Decisão final

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Decisão final

 

Estou parecendo um idiota aqui de frente para Ivy. Ainda estou surpreso com o que está acontecendo.

Primeiro Kadu aparece aqui bancando o protetor da minha Ivy, sim por que até que ela me fale o contrário, ainda continuará sendo minha.

Depois Ivy aparece do nada, vindo com um furacão e exigindo explicações. Não tiro sua razão, se fosse eu no seu lugar, faria a mesma coisa.

- E então Kadu? Comece sua explicação. – Ivy fala com um tom de autoridade, o mesmo que ela usava quando queria alguma coisa do Diogo, pelo menos no início do namoro. Se o relacionamento conturbado deles fosse considerado namoro.

- É uma história longa...

- Eu tenho todo o tempo do mundo, agora desembucha. Quero saber até onde você está metido nisso.

- Ainda acho que devíamos sair daqui. Não queremos chamar atenção.

- Mais do que já chamaram Kadu? Impossível. Mas tudo bem, podemos sair daqui. Conhece algum lugar?

- Não, mas podemos encontrar. – Ele fala.

- Podemos ir para o meu quarto. – Sugeri.

- Você não vai a lugar algum. Você não vai se aproximar da Ivy novamente. Nunca mais.

- Você não pode falar por ela. – Eu rebato.

Kadu tem todo direito de estar puto comigo, mas para isso, ele precisa ouvir a verdade. Furioso do jeito que chegou, partindo logo para a agressão, não me deu tempo para me explicar. Mas isso não lhe o direito de falar pela Ivy.

- Eu vou sim falar com Ivy. Ela precisa saber o que realmente aconteceu.

- Não, ela não precisa.

- Sim, eu quero saber. – Ivy fala tomando conta do assunto. – Ou você acha que vim de tão longe a passeio?

Os dois travam olhares por alguns segundos até Kadu falar.

- Só estou pensando no seu bem. Vim aqui para solucionar o problema.

- Pensando no meu bem? Solucionar o problema? Para início de conversa, você nem deveria ter se metido.

Kadu puxa todo o ar possível antes de voltar a falar.

- Quer saber de uma coisa? Você está certa, eu não deveria ter me metido nessa merda toda. Eu deveria ter entregado ele para a polícia no momento em que ele entrou em contato comigo.

- Você me devia um favor, só por isso aceitou. – Falo mostrando para ele que posso jogar o mesmo jogo.

- Te devia um favor? – Kadu questionou.

- Eu salvei sua garota. Se não fosse por mim, Nanda estaria morta antes da ambulância chegar ao local.

- Nanda não é a minha garota, é a namorada do meu irmão. E você não fez mais do que sua obrigação, já que você também estava envolvido com aquele bandido. – Kadu se aproxima de mim e eu encaro.

- Não se esqueça de que se não fosse por mim, seu irmão também estaria morto.

- Até quando vocês vão ficar aí como dois gorilas tentando marcar território? Se quiser, posso me afastar até se resolverem. – Ivy fala com ironia.

Kadu se afasta de mim e encara Ivy. Por um momento penso que ele vai fazer alguma coisa com ela. Se Kadu pelo menos tocar em um fio de cabelo dela, eu não me responsabilizo pelo o que vai acontecer com ele. Cerro meus punhos aguardando sua ação.

Cartas para você - Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora