38 - Cárcere Domiciliar?

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                      — Precisamos conversar, tio. — A voz séria de Tawan ao telefone o pegou desprevenido. Calou-se, pronto para ouvir o jovem Danawitt.

                      Tom ouviu tudo o que Tawan falou. Chorou por seu filho. Pol sofreu antes de vir viver com ele. Pol e Arm, os dois meninos que ele e os amigos tomaram por filhos. E imaginar que a pobre criança tinha pais procurando-o lhe doía no fundo da alma. Tinha uma mãe que morreu sem abraçar o filho de novo.

                      — Obrigado, filho, por me contar. E diga ao rapaz para vir visitar nossa família. Ele será bem recebido.

                      — Tio, e sobre aquela mulher? O que vocês vão fazer?

                       — Esperar os ovos eclodir para o DNA provar a mentira dela. O laboratório ficou do nosso lado. Ao descobrir o número do doador, eles perceberam que foi por causa de uma brincadeira constante de seu representante que ela criou essa confusão.

                        — Então a ideia de incidente empresarial existe, mas ela é a única culpada. Entendi direito, tio?

                        — Sim, Tawan. Entendeu. Ela vai ser chamada em juízo por isso em Nova York e aqui por crime contra a Coroa porque Cho estava conosco a pedido da família real.

                         — Tio! Não tinha a mínima noção. Conheci Cho como um tailandês comum que fazia pequenos serviços para as empresas de vocês. Ele é gente fina. Mas achava ele meio sossegado. Agora vejo que era tipo...

                          — Sim. Entretanto, se for arrolado como testemunha do caso, seu disfarce cairá por terra. Todo o seu trabalho será destruído.

                          — Vamos resolver isso sem envolver ele. Basta levá-la para a Tailândia, tio. Ela não vai conseguir suportar o ódio da opinião pública. E os inimigos que ela desconhece vão esmagar ela em pouco tempo.

                          — Que Buda nos proteja da presença dela.

                           Tom gemeu.

                            — Eu tenho certeza que ela vai chegar por aí sozinha. Escreve o que estou falando. Ela não tem ideia do tamanho do problema que arranjou.

                             — Eu sei que você nunca se engana, meu filho, mas dessa vez eu estou torcendo para você estar enganado. Sua tia e eu não vamos conseguir viver em paz com ela por aqui.

                             Same realmente embarcou como turista para Tailândia. Misty avisou tão logo recebeu a chamada da outra, que ainda acreditava que teria sucesso em seu plano.

Tailândia

                           — Está decidido, Pol, Same vem para cá. Ela tem um filho na barriga que não pode sofrer as consequências de seus erros e a criança vai ter pais.

                             — O senhor vai ficar com ela? Ficou louco de querer manter laços com essa mulher nojenta.

                              — Não ficarei com a criança. Joly pensa igual você. Sua mãe quase se separou de mim por causa disso. Mas agora ela está bem com isso.

                              — Pai, eu não vou viver debaixo do mesmo teto que ela.

                               — Ora, meu filho, você tem seu apartamento. Outra coisa. Faça um pronunciamento dizendo a verdade tão logo ela esteja aqui. Assim, fechamos a boca dela e tenho uma surpresa para ela. Vou destruir seus planos de um golpe só.

O Fruto Proibido 2 - História de #PolTawanOnde histórias criam vida. Descubra agora