22. fazemos tudo por amor.

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                             Max estava prestes a sair, seus passos leves a caminho da porta, o caderno de desenhos debaixo do braço

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Max estava prestes a sair, seus passos leves a caminho da porta, o caderno de desenhos debaixo do braço. Ela não desenhava há semanas, talvez meses. Desde que as coisas começaram a desmoronar, seu único refúgio criativo havia se perdido. Naquele dia, ela havia decidido que sairia pela vizinhança, talvez encontrasse algo que a inspirasse de novo. A casa a sufocava.

Mas, antes que pudesse abrir a porta, sentiu uma mão fria cobrir sua boca de repente, empurrando-a com força contra a parede. Max soltou um grunhido abafado, seu coração acelerando com o choque. Era Tate. Ele a mantinha presa contra a parede, seus olhos intensos, o rosto perto demais do dela.

—— Fica comigo hoje —— ele sussurrou, a voz quase em desespero. —— Por favor, Max. Só hoje.

Max o encarou por um momento, respirando fundo pelo nariz, tentando se acalmar. —— Tate... eu preciso sair, desenhar. —— Ela disse, a voz trêmula, tentando acalmá-lo. —— Você pode vir comigo.

Mas Tate balançou a cabeça lentamente, o aperto em seu braço ficando um pouco mais forte. —— Eu gosto quando é só nós dois, Max. Sem ninguém por perto, só nós. — Ele implorava agora, seus olhos escurecidos com uma mistura de medo e obsessão. —— Por favor, fica. Fica comigo hoje.

Max sentiu o peso das palavras de Tate, aquela tensão sempre presente entre o desejo de liberdade e o medo dele. Havia algo quebrado nele, algo que a puxava de volta, algo que fazia com que ela hesitasse.

Ela suspirou profundamente, fechando os olhos por um instante, sentindo o coração pesado, enquanto ainda estava pressionada contra a parede.

—— Eu fico.

Tate relaxou instantaneamente. Ele a puxou para perto, seus lábios tocando os dela com uma urgência familiar. O beijo foi intenso, cheio de uma paixão sufocante que parecia invadir todos os espaços entre eles.

Quando ele finalmente se afastou, ainda segurando o rosto de Max entre as mãos, ele sussurrou. —— Eu te amo. Não consigo viver sem você, Max.

(...)

Ben Harmon falava com entusiasmo, sua voz ecoando pela casa enquanto tentava convencer o atendente da faculdade em Toronto sobre o talento de Maxine. Ele mencionava as inúmeras vezes que ela se destacara em suas aulas, como suas habilidades em arte eram excepcionais e dignas de reconhecimento. Para ele, a ideia de enviar Max para longe, para uma nova vida, era uma solução para a turbulência que envolvia a família.

Do outro lado da porta, Tate estava paralisado. Cada palavra que Ben proferia parecia uma lâmina, cortando cada esperança que ele tinha de manter Max ao seu lado. A possibilidade de ela se afastar, de viver longe dele e da casa, era intolerável. Tate sentia sua respiração se acelerar, um nó se formando em seu estômago. Ele não permitiria que isso acontecesse. Ben não poderia tirar Maxine dele.

Assim que Tate entrou no quarto de Max, encontrou Maxine concentrada, sua mão movendo-se rapidamente pelo papel enquanto ela desenhava. O rosto de Tate estava marcado pela tensão, e ao ver a imagem que ela criava, uma representação dele, seu coração disparou. Porém, a sombra da conversa que tinha ouvido ainda pairava sobre ele.

—— Ben quer te levar para longe —— Tate disse, sua voz tensa. —— Uma faculdade em Toronto.

Maxine parou por um momento, olhando para ele com uma expressão de surpresa, mas como se já esperasse isso.

—— Faz sentido. Ele não quer a filha bastarda na família perfeita dele —— respondeu, seu tom amargo revelando a frustração que sentia.

Tate se aproximou lentamente, seu olhar fixo no rosto de Max. Ele levantou a mão e acariciou seu rosto suavemente, como se a tocasse poderia impedir que qualquer coisa a separasse dele. —— Eu não vou deixar ele te tirar de mim —— declarou, a determinação em sua voz ressoando como um eco de sua possessividade.

Maxine sentiu o calor de suas palavras, mas também uma inquietação. Embora quisesse acreditar na proteção de Tate, o peso das promessas não ditas pairava entre eles. Tate, por outro lado, estava decidido a fazer de tudo para manter Max ao seu lado, a qualquer custo.

(...)

Ben Harmon estava saindo do banho, as gotas de água escorrendo por seu corpo enquanto ele limpava o vidro embaçado do banheiro. A imagem de um homem em roupa de látex preta apareceu atrás dele, uma figura ameaçadora que fazia seu coração acelerar. Antes que pudesse reagir, a pessoa misteriosa se lançou sobre ele, cobrindo sua boca com um pano e tentando imobilizá-lo.

A luta corporal começou, uma dança de força e desespero, com Ben se arrastando pelo chão escorregadio em direção ao quarto principal. Ele precisava se defender. Quando finalmente alcançou o abajur, pegou-o com força e se virou para enfrentar o atacante. —— Mostre seu rosto! —— gritou, sua voz repleta de adrenalina. —— Você estuprou a minha mulher!

O homem em látex não hesitou; ele imobilizou Ben na frente do espelho, a luta se tornando um borrão de movimentos rápidos e força bruta. No entanto, em um movimento inesperado, Ben conseguiu puxar a máscara do agressor, revelando o rosto que ele nunca pensou ver ali.

Tate. A realidade da situação caiu como um peso esmagador, e Ben começou a gritar, sua voz ecoando pela casa, um grito de desespero e medo. —— Maxine!

Mas antes que qualquer ajuda pudesse chegar, a escuridão tomou conta de Ben, e ele desmaiou, caindo inerte no chão. Tate, agora exposto, olhou para o homem caído à sua frente e disse com um tom contido. —— Só não matei você por causa da Max.

O conflito dentro de Tate era assustador; seu amor por Maxine o impedia de cruzar uma linha que poderia arruinar tudo, mesmo que suas ações falassem de uma possessividade crescente e desesperadora.

 ﹙✓﹚ ultraviolence, tate langon. Onde histórias criam vida. Descubra agora