II - Brooklyn Baby

1.1K 110 98
                                    

LOUIS POV

Cheguei em casa bem recebido, aparentemente minha família esqueceu que eu trabalho e me trancaram para fora de casa, minha irmã no caso, ela fica sozinha e deveria se lembrar de mim.

- Obrigado, Charlotte. - Disse assim que ela abriu a porta de casa.

Charlotte Tomlinson, a personificação da palavra mimada.

Temos três anos de diferença e digo com certeza essa garota é o capeta da minha visa, uma formiga na minha bota ou outros sinônimos para "pessoa que atrapalha minha vida. " Charlotte já nasceu em berço de ouro, tudo que ela queria ela tinha e issso apodreceu a personalidade de loira metida dela.

Agora com seus quinze anos ela não para de achar que tem idade para sair e voltar a hora que quiser, me perturbar diariamente. Na boa, é assustador como ela usa tanta maquiagem seis da manhã.

Mimha mãe? Ela não me ajuda muito, geralmente ela dá mais e mais corda para ela, se ela faz algo errado "É a adolescência". Vamos lá, tem uma diferença de hormônios da adolescência e ser alguém desagradável, sem educação e que suga energia alheia.

- Devia ter levado a chave. - Ela disse de forma arrogante revirando os olhos.

- Eu levei, mas alguém tirou a chave torta pela parte de dentro. - Exclamei no mesmo tom que a garota que ja subia as escadas para o segundo andar. - Idiota.

Segui ela indo para o meu quarto no segundo andar pegando minhas baquetas com vários desenhos ali, Zayn que fez, ele era muito bom nisso, as pichações nas paredes do quarto dele foram feitas por ele mesmo. Peguei partituras, que como professor iniciante de bateria não tinham muito a melhor utilidade possível.

Coloquei algumas barrinhas de cereal já que eu também tenho aula hoje, eu estava aprendendo Happier Than Ever, uma das minhas músicas favoritas do mundo. Não é tão difícil assim mas ainda sim precisa de precisão com as baquetas para acertar as viradas e o ritmo rápido.

Antes eu precisava encarar aquele pequeno demônio de novo, andei pelo corredor até a porta dela, bati duas vezes antes de empurrar a maçaneta, trancada.

- Eu já vou, avise a mamãe. - Falei alto para ela escutar e bem, creio que fui ignorado. - Tchau.

Corri as escadas ate a garagem pegando minha antiga bicicleta, eu mesmo a arrumei, Niall me ajudou, não sou o maior entendedor de bicicletas, nem ele, então criamos um equilíbrio e deu tudo certo.

A escola onde eu dou aula não é tão longe, em quinze minutos no máximo chego.

Só vou dar aula nas quartas e quintas-feiras, eu amo meus alunos, já ganhei um presente de dia dos professores da minha baixinha favorita, era uma suculenta eu cuido dela até hoje.

Eu gosto bastante da escola, me faz esquecer os problemas que a vida joga pra cima de mim, odeio passar a tarde em casa, me sinto preso, é horrível. Ali eu me sinto eu, posso falar com outras pessoas sem ser julgado.

- Boa tarde, Louis. - Ouvi meu professor na sala dos professores me chamar no momento em que guardava minha bicicleta.

- Oi, Ed!

Ed, vinte e oito anos se não me engano, é um ótimo cantor no geral, toca vários instrumentos e além de tudo é um conselheiro foda. Ele é ruivo inclusive a barba dele, é incrivelmente alaranjada, seus olhos são azuis ele é da minha altura, tem várias tatuagens espalhadas pelo corpo.

Ele é um compositor e tanto e merecia um grande reconhecimentos com seu trabalho. Ele já tentou me ensinar violão uma vez, mas não deu muito certo.

- O Michael não vem, temos uma aula livre. - Ed informou assim que entrei na sala de professores com ele, adorava aquela sala, sempre tinha um bolo ou um café quentinho. - Dá para aprimorar sua música para a formatura.

Another WorldOnde histórias criam vida. Descubra agora