Quando a tarde de Halloween chegou , as praças estavam cheias de crianças fantasiadas, rindo e correndo entre as casas decoradas com abóboras iluminadas e teias de aranha. O ar fresco da noite estava impregnado de uma mistura de folhas secas e doces, criando uma atmosfera mágica e um tanto nostálgica. Ben Harmon e Tate Langdon estavam entre a multidão, observando a cena ao redor.Tate caminhou até uma mesa improvisada, onde dois cafés fumegantes aguardavam, e observou Ben, que estava absorto em seus pensamentos, olhando para uma garotinha de tranças e roupas escuras que se destacava entre os grupos, pedindo doces mais longe.
—— Ela parece um pouco com a Max, não é? —— Tate comentou, um sorriso brincando em seus lábios, tentando trazer um pouco de leveza à situação.
—— Eu não sei —— Ben respondeu, seu olhar pesado. — Não fui um pai presente para Max. Perdi momentos incríveis assim.
Um silêncio pesou entre os dois, enquanto Tate ponderava sobre o que dissera. Ele e Max nunca haviam discutido a falta de presença paterna que ambos experimentaram, mas era evidente que esse vazio os unia de alguma forma.
—— Uma garotinha forte, igual à mãe dela —— Ben continuou, a emoção transparecendo em sua voz. As lágrimas escapavam de seus olhos, como se cada palavra fosse um lembrete do que ele não pôde ser. —— Nunca precisou de mim para nada, e tenho certeza de que nunca vai precisar...
Tate assentiu, sua mente mergulhada em pensamentos sobre Max. O quanto ela era independente era, ao mesmo tempo, inspirador e assustador. O temor de que um dia ela pudesse decidir ir embora e deixá-lo para trás o consumia.
(...)
Enquanto isso, em outro canto da casa, Ethan e Maxine estavam trancados no quarto, perdendo a noção do tempo. Tentavam decidir uma fantasia de Halloween que pudesse agradar o garoto. Maxine, com o olhar determinado, saiu do quarto e caminhou até um cômodo onde estavam empilhadas caixas de fantasias antigas, o cheiro de poeira e papel envelhecido pairando no ar.
Quando voltou, notou que o cômodo estava vazio novamente, até que sentiu mãos segurando-a por trás, uma firmeza que a surpreendeu. Ao se virar, viu Ethan tirando a máscara de látex preta, sua expressão confusa, como se não lembrasse de ter colocado aquilo, mas também estranhamente acostumado.
—— Onde você achou isso? —— Max perguntou, colocando a caixa sobre a cama.
—— No seu guarda-roupa. Não sabia que era tão pervertida assim —— Ethan disse, sentando-se casualmente na cadeira.
—— Não é meu —— Max respondeu, perplexa. Não fazia ideia de como aquilo fora parar em seu armário.
—— É do seu namoradinho psicopata? —— Ethan brincou, um sorriso travesso no rosto.
—— Não fala isso.
—— O quê? Namorado ou psicopata? —— Ethan perguntou, franzindo a testa.
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﹙✓﹚ ultraviolence, tate langon.
Fiksi Penggemar🪦 | Maxine Harmon era filha de um relacionamento conturbado que havia sido levado ao fim ainda na adolescente, mas após algumas tragédias familiares, Max se viu presa ao pai biológico em uma nova vida. Agora se mudando junto do pai, madrasta e meia...