A casa estava novamente repleta de movimento, com caixas sendo descarregadas e vozes ecoando pelos corredores. A família Ramos acabara de se mudar, trazendo uma nova energia para o lugar que parecia eternamente amaldiçoado. Max observava tudo em silêncio, andando pelos novos cômodos. Eventualmente, ela entrou no quarto de Gabriel Ramos, o filho único da família. O espaço já estava decorado com pôsteres de bandas e uma pequena coleção de CDs, algo que prendeu a atenção de Max.Ela se sentou casualmente na cama, passando os dedos pelos CDs de música, um sorriso irônico se formando em seu rosto. Logo, Gabriel entrou no quarto, parando abruptamente ao vê-la ali. —— Quem é você? —— ele perguntou, sua voz carregada de surpresa e desconfiança.
Max olhou para ele de relance e, sem rodeios, brincou. —— Você tem um gosto horrível para música —— Ela segurou um dos CDs, balançando-o levemente no ar.
Gabriel franziu o cenho, claramente confuso. —— Isso é invasão de domicílio. Quem é você?
Max, ainda despreocupada, deu de ombros. —— Um fantasma. —— Ela o encarou, observando sua reação. Quando ele pareceu não acreditar, ela acrescentou com um toque de ironia. —— Você acredita em fantasmas?
Gabriel cruzou os braços, claramente cético. —— Não.
Max sorriu levemente, um pouco melancólica. —— Nem eu acreditava, até me tornar um.
Max estendeu a mão com um sorriso enigmático, se apresentando. —— Eu me chamo Maxine. Moro na casa ao lado com a mocreia velha. —— Ela não demonstrou emoção enquanto dizia isso, apenas observando Gabriel com curiosidade.
—— Você pode sair do meu quarto agora? —— ele pediu, cruzando os braços, sua postura defensiva voltando.
Max, inclinando a cabeça, não cedeu tão fácil. —— Você quer mesmo ficar sozinho? A casa é mal assombrada, sabia? —— Ela lançou o comentário de maneira casual, mas carregado de uma verdade que Gabriel ainda desconhecia.
Ele riu, claramente não levando a sério. —— Você é muito estranha.
Max apenas deu de ombros, seus olhos vagando pelo quarto até pararem no skate encostado na parede. Ela notou os desenhos feitos à mão na madeira e se aproximou, observando-os com mais atenção. —— Esses desenhos no seu skate... você é artista?
Gabriel olhou para o skate e depois para Max. —— Faço alguns rabiscos às vezes.
Max assentiu, interessada. —— Eu também sou artista. —— Ela fez uma pausa, medindo as palavras antes de continuar. —— Um dia... posso desenhar você?
A pergunta pareceu pegar Gabriel de surpresa. Ele hesitou por um momento, mas então concordou. —— É, pode ser.
Eles trocaram um olhar breve, algo ligeiramente diferente na atmosfera. Max sorriu, dessa vez mais suavemente, e então se afastou, voltando a vagar pelo quarto. —— Você vai gostar daqui.
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﹙✓﹚ ultraviolence, tate langon.
Фанфик🪦 | Maxine Harmon era filha de um relacionamento conturbado que havia sido levado ao fim ainda na adolescente, mas após algumas tragédias familiares, Max se viu presa ao pai biológico em uma nova vida. Agora se mudando junto do pai, madrasta e meia...