48 - Enfim, solteiros

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                          Três dias depois, Tawan estava rindo com o sogro à beira da piscina. 

                           —       Três dias de solteiros, sogro. — O jovem ergueu a taça de suco, brindando com o vento.

                          —         Eu juro, filho. Mandei flores, presentes diversos e doces para sua sogra, voltaram todos destruídos para mim. Mandei um livro e foi o único que não voltou. Mesmo assim o bilhete veio todo esmagado.

                         —       Pois ela estava conversando por vídeo com tio Khorn e tio Kan. Sem um pingo de raiva.      —       Tawan riu. A briguinha dos sogros estava rendendo.

                         —       Eu fiquei revoltado com ela no primeiro dia. Mas estou me divertindo agora. Ela juntou os meninos como se eles tivessem dois e três anos e os levou junto. Não foi só você que guardou segredo, foi Pol também, mas ela simplesmente nos dividiu em bem e mal, como se ele fosse um pobre inocente. E ela proibindo eles de falar conosco? Essa é a parte mais divertida.

                          —       Eu o vi ontem. Ele disse que ela o proibiu de me ver, sogro . Ele e Rak estão aproveitando para curtir o carinho dela. Pior que ela colocou ordem na casa do outro sogro. Era Pol contando e eu rindo.

                          —      Eu imagino. E fico feliz que ela esteja bem. Essa louca aí volta e meia estressa sua sogra. Para ser sincero, quero-a longe daqui logo. Eu não confio nela.

                          —       Khun Tom, a prisioneira disse que está sem água potável.       —      O policial se aproximou dos dois.

                          —        Vou buscar, senhor.

                          —       Eu o ajudo, khun.      —       O policial se ofereceu.

                          —       Conseguiu comer? Meu tempero é diferente do de minha esposa.

                          Saíram rumo à casa principal, conversando, despreocupados.


******

                           Tawan fechou os olhos pensando que em meses esse era o primeiro fim de semana sem o namorado.

                          Momentos depois um grito invadiu a dispensa:

                           —         Morra seu desgraçado!

                         O berro fez os dois homens voltarem correndo para a região da piscina. Debruçada sobre a cadeira ambos viram Same esfaqueando Tawan.

                         O brilho inconfundível da arma branca indo e vindo na direção da barriga do rapaz em uma velocidade inacreditável assustou os dois homens.

                        O tiro interrompeu seu ato.

                        O policial correu e a algemou. P'Tom abraçou o genro desacordado.

                        O barulho da sirene da ambulância chegando foi um alívio para P'Tom. Ele se sentiu envelhecer trinta anos nos dez minutos de espera da ambulância. O policial explicou que ele deveria segurar o lugar do corte, pressionando para estancar o sangue. Tawan não acordou desde que eles voltaram para socorrê-lo.

O Fruto Proibido 2 - História de #PolTawanOnde histórias criam vida. Descubra agora