The Life That You Stole From Me

34. Amor

WANDA MAXIMOFF

— Então quer dizer que agora você e o Victor não estão mais casados? –Tommy questionou depois de eu dizer a eles que meu divórcio havia sido concluído.

— Sim, é exatamente isso que quer dizer. –ri porque havia dois pares de olhos me encarando com curiosidade.

— Isso significa que agora você e a mamãe vão casar? –Billy emendou o assunto.

Meus garotinhos estavam eufóricos com o fato de Natasha e eu termos feito as pazes e falavam de casamento a todo momento. Na cabecinha deles, o auge de um amor é o casamento e era um pouco complicado explicar que as coisas tinham que andar um pouco devagar para que tudo desse certo.

— Isso significa que a sua mãe e eu vamos continuar namorando e sendo felizes em família com vocês. –respondi e ouvi dois grunidos de frustração. — Casamento a gente pensa depois.

— Mas mãe... –Tommy resmungou.

— Você não está mais casada com o Victor e a mamãe Natasha não namora mais a Tia maria! –Billy completou como se fosse algo lógico.

Pensar em Maria me fez relembrar nosso último encontro e, de certa forma, me sentia bem por ter acertado todas as pendências com ela. Agora o caminho parecia estar totalmente livre para que Natasha e eu pudéssemos finalmente seguir nosso caminho juntas.

— Desde quando vocês dois viraram expert em casamento, hein? Isso é coisa de adulto. –reclamei em tom de brincadeira e eles reviraram os olhos para mim.

Peguei a chave do carro sobre o móvel no cantinho da sala e os chamei para irmos. Era sexta feira e eles estavam mais animados que o normal porque o fim de semana estava próximo.

Dirigimos com calma, o trânsito não sendo tão ruim como costumava ser e não demorou muito para que estivéssemos estacionando em frente à escola. Desci do carro para acompanhá-los até a entrada, deixando um beijo carinhoso sobre os cabelos de cada um.

Sorri vendo-os correr para dentro e Peggy caminhou até mim e me cumprimentou com um abraço rápido.

— Você deve ser a mãe mais babona que existe nesse mundo. –ela deu uma risadinha e eu revirei os olhos para ela. — É realmente bonito de ver.

— Eu perdi tantos momentos como esse, sabe? E, embora isso tenha se tornado a minha rotina, ainda é sempre uma sensação maravilhosa saber que faço parte da vida deles.

Conversamos por mais algum tempo sobre a vida e sobre como Natasha e eu estávamos bem novamente. Combinamos de nos encontrar no fim de semana para que eles pudessem passar algum tempo com os gêmeos e então voltei para casa.

Estava distraída no celular enquanto olhava salas comerciais para alugar, nos últimos dias tinha decidido que retornar aos plantões era algo que me tomaria muito tempo e que precisava estar mais em casa para auxiliar Natasha com os garotos. Abrir a minha própria clínica que funcionasse em horário comercial pareceu bastante tentador e o pensamento estava tomando forma na minha mente.

Não percebi quando a porta da sala abriu, mas senti a presença de Natasha mesmo antes de realmente vê-la e sorri quando seus braços me envolveram por trás, seu corpo se curvando sobre o encosto do sofá para que ela alcançasse meu rosto e deixasse alguns beijos ali.

— Eu amo o seu cheiro. –ela sussurrou contra meu ouvido, fazendo minha pele arrepiar.

Antes que ela pudesse se afastar, puxei seu corpo, fazendo com que caísse desajeitada em meu colo.
Havia um sorriso no canto de seus lábios e não pude evitar de beijá-los.