O Fruto Proibido 2 - História de #PolTawan

30 - Promessa quebrada

                             O dia foi cansativo e  o rapaz dirigiu do escritório da revista cansado e com saudade. As lembranças de seus últimos meses  bagunçando com seus nervos. Pol não saia de sua cabeça. 

                              Tawan chegou em casa arrependido, parou o carro na garagem e debruçou-se sobre o volante. Cansado. Vazio. Perdido. 

                               Por que ele inventou essa história de só ficarem juntos depois que Pete e Tay descobrirem qual era o plano daquela mulher?

                              Não consegue esquecer o último encontro. Depois de fazerem amor por horas, eles enfim pararam para conversar. E como foi bom  esclarecer as coisas entre eles. Entender que tinham dado brecha para a camaleoa do mal aprontar. 

                            Agora ele pensa  em tudo isso. Tudo bem, eles fizeram as pazes e decidiram manter distância, mas qual é o propósito disso? Não lhes bastam os anos que ficaram separados?

                           Não chega a solidão que teve que enfrentar quando o avô partiu e ele não tinha o Pol com ele, para o amparar ? Que ideia de idiota ele teve? E por que Pol aceitou essa idiotice? Por que tudo o que se refere à sua felicidade rouba sua coerência? Parece que sua paixão o emburrece!
                       Um casal só pode construir laços estando juntos e enfrentando os obstáculos lado a lado. Por que cargas d'água decidiram se separar depois de um dia e noite de amor?

                      "No fim, conversar não ajudou tanto assim..." — Geme, chateado.

                      Saiu do carro revoltado porque sabe que não vai ligar para Pol e falar de seu arrependimento. Quando entrar, se banhar e recitar um mantra vai recapitular e perceber que sua decisão foi acertada. Entretanto, nem sempre o que é certo, é bom.

                     Quando levou a mão à maçaneta, seu celular notificou e ele olhou. Era a tia Joly.

                      — Filho, você não pode mentir, só me diga que é com você que o Pol está se encontrando hoje. Ele pediu para levar sobremesa para o namorado.

                     — Estou em casa, sozinho. Pol e eu decidimos ser só amigos, tia. Podemos nos falar depois?

                    O coração apertou. "Não! Pol não tinha o direito de voltar a ser galinha justo agora que eles tinha se acertado e combinado esperar esclarecer essa confusão toda com aquela urticária brava para então ficarem juntos. Isso era um compromisso! A sogra entendeu errado. Tinha que ser isso!"

                      — Desculpe, filho, não sabia que ele tinha outra pessoa.

                       Tawan repetiu a despedida, travou o celular e destravou a porta e entrou em casa.

                       Ouviu sons na cozinha e cheiro de comida e já entrou reclamando com Lilith.

                       — Eu lhe disse para só vir quando eu cha...

                       Parou. Não era Lilith.

                         Era seu amado.

                        Pol estava de costas para ele. Uma bermuda curta e indecente de sarja e os laços do avental era tudo o que cobria suas costas. De fone, não tinha ouvido o dono da casa entrar.