49 - Same e o Juízo Final

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Longe dali

                               A filha de Same nasceu antes da hora e como ela se negou a alimentá-la, a criança foi levada pela família adotiva. Nenhum Rungrot ou Theerapanyakul quis ver o bebê. . O exame de DNA exigido pelos advogados da mulher deu o resultado negativo esperado.

                              Para adiar seu julgamento, Same exigiu que o exame fosse feito fora do país, mas seu desejo não foi atendido, afinal a empresa apresentou provas de que ela fez a inseminação consciente de que era um doador desconhecido e não Pol  Sangkaeo-Rungrot.

                            No dia que Tawan saiu do hospital, Same viu o sol pela última vez e por sua escolha. Foi o primeiro dia de julgamento.

                            O julgamento, a princípio, aconteceria de forma rápida. Testemunhas seriam ouvidas presencialmente e por webcams e o juiz daria o veredicto final por volta das dezoito horas. Mas as provas e testemunhas arroladas davam ao evento jurídico um novo rumo. Havia outros interesses que só puderam ser anexados ao caso no primeiro dia dos trabalhos judiciais do caso.

                           Same continuou prometendo matar Tawan, Pol e Pong que só no fórum ela acreditou ser Rak, o irmão de Pol.

                           Ela berrando que eles eram aberrações e agindo como uma verdadeira desequilibrada.  Foi só no fórum que ela soube que realmente Pol tinha retirado uma amostra do sangue de Tawan para exames e que o resultado provavam seu crime, afinal, ela  tinha envenenado e não apenas drogado o jornalista.  Junto à essa acusação, juntava-se a nova tentativa e a situação da mulher não era fácil.

                          A empresa nova iorquina aproveitou o julgamento na Ásia para, através da representação criminal, pela tentativa de violação da intimidade e identidade de um doador, apresentar seu trabalho em solo tailandês. A oportunidade era perfeita, uma vez que muitos jovens, principalmente da comunidade LGBTQIA+ procuravam clínicas de reprodução humana assistida fora do continente asiático. 

                             A solicitação de um exame de DNA referente a um procedimento feito em outro continente, ampliou o caso de um incidente empresarial para um crime internacional, já que comprovar ou não a não paternidade de Pol era importante para o andamento do caso.

                              Os advogados de Same, custeados por uma agência de direitos humanos, acreditavam que se o exame desse positivo, a pena da mulher seria amenizada porque isso a transformaria em vítima de um crime contra a mulher e assim eles capitalizariam no discurso e moveria a opinião pública dos países da América do Norte e quiçá, os países europeus.

                             Para a Justiça tailandesa o exame servia para fazer Pol   Rungrot ser considerado legalmente outra vítima da golpista. O fato de Pol ser de duas famílias importantes para a Sociedade tailandesa também era uma agravante porque transformava os crimes da mulher, dando-lhe características específicas de golpe financeiro. Não interessando para a acusação se ela sabia ou não, a princípio, qual a verdadeira origem do homem e qual o valor que ele herdaria, caso os pais faltassem.

                           O ódio de Same crescia cada vez que um desconhecido subia ao banco das testemunhas. Mas houve um que a deixou irada. O homem, um Theerapanyakul, apontou provas físicas do crime da mulher.

                           Segundo a promotoria, sob a autorização legal fornecida à empresa da família, Arm Theerapanyakul pode fazer o mapeamento do crime desde sua origem.

O Fruto Proibido 2 - História de #PolTawanOnde histórias criam vida. Descubra agora