23. romeu e julieta.

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                          Max estava paralisada no sótão, seu coração acelerado enquanto observava Tate, que murmurava palavras sem sentido, como se estivesse em um transe

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                          Max estava paralisada no sótão, seu coração acelerado enquanto observava Tate, que murmurava palavras sem sentido, como se estivesse em um transe. A tensão no ar era palpável, e a angustiante pergunta começou a queimar em sua garganta.

—— O que você fez com ele? —— Ela gritou, sua voz ecoando nas paredes frias e vazias.

Tate virou-se abruptamente, a raiva e a frustração transbordando dele. —— Eu não fiz nada! —— Ele respondeu com uma intensidade que a fez recuar. —— Só o assustei! —— A fúria em seu olhar era intensa, mas havia também uma dor oculta, um sentimento de ser incompreendido.

Ele se aproximou de Max, e sua presença se tornou esmagadora. —— Estamos perdendo tempo, —— ele disse, a voz baixa, mas carregada de urgência.

—— Tempo para quê? —— Max perguntou, o medo se misturando à confusão.

Tate segurou os ombros dela com uma força quase dolorosa, seus olhos penetrantes buscando os dela. —— Para fugir —— ele declarou. O que deveria ser um plano de escape soava mais como uma prisão. —— Eu amo você, e quero que você seja livre e feliz. —— A intensidade de suas palavras a fez estremecer, mas havia algo mais. Algo que a deixou em estado de alerta.

Então, ele puxou uma pequena caixa do bolso e a abriu, revelando uma coleção de remédios. —— Se tomarmos isso —— ele disse, a voz agora suave e sedutora. —— Podemos ficar aqui pra sempre, juntos. —— As pílulas brilhavam de maneira sinistra sob a luz fraca do sótão, como promessas de eternidade e liberdade, mas também como um aviso sombrio.

Max olhou para os remédios e depois para Tate, seu coração apertado. Ela sabia que essa não era a liberdade que ela desejava.

—— Quer que a gente cometa suicídio juntos? 

Tate balançou a cabeça, um olhar de desespero em seus olhos. —— Os remédios não são suficientes —— ele respondeu, a voz soando quase suplicante. Ele então puxou uma lâmina do bolso, o metal brilhando na luz fraca do sótão.

—— Você machucou o Ben? —— A pergunta escapuliu dos lábios de Max antes que ela pudesse se conter. A expressão de Tate se transformou, e a raiva retornou com força. Ele começou a gritar, batendo a cabeça com a palma da mão, os olhos cheios de frustração e dor. —— Não! Eu não machuquei ele! —– ele gritou, quase em um desespero. —— Eu só o desmaiei para termos tempo! Tempo para nós!

Max ficou em silêncio, assustada pela intensidade de suas emoções. —— Isso é loucura!

Tate parou, respirando pesadamente, os olhos brilhando com uma mistura de paixão e confusão. —— Eu só quero que você fique comigo —— ele disse, a lâmina tremendo em sua mão. —— Não quero que ninguém nos separe. —— A angústia em seu tom fez Max sentir uma dor profunda no peito, mas ela sabia que o caminho que Tate estava tomando era perigoso, não só para ele, mas para ela também.

 ﹙✓﹚ ultraviolence, tate langon. Onde histórias criam vida. Descubra agora