35. Incondicional

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5 ANOS DEPOIS

WANDA MAXIMOFF

Abri a porta de casa e joguei minha bolsa sobre a mesinha que ficava ao lado da porta. Tinha sido um dia exaustivo e eu estava feliz por, finalmente, poder descansar. Pude ouvir a voz rouca da Natasha vindo da cozinha ao mesmo tempo que senti um cheiro maravilhoso de comida.

Eu amava quando ela se dedicava ao jantar.

Comecei a caminhar em direção a ela, mas antes que pudesse chegar ao meu destino, Billy se materializou na minha frente.

— Mãe, me ajuda? –ele parecia um pouco nervoso. Seu cabelo estava perfeitamente penteado para trás, mas sua camisa preta de botões estava aberta e havia uma outra camisa do mesmo modelo, só que verde, em sua mão. —Qual você prefere?

Sorri para o seu jeito. Meu menino, que agora de menino não tinha nada, sempre recorria a mim em momentos como esse. Ele era um pouco inseguro, apesar de ser um lindo garoto de dezessete anos.

— A preta! Preto é sempre a melhor opção! –ele riu, jogando a outra camisa de qualquer forma sobre o sofá e começando a abotoar os botões da camisa.

— Obrigado, mãe! –ele agradeceu empolgado.

— De nada, agora tira essa camisa de cima do sofá e guarda direito no seu quarto! Eu já falei um milhão de vezes pra você ser menos bagunceiro.

Ele obedeceu de imediato e saiu correndo escada acima e eu pude terminar o meu trajeto até a cozinha. Natasha e Tommy estavam cozinhando juntos. Ela mexia uma panela grande no fogão e Tommy cortava diversos legumes em uma tábua sobre a pia.

Aquela era uma cena muito comum no nosso dia a dia, mas eu nunca cansava de ver. Era sempre reconfortante o sentimento familiar que me inundava em momentos como esse.

— Você vai ficar ai olhando ou vai vir até aqui nos dar um beijo? –Natasha perguntou sem olhar para trás, ainda mexendo na panela.

Suas palavras chamaram atenção de Tommy e logo ele estava vindo em minha direção, braços abertos e um sorriso caloroso no rosto.

— Mãe a gente tá cozinhando o jantar! –ele disse empolgado. — Tenho certeza que você vai gostar. Não é mamãe Nat?

— Espero que sim, filho. –ela disse, deixando a colher de lado e vindo em minha direção. — Oi, como foi seu dia?

— Longo, muito longo. –respondi envolvendo meus braços ao redor do seu pescoço e trazendo seu rosto junto do meu. —Senti sua falta.

Ela balançou a cabeça como se dissesse que também sentiu a minha, mas nenhuma palavra a mais foi dita porque logo em seguida seus lábios estavam sobre os meus, me beijando da maneira mais doce e delicada possível. Suas mãos pousaram em minha cintura, apertando um pouco ali, fazendo nossos corpos se colarem.

Era sempre incrível sentir o seu calor, seu toque, seu beijo. Nunca ficava velho, sempre lançava uma onda de amor em mim, me inundando dela e de todos os sentimentos que ela me despertava.

— Eu vou colocar a mesa! –Tommy disse depois de resmungar alguma coisa baixinho e passar por nós.

— Ele é tão implicante. –Natasha reclamou depois de finalizar o beijo com alguns selinhos.

Ajudei no resto da preparação e em poucos minutos a comida estava toda pronta. Levamos tudo para a mesa, Tommy já estava lá, emborra Billy ainda continuasse no andar de cima depois de ter subido com a camisa.

— Só três pratos? –Questionei quando prestei atenção. — Billy não vai jantar em casa?

Ouvi Natasha bufar e se sentar ao meu lado, cruzando os braços na altura do peito com uma cara emburrada, porém muito fofa. Tommy deu uma risadinha de sua mãe e ela o olhou com cara feia, mas ele não se intimidou com isso.

The Life That You Stole From MeOnde histórias criam vida. Descubra agora