Capitulo 2

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Kathe

Chegamos em casa, exaustos e ligeiramente atordoados pelo cansaço. Assim que cruzo a porta, me jogo no sofá de couro macio, sentindo os músculos finalmente relaxarem. Não ouço barulho algum, o que significa que Karoline e Jack ainda não voltaram de sua noitada. Um suspiro de alívio escapa dos meus lábios, mas ao mesmo tempo, uma ponta de irritação cresce dentro de mim. Por que ainda me surpreendo com as escolhas impulsivas de Karoline?

— Nossa, você está horrível. — A voz de Nick corta o silêncio da sala, trazendo um toque de humor para a situação. Ele está encostado na parede, os braços cruzados sobre o peito, com um sorriso que é metade provocação, metade carinho.

— Muito obrigada pelo elogio. — respondo, revirando os olhos, mas não consigo evitar um pequeno sorriso. Ele sempre sabe como me provocar.

Nick se aproxima e, com um brilho malicioso nos olhos, comenta suavemente: — Fica linda quando revira os olhos, sabia?

— Não revirei os olhos. — digo, mas sinto minhas bochechas esquentarem. O calor do meu rubor se espalha pelo rosto, e tento esconder o embaraço olhando para outro lado.

— E fica mais linda ainda quando cora. — Ele sussurra, a voz dele ficando ainda mais suave. Ele está tão perto agora que posso sentir o cheiro fresco de menta em sua respiração. O mundo parece desacelerar ao redor de nós, como se estivéssemos em uma bolha onde só existimos nós dois. - Você é linda, Kathe. 

— Você está me deixando envergonhada, então para de ficar me olhando assim. — Digo, tentando recuperar algum controle da situação, mas minha voz sai mais suave do que o pretendido.

Nick sorri, aquele sorriso charmoso que sempre faz meu coração bater um pouco mais rápido. — Você não quer que eu pare, certo, Katherine? — Ele se inclina mais perto, e posso sentir a tensão no ar se intensificar. Cada célula do meu corpo grita para fechar os olhos e simplesmente deixar acontecer.

— Sim, eu quero que pare. — respondo num sussurro, meus olhos presos nos lábios dele, tão tentadoramente próximos dos meus. Sinto um turbilhão de emoções dentro de mim, a luta entre o desejo e a razão. O hálito de menta de Nick é inebriante, e por um momento, esqueço completamente onde estou.

— Então diga, olhando nos meus olhos, que não me quer. — Ele diz, levantando meu rosto com a mão. Seus dedos são quentes contra a minha pele, e seu toque é ao mesmo tempo delicado e firme. Seus olhos, cheios de expectativa, perfuram os meus, desafiando-me a falar a verdade.

Eu abro a boca para responder, mas antes que possa dizer qualquer coisa, um som abrupto da porta se abrindo quebra o encanto. — Ai, meu Deus, Jack, seu pervertido! — A voz alta de Karoline nos interrompe, fazendo-me pular de susto. Me viro rapidamente e vejo Jack a agarrando de forma brincalhona na porta. O momento é desfeito em um segundo, a tensão evaporando como fumaça.

Num reflexo, empurro Nick, que tropeça e acaba caindo no chão com um baque. Levanto-me apressadamente, ajeitando meu vestido enquanto cruzo os braços sobre o peito, consciente do quanto meus seios estão realçados. A confusão ainda gira em minha mente, misturada com a frustração de ter sido interrompida.

— Não faça isso, gatinha. — sussurra Nick ao se levantar, aproximando-se de mim novamente. Ele ainda está sorrindo, mas agora há um tom de diversão em sua voz, como se ele soubesse exatamente o efeito que tem sobre mim. Ele chega mais perto, sua presença perturbadoramente reconfortante.

— Ai... — diz Karoline, sua expressão se alterando ao me ver de cara fechada. Ela segura o riso, mas é claro que percebeu que algo estava acontecendo. — Estou muito ferrada? — Ela pergunta com uma expressão travessa.

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