18. As Verdades Que Ficaram

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WANDA MAXIMOFF

Ter os olhos de Natasha sobre mim sempre tinha sido uma das minhas sensações favoritas. E agora, mais de onze anos depois, ainda continuava o mesmo.

O momento que ficamos totalmente de pé e arrumamos nossas roupas tinha sido levemente estranho, um pouco constrangedor, mas agora seus grandes e lindos olhos estavam em mim, me adorando da maneira que só ela era capaz.

— Você é linda. -seu sorriso era tímido, mas mexia comigo.

— São seus olhos. -brinquei, o que fez ela rir um pouco.

Era difícil saber como agir naquele momento. Tínhamos nos declarado, nos amado e compartilhado um momento incrível, mas o que viria a seguir? Eu não sabia o que nada daquilo significava e, de certa forma, estava insegura sobre o futuro.

— Os gêmeos devem estar perto de chegar. -ela disse encarando relógio no seu pulso esquerdo. — Quer ir até em casa para recebê-los? Tenho certeza que eles vão amar te ver.

Concordei quase que imediatamente. Uma semana longe dos meus garotos e eu já sentia tanta falta deles.

Natasha esticou a mão, esperando que eu entrelaçasse a minha com a sua e foi exatamente o que fiz. Ela caminhou na frente, indo em direção a porta e eu perdi alguns segundos observando como nossas mãos ficavam bem juntas, como parecia certo.

Do lado de fora tivemos um pequeno impasse, Natasha estava de carro e eu também, nenhuma das duas queria deixar o carro aqui.

— Podemos ir dirigindo cada uma no seu próprio carro. -sugeri porque era a ideia mais óbvia, mas ela apenas negou rapidamente e começou a caminhar em direção ao meu veículo.

— Ainda não estou pronta para me separar de você.

A forma como Natasha disse aquelas palavras parecia tão simples, mas havia tido um efeito bombástico em mim. Eu também não queria ficar longe dela, ainda que fossem apenas alguns minutos.

— Eu dirijo. -disse destravando a porta do lado do motorista

Ela apenas sorriu em concordância e assim fomos até a sua casa. Embora não falássemos muito, o clima estranho havia se dissipado e se tornado algo leve e descontraído.

No momento que estacionamos o carro, Steve também parou ao nosso lado, Billy e Tommy saindo quase que imediatamente e correndo em nossa direção.

— Mãe! -Tommy disse animado, chegando primeiro e me abraçando.

— Estávamos com saudade! -Billy, que veio logo em seguida, também falou.

Não tive muito tempo de responder, porque estava envolvida em abraços apertados e beijos desleixados e meu coração se enchia de uma felicidade espontânea.

Natasha e Steve conversavam baixinho, pude ver isso pela visão periférica e observei o momento exato que ele sorriu para ela.

— Bom, eu vou indo. -Steve anunciou se aproximando. — Garotos, obrigada pelo passeio. Garotas, nos vemos depois.

— Obrigada, Steve. -falei vendo-o se afastar. — Mande um beijo para a Peggy.

— Que tal entrarmos? Assim vocês tomam um banho e podemos conversar melhor lá dentro. -Natasha pediu e logo foi atendida.

Ficamos para trás porque os dois saíram correndo, como sempre, fazendo-a revirar os olhos e respirar fundo. Ri do seu jeito mãe, mas não disse nada.

Já dentro de casa, Billy e Tommy falavam o tempo todo sobre o passeio no zoológico enquanto Natasha tentava levá-los para o banho.

— Que tal você preparar um lanche enquanto eu levo eles para o banho? -puxei-a para perto de mim e falei baixinho. — Eu preciso mesmo explicar tudo o que aconteceu e o meu sumiço.

The Life That You Stole From MeOnde histórias criam vida. Descubra agora