela desejava.
—— Quer que a gente cometa suicídio juntos?
Tate balançou a cabeça, um olhar de desespero em seus olhos. —— Os remédios não são suficientes —— ele respondeu, a voz soando quase suplicante. Ele então puxou uma lâmina do bolso, o metal brilhando na luz fraca do sótão.—— Você machucou o Ben? —— A pergunta escapuliu dos lábios de Max antes que ela pudesse se conter. A expressão de Tate se transformou, e a raiva retornou com força. Ele começou a gritar, batendo a cabeça com a palma da mão, os olhos cheios de frustração e dor. —— Não! Eu não machuquei ele! —– ele gritou, quase em um desespero. —— Eu só o desmaiei para termos tempo! Tempo para nós!
Max ficou em silêncio, assustada pela intensidade de suas emoções. —— Isso é loucura!
Tate parou, respirando pesadamente, os olhos brilhando com uma mistura de paixão e confusão. —— Eu só quero que você fique comigo —— ele disse, a lâmina tremendo em sua mão. —— Não quero que ninguém nos separe. —— A angústia em seu tom fez Max sentir uma dor profunda no peito, mas ela sabia que o caminho que Tate estava tomando era perigoso, não só para ele, mas para ela também.
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﹙✓﹚ ultraviolence, tate langon.
Fanfiction🪦 | Maxine Harmon era filha de um relacionamento conturbado que havia sido levado ao fim ainda na adolescente, mas após algumas tragédias familiares, Max se viu presa ao pai biológico em uma nova vida. Agora se mudando junto do pai, madrasta e meia...